[Resenha - Novo Conceito] Apenas um Ano

Esta resenha não possui spoilers deste volume ou do volume anterior. Caso não tenha lido o primeiro livro, aconselho que pule a sinopse.

Resenha de Apenas um Dia.

Título: Apenas um Ano

Autora: Gayle Forman

Tradução: Ana Paula Doherty

Livro #2 da duologia Apenas um Dia

Editora: Novo Conceito

Skoob

Em Apenas um Dia, os momentos de paixão entre Allyson e Willem foram interrompidos de maneira abrupta, lançando a jovem em um abismo de questionamentos e dor. Agora a história é contada pela voz de Willem. Sem saber exatamente o que o atraiu na garota de olhos grandes e jeito comportado, o rapaz inicia uma busca obsessiva por pistas que levem até a sua Lulu mesmo sem saber sequer o seu nome verdadeiro. Enquanto tenta compreender o mistério que os separou, Willem se esforça para costurar relacionamentos desgastados e procura respostas para o futuro. Mais do que uma aventura de verão, o encontro em Paris significou para ele o início da vida adulta. Da mesma autora dos best-sellers Se Eu Ficar e Para Onde Ela Foi, Apenas um Ano reúne todos os ingredientes de um romance imperdível: viagens, saudade, encontros, desencontros e amor.

Em Apenas um Dia, conhecemos a história de Willem e Lulu; acompanhamos seus encontros e desencontros. Em Apenas um Ano, a autora nos mostra parte da história pelos olhos de Willem. Não dá pra dizer mais sem revelar algo do primeiro livro.

Amei Apenas um Dia, mas confesso para vocês que me decepcionei com a leitura deste volume. Na verdade, ele cumpre exatamente o que promete, eu é que queria mais. No início, custei a conseguir engolir o que estava lendo. Além disso, personagens com atitudes autodestrutivas costumam me irritar profundamente, e o Willem já começa o livro assim. 

Felizmente, ele progride bastante durante a narrativa. Aprende a ter responsabilidade e compromisso, tanto consigo mesmo quanto com as outras pessoas. No início está completamente sem rumo, mas consegue se encontrar e descobrir um caminho que gostaria de seguir.

Acompanhamos várias viagens dele, e adorei algumas pessoas que ele conheceu nelas, especialmente a Kate, uma garota norte-americana que ele conhece no México. Ela lhe dá uma carona mesmo sem saber nada sobre ele e é a primeira a fazê-lo acordar para a vida.

- Essa sua teoria de que a vida é regida pelo acaso, será que isso não é uma grande desculpa para a passividade? (...) Suspeito que, lá no fundo, você sabe exatamente porque está aqui, sabe exatamente o que quer, mas não quer se comprometer, não quer sem comprometer com o querer, muito menos com o ter. Porque essas duas possibilidades são assustadoras.

Obrigada por existir, Kate! E por dar uma sacudida nesse Willem, se não fosse por isso eu não o aguentaria (a louca que fala com os personagens).

A parte do livro que eu mais gostei foi acompanhar a montagem de uma peça teatral. Sinto saudade do teatro, e qualquer coisa desse tipo que encontro nas minhas leituras me ajuda a minimizá-la. Fora que com essas cenas veio Max, uma garota que deu um pouquinho de suavidade e diversão à história.

Enfim, não tenho muito mais o que dizer. Talvez, se tivéssemos de vez em quando o ponto de vista da Lulu para quebrar um pouco a narrativa, eu teria gostado mais da leitura. A Gayle nos oferece no final apenas algumas linhas após o fim do livro anterior. Pelo menos é uma duologia com um livro extra, o 2,5, que se chama "Just One Night" (Apenas uma Noite). Segundo a Amazon, tem 55 páginas. Acho que vou acabar comprando em inglês mesmo, porque preciso de um fechamento melhor para essa história.