Título: Aristóteles para quem busca a felicidade
Autor: Jean Vanier
Tradução: Sally Tilelli
Editora: Gente
Número de páginas: 224
Autor: Jean Vanier
Tradução: Sally Tilelli
Editora: Gente
Número de páginas: 224
Em Aristóteles para quem busca a felicidade, Jean Vanier oferece uma aplicação edificante, contemporânea e prática da filosofia às necessidades e aos anseios humanos. Convidando-o a olhar com novos olhos para teorias de felicidade escritas há dois milênios, Vanier baseia-se no trabalho filosófico da sua juventude assim como examina a base para a filosofia moral moderna e seu papel na vida das pessoas atualmente. O livro revela ligações úteis entre psicologia, espiritualidade e moralidade: a psicologia vai ajudá-lo a enfrentar seus medos e limitações, a espiritualidade lhe dá força e a moralidade vai guiá-lo na escolha das melhores ações – aquelas que vão ajudar a aumentar sua felicidade e, assim, sua humanidade. A combinação desses caminhos de conhecimento e sabedoria dá sentido à vida das pessoas e lhes permite fazer o melhor uso de sua liberdade em seu caminho para a felicidade. Aqui você encontra algumas reflexões simplificadas sobre temas como: viver uma vida plena e moral; basear-se na ética humana; integrar nossa natureza e nossos desejos com nossas necessidades na sociedade; integrar as dimensões do corpo e da afetividade.
Comecei a leitura desse livro sem saber bem o que encontraria. A verdade é que achei interessante o pouco que estudei de filosofia e, embora não me lembre de basicamente nada, quis ver os estudos de Aristóteles a respeito da felicidade. Encontrei algo bem complexo, que em alguns momentos foi esclarecedor, em outros nem tanto.
Jean Vanier trabalha vários conceitos que Aristóteles estudou com profundidade, e é bastante coisa para absorver. Ele escreveu seu texto com base tanto em seu doutorado quanto em vivências pessoais, então claro que não daria para ser algo realmente simples. Não sei bem como descrever o que vocês encontrarão no livro, então vou optar por falar de algumas coisas que estão presentes nele, sem me preocupar em abranger todo o conteúdo.
Uma coisa que achei bem legal foi que foi ressaltada a importância de mantermos a capacidade de nos espantar. É algo que as crianças possuem, pois são naturalmente questionadoras e estão descobrindo o mundo, então querem explicações para tudo e não se contentam com respostas que não esclareçam de verdade o que querem saber. Para a filosofia, é essencial manter essa característica.
O livro mostra que a felicidade é o que todas as pessoas querem. Quando questionadas, algumas podem responder que desejam crescer profissionalmente, outras que querem se casar e ter filhos, outras que querem ser livres, entre muitas outras respostas possíveis. Agora se continuarmos questionando essas pessoas, acabaremos chegando na resposta de que desejam coisas diferentes com o mesmo objetivo: ser felizes. Aliás, sobre o desejo, Aristóteles afirma que ao se preocupar em satisfazer desejos menores as pessoas acabam se afastando da possibilidade de alcançar o bem primordial que realmente lhes traria a tão almejada felicidade.
Aristóteles fala de virtudes que devemos cultivar (como coragem, amabilidade e senso de humor), e nos apresenta os vícios que se contrapõem a elas. Explica que há uma justiça natural (por exemplo, matar e roubar são errados em qualquer lugar) e uma justiça particular (que se revela por meio das leis de cada local). Esclarece que existem vários tipos de amizade: as que não são tão verdadeiras e acabam se dissolvendo, como as por interesse e pelo prazer; e a amizade perfeita, em que cada um quer que o outro alcance sua felicidade. Para ele, não é possível ser feliz sem se relacionar plenamente com o outro.
Jean Vanier trabalha vários conceitos que Aristóteles estudou com profundidade, e é bastante coisa para absorver. Ele escreveu seu texto com base tanto em seu doutorado quanto em vivências pessoais, então claro que não daria para ser algo realmente simples. Não sei bem como descrever o que vocês encontrarão no livro, então vou optar por falar de algumas coisas que estão presentes nele, sem me preocupar em abranger todo o conteúdo.
