[Resenha - Fundamento] Brotherband 5: A Montanha

Esta resenha não possui spoilers deste livro ou dos livros anteriores da série. Porém, caso não tenha lido os outros volumes, aconselho que pule a sinopse.

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Título: Brotherband 5 - A Montanha

Autor: John Flanagan

Tradução: Edite Siegert Sciulli

Livro #5 da série Brotherband

Número de páginas: 360

Editora: Fundamento

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Skoob

Do mesmo autor de Rangers – Ordem dos arqueiros, mais uma fantástica e imperdível saga. Depois de enfrentar os comerciantes de escravos de Socorro, Hal e a tripulação do Garça-Real retornam a Araluen e recebem uma nova missão do rei Duncan: proteger sua filha, a princesa Cassandra. Ela sofreu um atentado que, felizmente, foi frustrado. Contudo, os assassinos pertencem à seita de Imrika, conhecida por caçar e perseguir suas vítimas até a morte – incansavelmente. Esses fanáticos precisam ser detidos antes que seja tarde e, assim, os Brotherbands e Gilan, o lendário arqueiro de Araluen, partem à procura do covil inimigo na temida Montanha do Escorpião, localizada no deserto de Ephesa. Só que, quando religião e morte se misturam, nem mesmo a calmaria das águas mais profundas dará trégua aos corajosos aventureiros. No caminho, um tirano sedento por vingança e um grupo de cruéis mercenários unem forças para tomar o Garça-Real e impedir Hal e seus amigos de chegar a seu destino. É o início de uma sangrenta batalha por mar e por terra que pode sair muito caro à jovem tripulação. O perigo espreita entre as sombras. Contando com a experiência de Thorn e a agilidade de Gilan, Hal precisa combinar as habilidades de marinheiros e arqueiros para enfrentar adversários impiedosos. Mas será que Hal conseguirá comandar e proteger todos ao mesmo tempo? Ou sua jornada terminará antes de começar? Uma nova geração desafia a antiga, renegados se tornam lendas e mais uma aventura acontece!

Brotherband é uma série escrita por John Flanagan, o autor da série Rangers - Ordem dos Arqueiros. O que elas têm em comum? São séries juvenis do gênero aventura, se passam na Idade Média, dão um grande destaque à amizade e são repletas de ação. O que têm de diferente? Enquanto os protagonistas de Rangers são arqueiros, os protagonistas de Brotherband são marinheiros, o que lhes faz ter um estilo de vida bem diferente. 

Hal é o skirl, o capitão do navio Garça-Real, e ele e sua tripulação (que são amigos que praticamente formaram uma família e são chamados de garças) estão sempre dispostos a cumprir qualquer missão que seja apresentada a eles. São enviados para Araluen, que é o cenário principal de Rangers, devido a um tratado entre Araluen e a Escândia, e desde o quarto livro começamos a ter contato com um personagem famoso da outra série, Gilan. 

Neste volume nos encontramos também com o Rei Duncan e sua filha, a princesa Cassandra, além de Crowley, o comandante da Corporação dos Arqueiros, além de outros que fazem pequenas participações. No início fiquei um pouco decepcionada pela ausência de Will e Halt (os arqueiros do meu coração), mas o trabalho era perfeito para Gilan, qualquer outro arqueiro teria chances menores de concluir a missão, então no fim tive que aceitar que o autor pensou realmente em tudo e me rendi. E a missão que os protagonistas recebem não é qualquer uma: a princesa está sendo ameaçada de morte e uma organização de assassinos não vai sossegar enquanto não alcançar seu objetivo. Gilan precisa ir à sede dessa organização e Hal e os garças ficam responsáveis por transportá-lo e auxiliá-lo.

Preciso dizer que não é preciso ter lido Rangers para ler essa série. Quem leu tem o bônus de reencontrar personagens queridos, e já se lembra logo de cara de alguns fatos que são mencionados. Mas o autor não permite que ninguém fique perdido em nenhum momento, e conta tudo o que um novo leitor precisa saber para acompanhar perfeitamente o enredo de Brotherband.

Tanta coisa acontece nesse volume que senti que tinha lido vários livros... cada uma das partes em que o livro é dividido (são quatro, que contêm no total 51 capítulos e um epílogo) conta uma parte bem definida da história. John Flanagan não me deixou perder o interesse em nenhum momento, a narrativa dele é bem ágil e até nos momentos em que temos menos ação ainda tem muita coisa em que prestar atenção, os personagens são bem trabalhados e estão em constante desenvolvimento e acabam por surpreender o leitor muitas vezes.

No livro anterior, tive problemas com a leitura exclusivamente por causa da tradução. Nesse, o problema desapareceu completamente. Os termos com que eu já estava acostumada felizmente foram retomados e isso fez com que minha leitura ficasse mais fluida. Só encontrei um errinho de diagramação, em que parte da fala de um personagem no final de um capítulo foi parar no início do outro, mas isso foi facilmente percebido e não me atrapalhou. Fora isso, achei a revisão excelente.

A fonte tem um tamanho bom, as folhas são amarelas e o livro tem detalhes bem bonitos em todas as páginas, com o bônus de uma ilustração que representa uma invenção de Hal, que não vou contar qual é. O garoto é extremamente criativo e vive encontrando soluções que facilitam sua vida e a dos outros, só nesse livro foram duas invenções muito legais. Mais uma vez, amei um livro do autor, e recomendo suas séries para qualquer leitor.