[Resenha - Valentina] Destino Mortal

Não contei uma novidade excelente para vocês ainda: a parceria do blog com a Editora Valentina foi renovada!! o/

Que tal comemorar a notícia com a resenha de um livro fantástico?

Título: Destino Mortal

Autora: Suzanne Brockmann

Tradução: Renato Motta

Livro #1 da série Destiny

Editora: Valentina

Skoob | Leia um trecho

Expulso de um grupo de elite de forma desonrosa, o ex-Navy SEAL Shane Laughlin consegue um emprego para participar de um programa de testes no Instituto Obermeyer (IO), uma fundação de pesquisas e desenvolvimento que trabalha com atividades secretas. Logo, Shane descobre que existem certos indivíduos que têm a habilidade de conseguir acesso a regiões inexploradas do cérebro, com resultados extraordinários, incluindo telecinesia, força sobre-humana e reversão do processo de envelhecimento. Conhecidos como Maiorais, essas raras figuras são criadas ou recrutadas pelo IO, onde, rigorosamente treinadas com o auxílio de técnicas ancestrais, conseguem cultivar seus poderes e usá-los de forma responsável. No entanto, nas profundezas da segunda Grande Depressão dos Estados Unidos, onde o abismo social ameaça a ordem, ricaços imprudentes descobriram uma alternativa sedutora na forma de um novo produto: Destiny. Trata-se de uma droga capaz de transformar qualquer pessoa num Maioral, além de oferecer a juventude eterna para o usuário. O cartel sinistro conhecido como a Organização começou a produzir Destiny em larga escala, e a demanda pela droga se tornou epidêmica. Poucos, porém, sabem do seu verdadeiro perigo, e menos ainda detêm o segredo sujo do ingrediente crucial para a fabricação da substância. Michelle “Mac” Mackenzie é uma das poucas que conhecem toda a verdade. Uma das agentes mais poderosas do IO, está determinada a acabar com o flagelo que Destiny representa para a humanidade. Mas sua atitude durona e marrenta sofre um abalo terrível ao descobrir que um dos novos recrutas para testes é Shane, o mesmo estranho que a atraiu sexualmente e bagunçou seu coração numa única noite de sexo selvagem. Embora Shane não seja um Maioral como Mac, ele também tem seus talentos secretos. Mac, porém, tem motivos poderosíssimos para manter distância – e razões completamente equivocadas para desejar sua companhia. Ela, que sempre esteve acostumada a arriscar a própria vida, talvez seja, agora, obrigada a sacrificar seu coração.

Destiny. Uma nova droga que surge em meados do século XXI, quando a sociedade está atravessando um período bem complexo. A desigualdade social aumentou, a corrupção também, assim como o uso de drogas e a ameaça do terrorismo. E aí surge algo que promete basicamente a vida eterna a seus usuários, com o bônus de superpoderes. A droga permite que mais áreas do cérebro sejam utilizadas simultaneamente, e torna as pessoas capazes até mesmo de manipular suas células para rejuvenescer e curar o corpo. 

Em linguagem simples, isso significava que essa droga conseguiria, ao menos teoricamente, que um paciente de 75 anos com câncer pudesse não apenas curar sua doença, mas também usar o poder do próprio cérebro para criar os hormônios e as enzimas necessários para transformá-lo num rapaz de 25 anos, robusto e saudável, com muitas décadas de vida pela frente.

O que os usuários não sabem é que Destiny causa uma dependência instantânea, e que nunca poderão deixar de ingeri-la. Além disso, ninguém fala sobre os riscos envolvidos - várias pessoas que tentam utilizá-la surtam completamente, às vezes até na primeira tentativa.

O que ela oferece, algumas pessoas conseguem naturalmente. Essas pessoas, que têm o poder de controle de seu cérebro muito acima do normal, são chamadas de Maiorais. Cada Maioral tem superpoderes diferentes: alguns conseguem atravessar paredes, outros têm poderes telepáticos muito avançados, ou um nível de controle de suas emoções e das emoções dos outros super alto... A cada página pode surgir alguém com um poder ainda mais incrível.

