[Resenha - Petit Editora] Evoluir é simples, nós é que complicamos

Título: Evoluir é simples, nós é que complicamos

Autor: Manolo Quesada

Petit Editora

Skoob

Dividida em nove capítulos, a obra aborda de maneira bastante singela e objetiva como o ser humano pode... evoluir sem complicar! O autor se apoia em vários textos bíblicos, passagens das obras básicas de Allan Kardec e pensadores em geral, e convida a todos a ter uma postura de reflexão e mudança perante sua existência terrena, sempre com o objetivo de progredir, melhorar e evoluir. Evoluir é simples, nos é que complicamos é um convite para que estejamos abertos às ocasiões e momentos oportunos que a vida nos oferece, tanto para o plano terreno como para o plano celestial, visto que “passamos por diversas fases, todas necessárias, pois precisamos aproveitar todas as oportunidades para efetivar em nós todas as coisas que já temos e que ainda não descobrimos”, assim nos esclarece de modo muito generoso o autor.

Antes de falar mais especificamente sobre o livro, vou falar sobre princípios da doutrina espírita que acredito que nortearam seu desenvolvimento.

O espiritismo tem como crença fundamental a reencarnação, que nada mais é do que cada espírito viver várias vidas diferentes no mundo material e, entre elas, retornar à sua "verdadeira" existência, que ocorre no mundo espiritual. A reencarnação não é infinita, acontece com o objetivo de fazer com que cada indivíduo evolua até alcançar a categoria de espírito puro, que é o mais próximo que pode almejar chegar da perfeição. Porque perfeito mesmo, só Deus. 

As encarnações podem acontecer na Terra, ou em outras moradas; que sim, no espiritismo entendemos como outros planetas, que servem como vários níveis de uma escola, cada um tendo algo a oferecer dependendo do estágio em que o planeta e o espírito se encontram. Os corpos utilizados em outros planetas têm densidades diferentes dos corpos que são utilizados na Terra, tornando-se o ser "mais espírito e menos matéria" à medida que se desenvolve moralmente e intelectualmente. Enfim, isso é o básico, sei que é confuso e vai parecer loucura para muita gente à primeira vista, mas se alguém ler esse livro sem nunca ter ouvido falar disso vai ficar um tanto quanto perdido... rs... O autor explica isso de forma melhor e mais completa do que eu.

Manolo fala do que nos ajuda e do que nos atrapalha nesta busca pela evolução, nesta tentativa de nos tornarmos pessoas melhores a cada dia. É até difícil dizer mais que isso para vocês, mas ele fala da importância do amor; do que devemos exercitar, como a vontade, a consciência, a humildade, e a capacidade de manter bons pensamentos; do que devemos combater, como o orgulho (e suas diversas faces) e o egoísmo. 

O nosso caminho evolutivo é marcado por mudanças. Todas essas mudanças vão ocorrendo quase imperceptivelmente. Não acordamos, de um dia para o outro, transformados em seres melhores, mas vamos melhorando um pouco a cada despertar. De vez em quando, nos pegamos fazendo coisas melhores, as quais não fazíamos com muita frequência. Gostamos disso e continuamos a fazer e é esse exercício o grande responsável pelas nossas mudanças.

Contextualiza um pouco as coisas, dizendo porque o Deus que conhecemos no tempo de Moisés parecia tão impiedoso, e o Deus que conhecemos no Novo Testamento, através das palavras e exemplos de Jesus, parece tão diferente. Ressalta a importância do autoconhecimento, para que possamos evoluir com mais rapidez. 

Foi uma leitura que gostei bastante, o livro é curto, tem apenas 182 páginas, mas possui um conteúdo bem rico abordado sempre com objetividade.