[Resenha - Intrínseca] Cidades de Papel

Título: Cidades de Papel

Autor: John Green

Tradução: Juliana Romeiro

Editora: Intrínseca

Número de páginas: 368

Skoob

Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma. Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte. Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.

Margo e Quentin são vizinhos desde os dois anos de idade. Quando crianças, estavam sempre juntos, até que um dia encontraram um homem morto encostado em um carvalho no parque. Foi o início do fim da amizade. Agora, em seu último ano no ensino médio, Margo é uma garota extremamente popular e Quentin, bem... ele é apenas mais um. Tem ótimos amigos, mas não possui um lugar importante na estrutura social do colégio. 

Nutre uma paixão platônica por Margo, e não parece que um dia terá oportunidade de transformá-la em algo real. Até que a garota, do nada, aparece na janela do seu quarto, dizendo que precisa que ele a ajude em um plano de vingança. Eles têm uma noite arriscada e emocionante e, na manhã seguinte, Q acredita que tudo será diferente - ou melhor, igual aos velhos tempos. Só que logo descobre que Margo desapareceu, aparentemente sem deixar rastros. Mas não é do feitio dela sumir sem deixar pistas (a garota já fugiu de casa algumas vezes) e ele mergulha numa investigação para encontrá-la.

Já li várias resenhas negativas desse livro, e peguei para ler com um pouco de receio. Não amei do jeito que amei A Culpa é das Estrelas, mas também não vi nada de realmente negativo nele. O final não foi o que eu queria, mas fez sentido e por isso tive que me conformar... rs... Embora a investigação de Quentin dure praticamente o livro inteiro, e ele demonstre muitas vezes estar completamente perdido, voltando aos lugares sem nem saber porque, achei isso normal, afinal, ele não é um investigador profissional. Sim, fica completamente obcecado para saber o que aconteceu, mas além de ser realmente apaixonado pela garota ele a conhece há muito tempo.

Achei os personagens bem construídos, tanto os principais quanto os secundários. Os amigos de Q não são perfeitos, mas mostram-se quase sempre dispostos a ajudar. Claro que às vezes se irritam e querem deixá-lo por sua conta, mas qual é o adolescente que nunca perde a paciência, principalmente se um amigo próximo passar a lhe dar bem menos atenção?

Cidades de Papel não tem nada de muito especial na diagramação, a não ser nas páginas iniciais e nas páginas que iniciam cada uma das três partes em que ele é dividido, que depois se dividem em capítulos. As páginas são amarelas, a fonte tem um tamanho bom e não encontrei erros. Nunca achei essa capa verdadeiramente bonita, mas gosto mais dela agora que sei que é muito significativa.

A leitura fluiu bem para mim, levei apenas algumas horas para terminar. Essa foi minha primeira leitura da Maratona Literária #ChristmasWithCreepy, que é composta por 5 desafios. Se eu cumprir três já me sentirei satisfeita, já que duvido que eu consiga ler algo nos dias 23, 24 e 25, e ela vai apenas do dia 20 ao dia 26 de dezembro. Amanhã inicio mais um livro!