Os Maiorais que são o foco dessa história trabalham para o Instituto Obermeyer - IO - uma fundação que funciona com recursos próprios e procura identificar pessoas com um potencial cerebral interessante e ensiná-las a lidar com suas capacidades. Também luta constantemente contra a Organização, que é a responsável pela fabricação de Destiny. É uma luta bem difícil, pois esta Organização é muito ampla e tem ligações com bastante gente importante.

Destino Mortal é super bem escrito e me conquistou logo no início. Nele a gente encontra muita ação, praticamente o tempo todo. A autora revela os fatos aos poucos, e fiquei completamente chocada várias vezes. Existem algumas cenas bem fortes no livro, cenas de pura crueldade com crianças. Felizmente não são muito frequentes, então consegui lidar com elas.

Não tinha noção do que era certo ou errado, nenhum conceito de moralidade, nenhuma ideia de empatia ou compaixão. Fazia aquilo simplesmente porque gostava. Adorava a sensação. E quanto às pessoas que o contratavam? Que tinham conhecimento de que ele era completamente insano? Que não apenas sabiam o que ele fazia como também permitiam que fizesse e, o que era pior, ainda lhe pagavam pelos serviços? Essas pessoas eram o Mal em estado puro.

A narrativa possui cenas hot também, mas achei muito bem trabalhadas (como todo o resto). Se você não gosta de coisas que acontecem rápido demais, talvez se irrite um pouquinho. Há alguns casos de amor à primeira vista, e cada um deles é desenvolvido de forma diferente pela autora.

- Para mim é assustador pensar em como eu costumava acreditar que era melhor ficar sozinho. Como poderia ser melhor? Mais seguro, talvez, mas não, de jeito nenhum, poderia ser melhor.

Me senti muito próxima das personagens, e com certeza o Shane foi a pessoa que me conquistou de forma mais imediata! Ele tem um forte instinto protetor, além de ser muito bem capacitado, inteligente, corajoso, lindo e gentil. 

- Todas as vezes que meu coração bate (...) é como se estivesse apenas marcando o tempo até eu ter a chance de estar novamente com você.

Quando fui chegando no fim da leitura, comecei a economizar o livro... rs...  lia poucas páginas de cada vez para que ele durasse mais... Até que, de repente, faltando ainda 33 páginas, ele acabou. Não que o final tenha sido abrupto, ou algo assim. É que o primeiro volume da série, apesar de ter sido bem fechado, termina com um bônus - cinco capítulos que contam com detalhes o que aconteceu para que o Shane fosse expulso dos SEALs e colocado na lista negra (se você não está entendendo o que quero dizer com essa parte, leia a sinopse). Um resumo disso é revelado durante a narrativa, mas nesse bônus a autora nos permite conhecer toda a história.

Acho que deu para perceber que achei o livro bem completo e muito bom, então vamos aos únicos pontos negativos que encontrei nele. As folhas são brancas, e tenho quase certeza que isso foi feito para manter o preço sob controle. Ele é imenso, tem 535 páginas. Mesmo com esse probleminha, a leitura fluiu demais. A edição está caprichada, e a capa é linda, além de ser do meu estilo preferido: emborrachada. O outro pequeno "problema" é que não tenho a menor ideia de até onde a autora irá com essa série. No início ela diz que está no décimo sexto livro de uma série, e no décimo primeiro de outra, então já viram que a Suzanne realmente gosta de histórias longas, né? Isso tem um lado bom, o fato de que talvez não tenhamos que nos despedir das personagens tão cedo; e prova que ela tem capacidade de manter uma série interessante, mas eu, particularmente, não me dou muito bem com esse tipo de incerteza.

Espero que tenha conseguido mostrar para vocês um pouco do que esperar de Destino Mortal. Para os que querem ir entrando no clima o livro, deixo o book trailer dele por aqui. Até mais!