[Resenha - Rocco] Os Veranistas

Título: Os Veranistas

Autora: Emma Straub

Tradução: Angela Pessôa

Editora: Rocco

Número de páginas: 288

Skoob

Uma quinzena de férias com hospedagem numa casa confortável, com piscina, em local ensolarado, repleto de praias belíssimas, na companhia da família e de amigos íntimos nem sempre corresponde a momentos agradáveis e de lazer. Em Os veranistas, a escritora Emma Straub analisa as contraditórias relações de afeto na contemporaneidade, deslocando para Palma de Maiorca, na Espanha, um grupo de sofisticados nova-iorquinos que estão vivendo uma fase de transição de suas vidas, enquanto superam traições amorosas. O resultado é um romance encantador sobre a vida em família, a amizade e o amor.

Em Os Veranistas, conhecemos os membros de uma família prestes a passar duas semanas de férias juntos em uma casa alugada em Maiorca, na Espanha: os Posts. Os pais, Jim e Franny, estão casados há 35 anos mas não têm certeza se continuarão assim. Desde o início sabemos que algo de errado aconteceu, mas não exatamente o que. 

A filha mais nova deles, Sylvia, está prestes a ir para a faculdade, e é principalmente por isso que os planos da viagem sobrevivem. Seu irmão, Bobby, dez anos mais velho que ela, que é corretor de imóveis em Miami e visita os pais muito pouco em Nova York, junta-se a eles com a namorada mais velha de quem ninguém gosta, Carmen. Para completar, Franny também convida seu melhor amigo praticamente da vida toda, Charles, e o marido dele, Lawrence.

Solicitei esse livro para apresentá-lo a vocês principalmente por causa da capa, que achei bonita e diferente. A sinopse também me atraiu, parecia uma história bem possível de acontecer. E realmente foi o que encontrei, uma história que poderia ser a de qualquer família, com personagens em que acreditei logo de cara e que suavemente conseguiram conquistar meu coração.

Cada um deles tem seus problemas ou dilemas a enfrentar, sempre compatíveis com sua idade e história de vida. São personagens que erram, sim, mas que tentam acertar; que se perdem, mas estão dispostos a se achar ou a se reconstruir; que pesam as consequências de suas atitudes antes de tomar decisões sérias que afetariam não só suas próprias vidas como as de todos ao redor, ou que são impulsivos quando faz sentido que sejam. Sabem o valor do amor, da amizade, da confiança, do respeito, do perdão.

As descrições dos locais por onde eles passam em seus quatorze dias de férias foram muito bem feitas, e consegui visualizar facilmente os arredores. Aliás, o livro tem quatorze capítulos, um para cada dia. Os personagens são em sua maioria extremamente cativantes, e isso fez com que eu torcesse pela felicidade deles com todas as minhas forças.

Não foi um livro que me proporcionou fortes emoções, mas a história é envolvente e me senti próxima dos personagens, algo que sempre me agrada bastante quando acontece. Foi uma leitura que fluiu bem e que, quando terminou, deixou saudades. Leria mais páginas com extrema facilidade, já que o final é repleto de novos começos, mas terminei de ler satisfeita com as escolhas da autora.