[Resenha - Intrínseca] A Culpa é das Estrelas

Título: A Culpa é das Estrelas

Autor: John Green

Tradução: Renata Pettengill

Editora: Intrínseca

A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.

Esse foi o primeiro livro que li do John Green (finalmente tomei vergonha na cara). Amei tanto que não sei o que escrever nessa resenha. Estou me sentindo exatamente como o Gus.

Meus pensamentos são estrelas que eu não consigo arrumar em constelações.

Hazel é uma garota de 16 anos que é paciente terminal há três - desde que foi diagnosticada. Seu câncer começou na tireoide, mas atingiu os pulmões, e os médicos não têm como curá-la. Graças a um medicamento experimental, conseguiu sobreviver todo esse tempo. Decidiram também que Hazel estava passando por uma depressão, e a garota foi obrigada a começar a frequentar um grupo de apoio (de que não gosta nem um pouco), uma vez por semana. Era algo que ela tentava evitar com todas as suas forças, até que um dia apareceu um novo garoto em uma reunião: Augustus Waters.

Augustus - ou Gus - teve um câncer que lhe cobrou uma perna, mas no momento está SEC (sem evidência de câncer). Comparece ao encontro para acompanhar um amigo que está vivendo uma situação mais que dolorosa. Ele e Hazel percebem uma ligação entre eles instantaneamente, mas não pensem que as coisas acontecem rápido demais. Esse não é um casal adolescente comum e não será tão simples assim eles assumirem o que sentem um pelo outro.

- Eu sou tipo. Tipo. Sou tipo uma granada. (...) Eu sou uma granada e, em algum momento, vou explodir, e gostaria de diminuir a quantidade de vítimas, tá?

No início da história, eu ri bastante. Cheguei a dar gargalhadas em vários pontos. Hazel e Gus são extremamente inteligentes e bem-humorados, e lidam com as provas que a vida lhes apresenta de uma forma resignada e madura. Aceitam o que não podem mudar, mas não deixam de tentar viver suas vidas da melhor maneira possível. Claro que não acham legal ter que lidar com a doença e suas consequências, só que isso não pode ser negociado.

Achei a escrita do John Green mágica. De repente comecei a me sentir engasgada, a ter uma sensação de angústia; e depois acabei chorando bastante. Parecia que eu estava dentro do livro e que tinha um relacionamento próximo com todas as personagens. Senti toda a empolgação, felicidade, tristeza ou dor que elas sentiram.

- Às vezes as pessoas não têm noção das promessas que estão fazendo no momento em que as fazem. (...)

- Tá, tem razão. Mas você cumpre a promessa mesmo assim. Amar é isso. Amar é cumprir a promessa mesmo assim. Você não acredita em amor verdadeiro?

Já perdi pessoas amadas para o câncer, acredito que por isso eu tenha adiado tanto essa leitura - por medo das lembranças e do que encontraria nesse livro. Mas a narrativa do John Green é tão leve quanto é possível ser, e consegui lidar com meus sentimentos de uma forma até tranquila.

Se já não estivesse me dedicando à leitura dos livros da Cassandra Clare, faria uma maratona pessoal para ler as obras do autor. Achei A Culpa é das Estrelas tão maravilhoso que queria muito mais. Mas vou tentar ter um pouco de paciência devido à fila de leituras que não posso deixar para depois, apesar de me doer fundo no coração ter que me despedir do John Green por enquanto. Meu consolo é que nos próximos dias assistirei ao filme, espero que a adaptação tenha ficado tão fantástica quanto o livro!