[Resenha - Jangada] Starling: O Despertar dos Filhos de Odin

Título: Starling - O Despertar dos Filhos de Odin

Autora: Lesley Livingston

Tradução: Martha Argel | Humberto Moura Neto

Livro #1 da trilogia Starling

Editora: Jangada

(Grupo Editorial Pensamento)

Skoob | Leia um trecho

Mason Starling é campeã de esgrima da equipe da Academia Gosforth, mas nunca teve de lutar por sua vida. Não até a noite em que uma violenta tempestade sobrenatural assola Manhattan, aprisionando Mason e seus colegas de equipe dentro da escola. Mason é atacada por criaturas horrendas, com forma vagamente humana, mais aterrorizantes que os trovões e raios, enquanto a tormenta traz para a vida dela um perigoso desconhecido: um jovem que não se recorda de nada além de seu nome - Fennrys, o Lobo. A chegada desse garoto misterioso faz em pedaços o mundo de Mason, ao mesmo tempo que uma atração inegável surge entre eles. Juntos, eles tentam desvendar os segredos da identidade de Fenn, enquanto forças estranhas e sobrenaturais se adensam à volta deles. Quando descobrem que a família de Mason, com sua obscura ligação com antigos deuses nórdicos, é a chave de todo o mistério, Fennrys e Mason subitamente se veem diante de um futuro catastrófico: o Ragnarök - ou o fim do mundo, como o conhecemos. 

Mason Starling é uma adolescente que ama praticar esgrima. Isso faz com que o livro já comece repleto de ação, uma vez que logo na primeira cena nos deparamos com um dos treinos da garota. Mas em pouco tempo um treino de esgrima parece até algo bem parado, perto de todos os acontecimentos que basicamente encontram a protagonista.

Starling não tem a menor ideia, mas algumas pessoas de sua família escondem um segredo. Aparentemente, eles possuem alguma ligação com os deuses nórdicos - e várias outras pessoas ao redor de Mason também têm uma relação misteriosa com eles. Preciso dizer para vocês: algumas personagens são um tanto quanto surtadas. E é aí que entre o Ragnarök, tem gente tão maluca nessa história que chega a planejar o fim do mundo - sem se preocupar com o preço que precisará ser pago. 

A autora inseriu vários seres mitológicos na narrativa, e eu estaria mentindo se dissesse que consegui acompanhar isso com tranquilidade. Mason fica sem entender nada do que está acontecendo e, como a única pessoa que parece que estaria disposta a lhe explicar perdeu a memória, o máximo que ela consegue saber são os nomes das criaturas que aparecem. Só que isso não explica que coisas aterrorizantes são aquelas, nem de onde vieram e porque surgiram. 

Também não consegui desvendar a personalidade das personagens, elas não são muito bem trabalhadas. Acredito que exista um motivo para isso, aparentemente muita gente tem uma vida que deixa os outros acompanharem e outra vida secreta ligada aos deuses nórdicos. Muito pouco dessas vidas paralelas é explicado nesse volume, mas tanta coisa acontece que confesso que só consegui perceber que a autora não tinha revelado quase nada quando terminei a leitura. 

Aliás, faz tempo que eu não terminava uma leitura literalmente de boca aberta. Fiquei chocada com o desfecho, em momento nenhum esperei por ele. A notícia boa é: os outros dois livros da trilogia já foram publicados no exterior, então caso o desespero pela continuação fique insuportável, é possível (ao menos tentar) ler em inglês.

A diagramação é simples, as folhas amareladas e a fonte de um tamanho super confortável. Gosto da capa, mas as características da protagonista foram um pouco alteradas. Pelo menos ela ainda é morena, e o clima da história está muito bem representado. Espero que o próximo volume não demore para ser lançado, e que a Lesley nos forneça os detalhes que ficaram de fora nele.