[Resenha - Novo Conceito] O Bangalô

Título: O Bangalô

Autora: Sarah Jio

Tradução: Ana Paula Costa Doherty

Número de páginas: 320

Editora: Novo Conceito

Skoob

Verão de 1942. Anne tem tudo o que uma garota de sua idade almeja: família e noivo bem-sucedidos. No entanto, ela não se sente feliz com o rumo que sua vida está tomando. Recém-formada em enfermagem e vivendo em um mundo devastado pelos horrores da Segunda Guerra Mundial, Anne, juntamente com sua melhor amiga, decide se alistar para servir seu país como enfermeira em Bora Bora. Lá ela se depara com outra realidade, uma vida simples e responsabilidades que não estava acostumada. Mas, também, conhece o verdadeiro amor nos braços de Westry, um soldado sensível e carinhoso. O esconderijo de amor de Anne e Westry é um bangalô abandonado, e eles vivem os melhores momentos de suas vidas... Até testemunharem um assassinato brutal nos arredores do bangalô que mudará o rumo desta história. A ilha, de alguma forma, transforma a vida das pessoas, e este livro certamente transformará você.

Jennifer encontra uma carta que a avó aparentemente jogou no lixo sem perceber. É uma carta que vem do Taiti, e a garota fica muito curiosa para saber quem a avó pode conhecer naquele lugar. Ao abrir a carta, Anne vê seu passado bater à porta - uma pessoa de quem ela nunca ouviu falar lhe pede ajuda para desvendar um terrível assassinato que aconteceu em 1943. Infelizmente, ela se lembra de cada detalhe daquele dia... e decide contar à neta tudo o que viveu quando serviu como enfermeira durante a 2ª Guerra Mundial.

A partir daí voltamos à época em que ela ainda era chamada de Anne Calloway, uma garota de família rica e prestes a se casar. Mas, quando a melhor amiga de Anne lhe diz que decidiu se alistar para ser enviada a Bora Bora, ela resolve que irá com ela... sem nem imaginar o quanto essa decisão pode mudar seu destino.

É o terceiro livro da Sarah Jio que leio, e o terceiro de que gosto muito. As histórias que ela cria são sempre comoventes, nem sei quantas vezes fiquei engasgada enquanto lia... lágrimas mesmo, derramei bem poucas, mas o aperto no coração aconteceu inúmeras vezes. As personagens têm vida, algumas amei, outras odiei, não consegui me manter indiferente a nenhuma delas.

Acompanhamos o amor de vários tipos no livro, tanto aquele amor repleto de paixão, quanto o amor mais tranquilo, e também o amor que vem da amizade. Uma pessoa específica muda muito no decorrer do enredo, mas devido às circunstâncias que precisa encarar a mudança foi compreensível. A autora não nos poupa de conhecer a maldade humana, e não só através dos acontecimentos ligados diretamente à guerra. Algumas personagens sofrem de depressão, e lidam com ela de maneiras diferentes. Várias coisas doeram profundamente em mim, inclusive alguns desencontros que partiram o meu coração.

A autora brinca com nossa mente, não dá para ter certeza de tudo o que está acontecendo, e acabei desconfiando até de quem não merecia. Agora, quanto ao assassinato, desde o início eu soube quem era o culpado. Isso ficou muito claro para mim devido às atitudes das outras pessoas. Mas outras coisas só consegui entender quase no fim do livro. Foi bom ver várias personagens conseguindo se perdoar e seguir em frente.

Como em todos os livros da editora, as folhas são amarelas e a letra de um tamanho bom. Encontrei alguns erros de revisão, mas foram poucos. A narrativa não é muito ágil, mas mesmo assim a leitura foi bem fluida. Embora não seja o meu livro preferido da autora, é um livro que recomendo para quem gosta de um romance recheado de drama e mistério.