[Resenha- Fundamento] Rangers - Ordem dos Arqueiros: Imperador de Nihon-Ja

A resenha não possui spoilers sobre esse livro ou os demais da série.

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Título: Rangers - Ordem dos Arqueiros: Imperador de Nihon-Ja

Autor: John Flanagan

Livro #10 da série

Editora: Fundamento

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Uma importante missão leva Horace à exótica corte de Nihon-Ja, um país distante, com uma cultura muito diferente, totalmente baseada em honra e tradição. E vários meses se passam sem que o cavaleiro envie alguma informação a Araluen. Preocupados, Will, Alyss e Evanlyn partem em busca de notícias de seu amigo. Em pouco tempo, a verdade vem à tona: alguns inimigos do imperador de Nihon-Ja haviam se rebelado, e Horace decidira ajudar o legítimo líder da nação na luta para derrotar seus arrogantes opositores. O quarteto araluense se reúne e os três recém-chegados decidem se juntar a Horace na defesa do trono do imperador. Mas, para isso terão que realizar uma tarefa quase impossível: transformar fazendeiros e pescadores em guerreiros preparados para combater um inimigo poderoso. Uma gigantesca batalha se aproxima e o destino de todo um povo está nas mãos, na força e na habilidade de Will e seus amigos. Depois de algumas reviravoltas, a saga dos quatro chega ao fim! Mas será um final realmente feliz para Will?

Nem acredito que só faltam dois livros para terminar a parte já lançada da série... estou sofrendo por antecipação aqui, mas ao mesmo tempo me sinto muito feliz com o rumo que a história está tomando. Tenho muito orgulho dos personagens dessa história, do quanto aprenderam e continuam aprendendo, e do quanto ensinam também, tanto ao leitor quanto a todos que cruzam os seus caminhos.

Nesse décimo volume, acompanhamos duas narrativas isoladas no início: Horace vai conhecer mais sobre a catana, uma espada japonesa, e acaba se surpreendendo com uma cultura completamente diferente, em que as lutas são sempre um a um, em que a honra é extremamente valorizada, e em que o Imperador é respeitado e seguido por todos, pois há uma crença de que o direito dele ao trono é inquestionável. Só que o Imperador atual, Shigueru, acaba incomodando algumas das pessoas mais poderosas, devido ao seu jeito de governar, que quer fazer com que todos tenham direitos iguais, com que ninguém precise agir como se fosse um ser inferior.

Ao mesmo tempo, Will e Halt vão à Toscana para conhecer o modo deles de lutar, e se deparam com algo inusitado: os combatentes não precisam ter uma grande habilidade, e nem passam por um longo treinamento. Na técnica utilizada por eles, o importante é o trabalho em equipe. Mesmo com muito pouca prática, conseguem um resultado surpreendente, e conseguem enfrentar guerreiros muito mais treinados.

Claro que, em determinado momento, as histórias se cruzam. Talvez essa não seja a palavra adequada, mas o fato é que tudo o que é dito no início, que é mais lento que o restante do enredo, é importante para que cheguemos ao desfecho.

Na minha resenha do sexto livro, eu disse para vocês que o autor começava a levar a sério algumas possibilidades de romance, e que as mulheres escolhidas por ele para protagonizar esses romances nunca se limitariam a ser meras espectadoras, que se encaixariam de um jeito ótimo na vida de um arqueiro ou de um guerreiro... bem, elas provam isso nesse volume. As garotas em questão são essenciais na história, e têm a oportunidade de mostrar toda sua ousadia, criatividade, inteligência e coragem. 

Quando faltavam pouco mais de 100 páginas para a história terminar, achei que o autor não finalizaria a história neste décimo livro, que eu teria que ler o décimo primeiro para conhecer o final. Mas, felizmente, tudo começou a se resolver, e ele conseguiu fazer tudo sem correria. Os fatos se encaixaram perfeitamente e o final superou minhas expectativas. Espero conseguir ler logo os dois últimos livros (pelo menos até que o John Flanagan escreva mais).