[Resenha - Nova Fronteira] Morte Súbita

Título: Morte Súbita

Autora: J. K. Rowling

Tradução: Izabel Aleixo/ Maria Helena Rouanet

Editora: Nova Fronteira

Skoob

Sinopse: Quando Barry Fairbrother morre inesperadamente aos quarenta e poucos anos, a pequena cidade de Pagford fica em estado de choque. A aparência idílica do vilarejo, com uma praça de paralelepípedos e uma antiga abadia, esconde uma guerra. Ricos em guerra com os pobres, adolescentes em guerra com seus pais, esposas em guerra com os maridos, professores em guerra com os alunos… Pagford não é o que parece ser à primeira vista. A vaga deixada por Barry no conselho da paróquia logo se torna o catalisador para a maior guerra já vivida pelo vilarejo. Quem triunfará em uma eleição repleta de paixão, ambivalência e revelações inesperadas? Com muito humor negro, instigante e constantemente surpreendente, Morte Súbita é o primeiro livro para adultos de J.K. Rowling, autora de mais de 450 milhões de exemplares vendidos. (Fonte: skoob)

Comecei 2014 com uma grande decepção literária, infelizmente. E ainda foi uma decepção causada por J. K. Rowling, o que fez com que ela fosse ainda pior.

Em Morte Súbita, somos apresentados aos moradores de duas cidades vizinhas: Pagford e Yarvil. Há uma rivalidade muito antiga entre os habitantes dos dois locais. Uma boa parte dos moradores de Pagford, principalmente os que pertencem à classe mais rica, quer se livrar de uma parte da cidade chamada Fields, que foi construída por Yarvil no território deles. É um bairro pobre, em que eles consideram que reside a maior parte dos marginais e drogados da região. Graças à existência de Fields, eles também precisam conviver com uma clínica de reabilitação que consideram um mal desnecessário.

Barry Fairbrother nasceu em Fields, e acabou se tornando um cidadão respeitável de Pagford. É terminantemente contra a entrega do bairro a Yarvil, pois acredita que, caso isso aconteça, as crianças do lugar não terão oportunidades de ter uma vida melhor, como ele teve. Mas Barry morre repentinamente, e seus opositores querem aproveitar a oportunidade para se livrar de Fields de uma vez por todas.

A história de Morte Súbita é bem construída. As personagens são ricas, todas com muitos problemas para resolver. A autora partiu de uma boa ideia, mostrar a hipocrisia do ser humano, o que cada um esconde dentro de si. Todo o tempo, eu fiquei com o início de Anna Kariênina na cabeça: "Todas as famílias felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira.". Porque a maior parte das personagens é extremamente infeliz, embora nem sempre isso fique claro para os outros. 

Não tenho muito a dizer sobre o livro. O tempo todo eu pensava: "falta muito?". A história me deixou completamente entediada, não sei bem o motivo disso, só sei que achei Morte Súbita bem chato e arrastado. E não esperem um final feliz, as tragédias aumentam com o decorrer da narrativa. Só torço para que quem decidir ler não se decepcione tanto quanto eu me decepcionei. Estou deprimida até agora.

O maior erro de noventa e nove por cento das pessoas é ter vergonha de serem quem são, é mentir a esse respeito, fingindo ser alguém diferente. (...) O mais difícil, a verdadeira glória era ser quem a gente realmente é, mesmo quando se trata de uma pessoa cruel ou perigosa, aliás, especialmente nesses casos.

Resenha postada no skoob.