Bom dia!
No dia 23/03, foi postada aqui no blog a resenha de A Playlist da Minha Vida, leitura de março do Clube do Livro da Liga. Aliás, está rolando sorteio de três exemplares do livro, para participar é só clicar aqui.
Agora, trazemos para vocês uma entrevista com a autora, Leila Sales. =)
Leila Sales cresceu nos arredores de Boston, Massachusetts. Ela se formou na Universidade de Chicago em 2006. Agora ela vive em Brooklyn, Nova York, e trabalha no mundo dos livros infantis. Leila passa a maior parte do seu tempo pensando em dormir, gatinhos, bailes e histórias que ela quer escrever.
A parte inicial da entrevista não possui spoilers, a parte que os possui está sinalizada. Até que o aviso chegue, mesmo quem não leu o livro pode ler tranquilamente!
Clube do Livro da Liga: Como surgiu a ideia de incluir a discotecagem na trama?
Leila: Eu amo a vida noturna e sair para dançar. Isso tem feito parte da minha vida desde que tive idade suficiente para frequentar boates. Ao longo dos anos estive próxima de uma série de DJs, e procurei contar a história dessas pessoas fascinantes nesse mundo.
CLL: A paixão pela música na trama é algo pessoal?
Leila: Totalmente! A música desempenha um papel enorme em minha vida. Sempre desempenhou. Como Elise, eu tive a sorte de ter um pai que incutiu em mim o amor pela música desde que nasci.
CLL: O que acha da possibilidade de seu livro ajudar a salvar uma vida?
Leila: Às vezes recebo e-mails de leitores dizendo que meu livro deu-lhes uma nova perspectiva de vida, ou os fez se sentirem menos sozinhos. Significa muito para mim poder escutar isso. Não posso pensar em um melhor elogio ao livro.
CLL: Você se inspirou em algum local verídico para criar a atmosfera da Start?
Leila: A Start é vagamente baseada em um número de diferentes boates e festas em que eu já estive. Listo alguns deles nos "agradecimentos" do livro*. A primeira boate indie que conheci foi em Boston, e ela realmente era chamada Start. Ela não está mais lá, mas eu queria dar a Elise essa mesma experiência que eu tive de descobrir todo este mundo da música indie e encontrar um lugar para si mesma lá.
* Ramshackle e Klub Kute (Bristol); Motherfucker e Mondo (Nova York); Pill e Start (Boston).
CLL: Você equilibrou a seriedade do bullying e da depressão com uma narrativa descontraída. Você planejou desde o começo escrever uma obra young adult?
Leila: Não procurei escrever sobre uma grande "questão" exatamente. Não quis fazer nada maçante. Apenas procurei contar a história de uma garota e como sua paixão pela música a ajuda. Eu sabia que seria um romance jovem adulto (young adult), porque é para essa faixa etária que sempre escrevo, mas os detalhes foram sendo descobertos conforme eu escrevia.
CLL: Quais atores vocês escolheria para o elenco principal, caso o livro fosse adaptado para a tv ou cinema?
Leila: Eu não tenho ideia, mas existe um site (vocês já viram?) em que os leitores podem votar em quem eles gostariam que interpretassem personagens em uma adaptação para o cinema. É aqui, If List. Todas essas sugestões são melhores do que qualquer coisa que eu poderia ter sugerido. Conheço muito mais sobre livros e música do que sobre filmes!
Atenção: as questões abaixo possuem spoilers!
CLL: Elise salvou a si mesma (diferentemente da maioria das histórias), sem um "Príncipe Encantado". Você planejou isso desde o começo ou decidiu durante o processo da escrita?
Leila: Eu sabia que, independentemente de Elise terminar com um namorado ou não, ela precisava ser a única a se salvar. Em sua jornada ela vai se tornando capaz de se autovalorizar, em vez de deixar que outras pessoas determinem o quanto ela é digna. Então, Elise não poderia decidir que ela era boa o suficiente, como resultado de um menino dizendo isso a ela. Ela teve que ver seus pontos fortes por si própria, para andar com suas próprias pernas.
CLL: Você pensou em um final alternativo? O suicídio de Elise, por exemplo?
Leila: Nunca pensei em um final onde Elise terminasse morta, mas experimentei muitas maneiras diferentes para encerrar a história. Uma vez escrevi uma versão em que ela é presa por ser menor de idade na boate. Em outra vez escrevi uma versão em que ela e Char acabariam discotecando no baile da escola de Elise. O final do livro é, obviamente, muito melhor! É por isso que as revisões são importantes. Nenhuma história é perfeita durante toda a produção nem logo na primeira tentativa.
