[Resenha - Geração Editorial] O Pequeno Príncipe

Título: O Pequeno Príncipe

Autor: Antoine de Saint-Exupéry

Tradução: Frei Betto

Geração Editorial

Skoob

Um piloto cai com seu avião no deserto e ali encontra uma criança loura e frágil. Ela diz ter vindo de um pequeno planeta distante. E ali, na convivência com o piloto perdido, os dois repensam os seus valores e encontram o sentido da vida. Com essa história mágica, sensível, comovente, às vezes triste, e só aparentemente infantil, o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry criou há 70 anos um dos maiores clássicos da literatura universal. Não há adulto que não se comova ao se lembrar de quando o leu quando criança. Trata-se da maior obra existencialista do século XX, segundo Martin Heidegger. Livro mais traduzido da história, depois do Alcorão e da Bíblia, ele agora chega ao Brasil em nova edição, completa, com a tradução de Frei Betto e enriquecida com um caderno ilustrado sobre a obra e a curta e trágica vida do autor.

O Pequeno Príncipe é uma história que me fascina desde sempre. Não tenho a menor ideia de quantas vezes já li esse livro, só sei que nunca deixei de me encantar. É um dos meus livros preferidos de todos os tempos, uma obra que é capaz de prender a atenção de pessoas de qualquer idade, e de ensinar algo a pessoas de qualquer idade também.

Um garotinho abandona a carreira de pintor aos 6 anos devido a conselhos de adultos sem imaginação. Acaba se tornando piloto, e um dia cai com seu avião no meio do deserto. Lá, conhece uma criança, o pequeno príncipe, que deixou seu planeta aproveitando uma revoada de pássaros selvagens em migração, devido a um desentendimento com sua melhor amiga, uma rosa. O principezinho acaba aprendendo muito em sua jornada até a Terra, e ensinando bastante ao piloto depois de chegar nela.

Mesmo quem nunca leu o livro, já deve ter visto inúmeros trechos reproduzidos por aí. Um dos que eu mais amo é o do encontro do pequeno principe com a raposa.

As frases mais conhecidas da minha parte preferida do livro são ditas pela raposa. Quem aí nunca viu por aí os dizeres "O essencial é invisível aos olhos." ou "Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa."? E o mais legal é que a raposa não diz isso da boca para fora, ela faz nosso protagonista entender na prática o que essas frases querem dizer.

O livro tem algumas partes bem tristes... a que está na foto abaixo é uma das que mais me toca. Cliquem na imagem para aumentá-la.

Realmente não tenho palavras para falar sobre esse trecho, sempre me deixa engasgada. 

Mostrei um pouquinho do livro porque simplesmente é difícil demais falar dele. Podem acreditar, estou tentando fazer uma resenha há meses, sem sucesso. Aí aceitei que é uma missão praticamente impossível para mim, e estou simplesmente escrevendo o que surge na hora, sem pensar a respeito.

A edição que recebi da Geração é uma edição de luxo que com certeza vale cada centavo (inclusive acho o preço muito bom, e ainda pode ser encontrada em super promoções na internet, pesquisem). A diagramação está maravilhosa, as páginas têm fundo e fonte de cores variadas. É em capa dura, as estrelinhas e o título são em dourado e temos alto relevo na ilustração e no título, e baixo relevo nas estrelinhas. Foi tudo feito com extremo capricho e cuidado.

Depois do fim da história, temos acesso  a uma breve biografia do autor, e nela tomamos conhecimento de suas inspirações para o livro, inclusive do porquê da dedicatória a um amigo que "vive na França, onde passa fome e frio". O Pequeno Príncipe foi escrito durante a segunda guerra, e Antoine o dedicou a um grande amigo, um judeu que não deixou seu país e sofreu as consequências disso. A história do autor, por si só, daria vários livros, e ele inclusive escreveu alguns baseando-se nela. Temos fotos que registram momentos da vida dele, aquarelas que fez do pequeno príncipe, e até um bilhete em que o personagem foi utilizado.

Se você já conhece a história me diga o que acha dela. Se não conhece, espero que decida ler, com certeza vale a pena. A nova adaptação estreia nos cinemas essa semana, e logo trarei minha opinião sobre a animação. Estou super ansiosa para assistir.

=== Extras que fizeram parte da vida de uma fã da história ===

1) O Baobá

O pequeno príncipe gostaria de alertar a todos que baobás não são suportados em pequenos planetas como o dele... caso um dia se encontrem em um planeta minúsculo, lembrem-se de tirar os brotos de baobás todos os dias, para que o planeta não rache... como a Terra é grande o suficiente, eu conheci um deles. =) Estava em Porto de Galinhas e ouvi falar de um baobá que tinha ganhado uma praça para ele. Fui até lá assim que pude.

Deu pra notar que é uma árvore imensa? Infelizmente ninguém que foi comigo nessa viagem era fã do livro o suficiente para abandonar a praia e tive que visitar meu amigo baobá sozinha. Não deu para documentar o abraço, um dia volto lá para fazer isso (claro que só consigo abraçar uma pequena parte do tronco... rs...).

2) Vexame na exposição

Aqui em São Paulo teve uma exposição do pequeno príncipe. Obviamente, tive que ir. Fiquei frustrada porque tinha um brinde que só davam para as crianças, mas ok, pelo menos eu estive lá... hehe... Estava tudo muito lindo.

Sim, esta sou eu precisando encostar na raposa, porque sim. Nenhuma criança teve essa necessidade, mas não me aguentei... ERA A RAPOSA!!! Não se preocupem, não vou encher vocês de fotos, essa já demonstra o suficiente do meu vexame. A postagem está enorme, então termino por aqui. Por favor, leiam o livro, vejam o filme, conheçam essa história de alguma forma!

================ Fim do surto. ================