[Resenha - Galera Record] Magisterium: A Luva de Cobre

Esta resenha não possui spoilers deste livro ou do livro anterior da série. Porém, caso não tenha lido o primeiro volume, recomendo que pule a sinopse.

Resenha de Magisterium: O Desafio de Ferro.

Título: Magisterium - A Luva de Cobre

Autoras: Holly Black | Cassandra Clare

Tradução: Rita Sussekind

Livro #2 da série Magisterium

Número de páginas: 304

Editora: Galera Record

(Selo Galera Junior)

Skoob | Leia um trecho

Nesta fantasia urbana, um universo de magia coexiste com nosso mundo. Um universo repleto de intrigas, onde crianças aprimoram seus poderes em uma escola de magia chamada Magisterium, com Mestres que temem a volta do mago mais poderoso, e ambicioso, de todos os tempos, o Inimigo da Morte. Nesse volume, o aprendiz de mago Callum Hunt precisa encontrar uma antiga arma mágica roubada do Magisterium. A luva de cobre é capaz de arrancar a magia de uma pessoa e destruí-la completamente. Ao mesmo tempo, ele tem de decidir se conta aos amigos que, dentro dele, vive a alma do Inimigo da Morte, apenas à espera do momento perfeito para retomar sua escalada pelo poder.

Callum Hunt cresceu acreditando que a magia era algo bem ruim. Segundo seu pai, Alastair. sua mãe morreu por possuí-la. Apesar de ser um mago, Alastair nunca mais usou nada que aprendeu depois de perder a esposa. E insiste para que Callum nunca faça uso da magia também.

O garoto é convocado para o Desafio de Ferro, quando sua aptidão para a magia será testada. Se acharem adequado, será enviado para uma escola, o Magisterium, sem ter a opção de dizer não. Afinal, uma pessoa que possui um grande poder e não sabe controlá-lo, torna-se um perigo para si mesmo e para os outros. Mesmo tentando falhar com todas as suas forças, Callum torna-se aluno da escola. A partir daí, acontecem reviravoltas sem fim em sua vida. 

Vemos uma evolução muito grande nos personagens de um livro para o outro. O protagonista aprende que não dá para viver sozinho, e acaba conseguindo confiar em algumas pessoas. O poder da amizade é demonstrado neste volume de uma forma muito mais forte, o vínculo entre os personagens principais fica cada vez mais sólido e, contra todas as expectativas, mais alguém acaba se ligando de maneira irreversível a eles. Tem um personagem que é muito especial para mim: o lobo de estimação de Callum. É um ser peculiar, super fiel a ele e também muito ligado a seus amigos.

Mais uma vez, nem passou pela minha cabeça durante a leitura que se tratava de um livro escrito por duas pessoas. As autoras são muito próximas, e acredito que escreveram realmente juntas, o que não é nada impossível de acontecer, já que moram a dez minutos uma da outra. A narrativa é muito fluida e o livro me surpreendeu em vários momentos. Algumas poucas coisas ficaram sem uma explicação completa, mas como ainda teremos alguns livros na série acredito que isso possa se resolver de forma satisfatória.

Mesmo que a editora do primeiro livro seja diferente da editora do segundo, foi mantido o mesmo formato e até a mesma diagramação. Não alteraram nem mesmo o tipo e tamanho da fonte. Os dois volumes têm folhas amarelas. Ou seja, são livros à prova de TOC de leitores como eu, que odeiam alterações no meio da publicação de uma série. Em todo início de capítulo há uma ilustração, adoro esse detalhe. As capas combinam e são lindas e condizentes com o enredo.

O final, apesar de fornecer um gancho para a continuação, não é desesperador. Isso é algo que com certeza gosto nos livros, em cada volume as autoras trabalham uma parte específica da história e oferecem aos leitores uma aventura com um final bem fechado, o que torna a espera pelos próximos livros suportável, embora eu queira muito descobrir tudo o que elas ainda reservam para nós.