domingo, 6 de outubro de 2013

[Resenha - Rocco] A caixinha de Pandora: e os segredos para se tornar popular!

Postado por Ju às 11:00

Título: A caixinha de Pandora: e os segredos para se tornar popular!
Autora: Drica Pinotti
Editora: Rocco
Skoob

Sinopse: O que você faria se encontrasse uma caixinha que guardasse todos os segredos da popularidade? A curiosidade de Dora é despertada quando ela encontra, enterrada na casa da avó, uma caixinha com um diário do século passado. Além de interessantes, os escritos parecem conter a resposta para todos os seus problemas! E justamente quando ela mais precisa! É a única esperança de fazer todo mundo da escola gostar dela, de se tornar popular e de conquistar de uma vez por todas o Gabriel, o cara MAIS perfeito que existe! Só que as coisas nem sempre são o que parecem. Seguir os passos do diário misterioso pode ter um preço alto e, se Dora não se cuidar, as dificuldades que enfrentava quando ainda não era popular vão parecer moleza diante do que pode vir a seguir... (retirada da contracapa do livro)

Pandora, mais conhecida como Dora, é uma garota de 14 anos bem alegre. Simpática, espontânea, sempre faz novos amigos e cuida dessas pessoas. Até que uma garota nova chega à escola. Mariana a ofusca, pois é linda e rica, e os garotos começam a vê-la como "a gostosa". Dora não consegue lidar com isso e acaba se afastando da amiga. E aí sua vida no colégio começa a desmoronar, já que ninguém lhe dá atenção. Ela não é mais popular. Isso se torna o seu maior pesadelo.

Chegam as férias de julho, e Dora vai visitar seus avós. Encontra uma caixa de madeira bem antiga enterrada no quintal e, dentro dela, o diário de uma pessoa de quem ela nunca ouviu falar. Descobre que a pessoa que o escreveu recebeu conselhos que ensinavam "os segredos para se tornar popular", e decide segui-los. 

Pequenas mudanças não são rapidamente notadas, mas é a partir das pequenas transformações constantes que se chega a grandes e arrebatadoras conquistas!

A partir daí várias confusões acontecem. Dora acaba se perdendo, não consegue mais se reconhecer. Ela acaba fazendo coisas das quais não se orgulha nem um pouco, se aproximando de pessoas que não lhe fazem nenhum bem. 

O importante é deixar claro o que você é de fato. Assumir os erros, aprender com eles e se tornar alguém melhor.

O livro é narrado em primeira pessoa e adorei acompanhar os pensamentos da personagem. O tempo passou voando enquanto eu lia, quando percebi já era hora de me despedir da Dora.

Eu simplesmente amo essa capa. Acho a bonequinha incrivelmente fofa. O livro tem borboletas no início dos capítulos (que eu acredito que representam muito bem o momento que a Dora vive), e corações separando partes dentro deles. Esses detalhes sempre me conquistam.

Só não gostei de duas coisas no livro. A primeira foi que na página 163 a Dora comenta que, quando ela tinha seis anos, a mãe a levou para fazer um eletroencefalograma, e afirma que o exame "é para saber se uma pessoa tem problemas mentais", e que a mãe já a achava doida. Achei desnecessário. Não é porque uma pessoa faz um eletroencefalograma que é doida, que não pode ter uma vida normal. Essas pessoas já costumam sofrer bastante preconceito. Não acho legal adolescentes lerem algo assim e entenderem como verdade.

A outra coisa foi algo que meus amigos costumam dizer que só eu reparo. Já fiz um curso de continuidade, e informações que não batem me incomodam... hehe... Para quem não sabe, o continuísta é o responsável, por exemplo, por uma personagem em uma novela sair de casa com uma roupa e chegar com a mesma roupa na casa de um amigo. As cenas nem sempre são gravadas na ordem, e é importante que o trabalho seja feito direitinho para ninguém reparar nisso. Aí, na página 149, o Rogerinho, vizinho da Dora, fala de sua irmã de 9 anos, Ema e, na página 179, a família de Rogerinho vai para a praia e é dito que ele foi com seu irmão e que sua irmã, Daniela, não foi por estar prestando vestibular. A Ema foi completamente esquecida.

