[Resenha - Novo Conceito] Mentiras que confortam

Título: Mentiras que confortam

Autora: Randy Susan Meyers

Tradução: Ana Paula Rezende Dias da Silva de Mello

Editora: Novo Conceito

Skoob

Cinco anos atrás...Tia apaixonou-se obsessivamente por um homem por quem nunca deveria ter se apaixonado. Quando engravidou, Nathan desapareceu, e ela entregou seu bebê para a adoção. Caroline adotou um bebê para agradar o marido. Agora ela questiona se está preparada para o papel de esposa e mãe. Juliette considerava sua vida perfeita: tinha um casamento sólido, dois lindos filhos e um negócio próspero. E então ela descobre o caso de Nathan. Ele prometeu que nunca a trairia novamente, e ela confiou nele. Hoje... Tia ainda não superou o fim do seu caso com Nathan. Todos os anos ela recebe fotos de sua garotinha, e desta vez, em um impulso, decide enviar algumas delas para a casa do ex-amante. É Juliette quem abre o envelope. Ela nunca soube da existência da criança, e agora precisa desesperadamente descobrir quantas outras mentiras sustentaram o seu casamento até hoje.

Mentiras que confortam conta a história de três mulheres: Tia, que se apaixonou por um homem casado e, quando engravidou dele, foi largada imediatamente; Caroline, uma mulher que não conseguia se sentir atraída pela maternidade, e que sentiu um alívio imenso quando descobriu que o marido não podia ter filhos - mas esse alívio passou quando ele decidiu que adotariam uma criança, de qualquer maneira; e Juliette, a esposa de Nathan, que tem Tia como amante por algum tempo. 

Tia decide ter o bebê, mas não consegue pensar em criá-lo, então decide escolher pais adotivos para sua criança, e os escolhidos são Caroline e seu marido, Peter. Cinco anos depois, ao receber fotos da filha como sempre acontecia na época do aniversário da garotinha, Tia decide que é hora de Nathan saber de sua decisão - e encaminha fotos dela para a casa dele, mas as fotos são interceptadas por Juliette. Isso faz com que vários questionamentos comecem a ser feitos e a vida dessas mulheres mude drasticamente.

Não posso dizer que a leitura tenha fluido muito para mim... na verdade, durante quase todo o tempo tive a sensação de que a autora não chegaria a lugar nenhum. Mas fui surpreendida no final, porque ela conseguiu resolver todos os conflitos que estavam pendentes de forma bem satisfatória.

As mulheres dessa história têm algo em comum: não estão satisfeitas com suas vidas, por um motivo ou outro. Tia é constantemente assombrada por sua decisão; Caroline não se acha capaz de ser a mãe que Savannah merece, e Juliette não consegue definir se conseguirá perdoar as mentiras do marido e lhes dar uma nova chance de verdade.

Todas elas crescem durante o enredo, e têm a oportunidade de refletir sobre suas vidas. Têm a coragem de escolher o caminho que precisam escolher, e não o mais fácil. Não se apressam para isso, têm consciência de que suas decisões afetarão suas vidas e as de outras pessoas, e por isso precisam pesar todos os pós e contras. Sabem que nada é garantido, e que qualquer escolha que façam pode trazer consequências ruins, mas procuram acreditar em si mesmas e seguir em frente da melhor maneira possível.

O livro traz reflexões legais e, no fim, consegue passar boas mensagens. Fala da capacidade de perdoar a nós mesmos e aos outros que precisamos cultivar, e também do que é realmente amar alguém. As folhas são amareladas, as páginas no início de cada capítulo são diferentes das demais, com um fundo cinza, mas no geral a diagramação é bem simples. A fonte tem um tamanho bom. Encontrei alguns pequenos erros de revisão, normalmente uma letra faltando ou trocada em uma palavra. Não foi uma leitura que me tocou de uma forma especial, mas foi uma boa leitura no geral.