[Resenha - Fundamento] Brotherband 2: Os Invasores

Esta resenha não possui spoilers deste livro ou do livro anterior da série. Caso não tenha lido o primeiro volume, aconselho que pule a sinopse.

Resenha de Brotherband 1: Os Exilados

Título: Brotherband 2 - Os Invasores

Autor: John Flanagan

Livro #2 da série Brotherband

Editora: Fundamento

Compre no site da editora

Skoob

A bordo de seu navio, o Garça-Real, Hal e seus companheiros seguem na perseguição do Corvo, a infame nau pirata. Todos carregam na alma o fardo terrível da desonra por terem permitido que a Andomal fosse roubada por Zavac e sabem muito bem que, se não recuperarem o sagrado artefato, jamais poderão retornar à sua terra natal. Durante uma violenta tempestade, Hal é obrigado a buscar refúgio na Baía do Abrigo. E, enquanto os tripulantes esperam mares mais calmos para navegar, dedicam-se a fazer os reparos necessários na castigada embarcação. É nesse momento que as deficiências do grupo vêm à tona. O velho Thorn percebe claramente que os jovens são valorosos, mas ainda têm muito o que aprender para se tornarem lobos do mar. Só que não há tempo para praticar novas habilidades, pois Hal e seus jovens amigos descobrem que a cidade costeira de Limmat foi invadida por Zavac e seus piratas. Finalmente, chega a hora de enfrentar as forças inimigas, homens perigosos com décadas de experiência em navegação e combate. Será que o treinamento Brotherband é suficiente para encarar essa batalha? E Hal conseguirá exercer a liderança necessária para guiar seus comandados em sua primeira grande batalha? Afinal, para conseguir o impossível, eles precisarão trabalhar com uma equipe de verdade. Só assim, a primeira batalha não se tornará a última. Uma nova geração desafia a antiga, renegados se tornam lendas e mais uma aventura começa!

Há alguns dias apresentei a vocês o primeiro livro dessa série. Aconselho que leiam ao menos parte da resenha dele para se situar, porque terei que falar sobre a história muito superficialmente.

Brotherband é o nome de um treinamento de que todos os garotos da Escândia participam quando se aproximam dos dezesseis anos. Ele dura alguns meses e é o suficiente para que aprendam ao menos o básico para começar a se virar sobre navegação e luta - são habilidades essenciais para um escandiano, e assim estarão aptos a trabalhar em qualquer navio. Mas algo dá errado no final do livro anterior e, devido a isso, o protagonista e seus companheiros de equipe no Brotherband percebem que terão um grande desafio a enfrentar para conseguir a aceitação e o respeito de seu próprio povo.

Aliás, sobre o protagonista, ele amadurece bastante de um livro para o outro. A ponta de arrogância que Hal tinha desaparece completamente, e ele mostra cada vez mais sua criatividade, inteligência e generosidade. É sempre muito leal, e a admiração de seus companheiros por ele só cresce. Os personagens secundários também amadurecem muito, fazem de tudo para superar seus defeitos mais marcantes e, assim, serem mais úteis ao grupo. A amizade entre eles fica cada vez mais sólida.

Os dois problemas que sinalizei na resenha anterior foram superados neste livro. Não temos mais os termos Escândia/ Escandinávia e escandianos/ escandinavos para tratar das mesmas coisas. Neste volume, temos apenas Escândia e escandianos do início ao fim. Embora eu preferisse que tivessem optado pelas outras denominações, o fato de ter sido feita uma escolha já me satisfez. Sobre os termos de navegação utilizados, continuam presentes, mas dessa vez me senti muito mais à vontade com eles e quase não precisei consultar o glossário disponibilizado pelo autor, o que tornou minha leitura muito mais fluida.

Claro que outras coisas também contribuíram para essa fluidez. O ritmo deste livro é bem mais acelerado, temos muito mais ação, incluindo ótimas cenas de batalhas. Só achei maldade o autor não ter terminado a história da aventura que se iniciou no volume anterior neste livro, mas já estou acostumada com esse hábito que ele tem. E, na verdade, o que fez a história não ter sido finalizada no primeiro livro foi um gancho que ele inseriu para este volume quase no final. John Flanagan dá um bom fechamento para parte da história, claro, só que o acontecimento que mudou o rumo da vida dos garotos continua lá, esperando para ser resolvido.

Gostei demais da leitura, dessa vez consegui me conectar completamente com o enredo. Logo trarei para vocês a resenha do terceiro livro da série, espero que ele tenha um ritmo tão bom e seja tão interessante quanto este.