Bom, como vocês podem perceber, a segunda coisa poderia passar despercebida pela maior parte das pessoas, e eu não acho que atrapalharia a leitura de alguém. Não diminui em nada o valor do livro, que eu achei realmente muito bom. 

É bem legal ver a transformação da Dora. As transformações, na verdade. No início do livro ela se vê como "Dora, a simpática". Depois, de tanto se esforçar para ser notada, passa a não gostar de quem se tornou. No fim, entende que o principal é ser uma pessoa autêntica, não tentar se mostrar diferente do que é para os outros. E, assim, ela se torna uma pessoa realmente feliz.

A felicidade está na simplicidade e não na perfeição!

7 comentários:

  1. Oi Ju!!! Então, mesmo esse sendo um tipo de livro que eu não compraria e não teria vontade de ler se o visse em uma livraria, e a sinopse nem a capa do livro é do tipo que me atrai, mas se parar pra pensar bem no tema do enredo do livro, até que dá pra tirar umas ótimas lições dele, principalmente para a faixa etária meio que saindo do infanto-juvenil. Assim, eu tive problemas também com essa questão de popularidade, impopularidade melhor dizendo, e sei muito bem como é querer que as pessoas te aceitem, querer se enquadrar em um determinado grupo de amigos, e no entanto ter uma enorme dificuldade de socialização, e ver o caso de gente que faz de tudo, e se submete até mesmo a coisas que não gosta, coisas que não são boas, apenas para ser visto com bons olhos por esses supostos amigos. Eu graças à Deus nunca me meti em nada que fosse contra os meus princípios, mas sei que tem muita gente que faz isso. Enfim, é um bom livro para dar alguns alertas, e assim, não gostei também do primeiro fato que você apresentou contra o livro... adorei a resenha Ju!

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  2. A impressão que tive do livro foi a mesma da Lorena, se eu o encontrasse eu não compraria e nem leria, essa capa é fofa, mas é um pouco infantil, mas através de sua resenha percebi que é um ótimo livro, do qual podemos refletir bastante sobre nossas ações e sobre agirmos de forma a agradar os outros, ou seja, viver para os outros, o livro é bem interessante e nossa essa questão da pequena confusão que a autora faz, ficou meio sem nexo, mas acho que isso passaria despercebido por mim. rsrrs.

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  3. Achei a capa meio infantil, teria que ler pra saber se combinou ou não com a história, mas parece meio nada haver, não sei, pelo menos foi a impressão que eu tive! E eu também reparo nesse negócio de continuidade das histórias, e fico irritada quando percebo estes erros. Que bom que isso não atrapalhou a sua leitura.
    Beijos

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  4. Também achei a capa infantil. Se eu fosse adolescente (ou pré-adolescente), não me interessaria por ele. A capa passa uma ideia e a sinopse, outra! Mas acho que história corresponde ao público que pretende, parece ser bacana. E achei o máximo sua observação como continuísta. Nem sempre percebo essas coisas (só quando é bem evidente, rs)...

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  5. Aaahhh tá explicado por que você percebe coisas que a maioria não perceberia. Acho a capa muito fofa, dá sim um ar mais infantil, mas não combinaria colocar um desenho de uma adolescente mais parecida com uma adulta, do jeito que está parece combinar mais com a história.
    Amei a resenha, a Drica Pinotti é um amor e uma autora bem versátil considerando que escreve para adolescente e adultos.
    Beijos

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  6. A capa é realmente muito fofa e espero que o livro também seja. Estou bem curiosa para ver as mudanças de Dora e como ela e as pessoas ao seu redor reagiram a essas transformações de personalidade... Ainda bem que no final ela descobre que o legal é você ser quem você é e conviver com pessoas que te aceitem do seu jeitinho :D !!

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  7. Ju, que gracinha de livro! A capa é mega fofa, tanto que eu pensei que a Dora fosse mais nova.. A história é bem interessante, boa pra relaxar. E que olho em Ju? Acho que se fosse eu, eu não teria percebido rsrs.

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