O Clube do Livro da Liga é formado por amigos que resolveram arriscar uma leitura coletiva e se surpreenderam com a interação que foi proporcionada. Temos muitos gostos e ideias em comum, além de muitas discussões e risadas. Ninguém nunca irá nos entender, ainda bem. Nós Somos: Arquivo Passional| Entre Palcos e Livros | Este Já Li | Leitora Viciada | Leituras da Paty | Livros e Chocolate | Mais que Livros | Meus Livros Meu Mundo | Meus Livros Preciosos | MoonLight Books | Prazer, Me Chamo Livro | SA Revista | Segredo Entre Amigas | Seguindo o Coelho Branco | Todas as Coisas do Meu Mundo
Parabéns pela entrevista. A autora parece bem simpática.
ResponderExcluirEstou bem interessada no livro dela e seria bom encontrar uma resenha por aqui.
Por essa razão, não conclui a leitura da entrevista, tentei fugir dos espoilers :)
Café com Letras
Andreza, como eu disse lá no início da postagem, saiu resenha com sorteio no dia 23, está linkada.
ExcluirOooi Ju!!
ResponderExcluirEu já tô participando do sorteio :p
Já falei vaaaarias vezes por aqui que adoro o Clube da Liga e a interatividade de vocês, mesmo esse livro sendo o que vocês menos se conversaram a história parece ser agradavel.
A Autora foi bem legal e simpatica, gostei de saber que ela colocou um pouco dela no livro.
Gente, imagina a felicidade dela em saber que uma obra dela deu uma nova pesperctiva para alguém *---*
Beijinhos,
www.entrechocolatesemusicas.com
Oi Ju, parabéns pela entrevista. Sempre legal poder conhecer mais sobre os autores. Fui de cara no spoiler sem querer, mas okay, vou superar isso ='| Legal a relação da autora com a musica.
ResponderExcluirbeijos
Kel
www.porumaboaleitura.com.br
Nossa, Kel, eu avisei duas vezes... rs... é uma pena. Mas não são spoilers tão graves assim.
ExcluirJu lindona amei a entrevista , deve ser muito gratificante para a autora receber esse e-mails sobre a ajuda que o livro proporciona para algumas leitoras, a música pelo visto é parte essencial da vida da autora. ótima entrevista meninas . beijos
ResponderExcluirJoyce
www.livrosencantos.com
Oi, Ju!
ResponderExcluirEu tenho raiva da Leila pela sacanagem dela. hahahaha E por não ter respondido todas as nossas perguntas. Mas ok, pelo menos ela matou algumas das nossas curiosidades. Legal saber que a Start existiu de verdade.
Beijinhos!
Giulia - www.prazermechamolivro.com
Oi Ju não me incomodaria em ler a parte dos spoilers se não tivesse me interessado tanto pelo livro, mas aí comecei a ler a entrevista e vi que a narrativa e as influências da autora estão ligadas ao indie e, MEU DEUS, eu preciso ler. Parece ser um livro leve com um plano de fundo contagiante, além de que trás questões não tão leves assim (deu para entender?) bom, enfim, quero muito ler!
ResponderExcluirOi Ju, toda vez que vejo livros que trazem consigo uma playlist fico pensando o quanto o autor deve saber de música para conseguir entrelaçar a história. A Leila parece saber bastante sobre o assunto. Ainda não li o livro mas gostei de saber que a Elise é uma mulher independente e que se auto valoriza ao longo do livro. Estão faltando personagens assim nas prateleiras.
ResponderExcluirBeijos
Porão da Liesel
Oii Ju, tudo bem? Achei bem legal a entrevista. Gosto bastante quando há a inserção de música nos livros.... bem legal a Start ter existido de verdade, e a autora querer que a sua protagonista tivesse a mesma experiência que ela. Realmente deve ser muito gratificante para um autor saber que o livro ajudou a mudar a vida.
ResponderExcluirBeijinhos,
Rafaella Lima // Vamos Falar de Livros?
Oi Ju, que bom poder conhecer um pouco mais desta autora que me deixou bem curiosa com seu livro. Acabei pulando a parte final para evitar um pouco os spoiler, pois é um livro que será lido muito em breve.
ResponderExcluirBjs, Rose
Oi Juju, sua linda, tudo bem?
ResponderExcluirGostei da opção que ela fez: colocar a personagem se salvando. Totalmente condizente com a história do livro. Se ela se salvasse por causa de outra pessoa, e não por ela, o ciclo nunca terminaria. Já pensou, e se o namoro não desse certo? Ela ficaria destruída? Ela precisa existir independentemente dos outros. Por isso gostei dessa história e a entrevista ficou ótima.
beijinhos.
cila.
http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/