Uma coisa que achei bem legal foi que foi ressaltada a importância de mantermos a capacidade de nos espantar. É algo que as crianças possuem, pois são naturalmente questionadoras e estão descobrindo o mundo, então querem explicações para tudo e não se contentam com respostas que não esclareçam de verdade o que querem saber. Para a filosofia, é essencial manter essa característica.
O livro mostra que a felicidade é o que todas as pessoas querem. Quando questionadas, algumas podem responder que desejam crescer profissionalmente, outras que querem se casar e ter filhos, outras que querem ser livres, entre muitas outras respostas possíveis. Agora se continuarmos questionando essas pessoas, acabaremos chegando na resposta de que desejam coisas diferentes com o mesmo objetivo: ser felizes. Aliás, sobre o desejo, Aristóteles afirma que ao se preocupar em satisfazer desejos menores as pessoas acabam se afastando da possibilidade de alcançar o bem primordial que realmente lhes traria a tão almejada felicidade.
Seguir os próprios desejos pode levar as pessoas à devassidão e a um colapso. (…) Os prazeres mais básicos, imediatos e fáceis são capazes de seduzir uma pessoa e invadir seu campo de consciência até o ponto em que ela se vê impedida de se orientar na direção dos prazeres mais nobres, grandiosos e extasiantes.
Aristóteles fala de virtudes que devemos cultivar (como coragem, amabilidade e senso de humor), e nos apresenta os vícios que se contrapõem a elas. Explica que há uma justiça natural (por exemplo, matar e roubar são errados em qualquer lugar) e uma justiça particular (que se revela por meio das leis de cada local). Esclarece que existem vários tipos de amizade: as que não são tão verdadeiras e acabam se dissolvendo, como as por interesse e pelo prazer; e a amizade perfeita, em que cada um quer que o outro alcance sua felicidade. Para ele, não é possível ser feliz sem se relacionar plenamente com o outro.
Cada homem deve trabalhar sua alma rumo à virtude, ou seja, atingir o maior desenvolvimento possível como ser humano no nível de seu caráter e de sua inteligência. (…) Ser bom ou mau é nossa responsabilidade. (…) O homem mais perfeito e, portanto, o mais feliz é aquele que alcançou a real maturidade moral e humana. Ele incorporou a lei. Ele já não tem dificuldades em controlar suas paixões, tampouco precisa lutar contra elas. Em vez disso, ele se sente motivado pelo desejo de que a cidade-estado seja um lugar de paz e que seus cidadãos alcancem a verdadeira felicidade.
Também é frisada a importância da busca pela verdade e pela justiça, e o fato de não ser possível ser feliz sem buscar a bondade e a beleza interior, além do bem de toda a sociedade. O livro tem muito mais conteúdo, mas não me sinto capaz de falar sobre tudo. Espero que eu tenha conseguido transmitir um pouco da lógica aristotélica para vocês.
Nossa bem interessante! Parece ser uma ótima opção de leitura ❤
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirEu não curtia taaaanto filosofia, mas também não era ruim na matéria quando estava no ensino médio. Admito que antes da sua resenha eu jamais pensaria em ler o livro, mas sua resenha me deixou bem curiosa, embora o livro seja complexo traz lições importantes.
Amei sua resenha.
Oi Ju!Tudo bem?
ResponderExcluirAmo Aristóteles, de verdade, mas não curto nenhum pouco livros de auto ajuda! Mas observei, pela sua resenha, que o livro não é tão auto ajuda, está mais para filosófico. Adorei sua resenha e confesso que pela sinopse não leria, pois pela sinopse fica bem caracteriza um livro de auto ajuda, que traz conceitos da filosofia, espiritualidade e psicologia. Talvez eu leia, mas no momento deixo passar! Dica anotada para futuras leituras!
Bj
http://colecionandoromances.blogspot.com.br/
Olá!
ResponderExcluirPoxa! Amei sua explicação e opinião sobre o livro. Eu amo filosofia e sim vc conseguiu transmitir perfeitamente a logica de Aristóteles que premissa em cima da verdade, conhecimento, pelo racional.
Adorei!
Bjs
Olá! Eu adoro a forma como Aristóteles aborda os assuntos mais difíceis, tornando-os simples para quem o estuda, pois a maioria dos filósofos faz exatamente o contrário. Não sei se, nesse livro, Jean Vanier conseguiu captar a essência do pensamento do filósofo sobre a felicidade, mas parece que dar valor às coisas simples, utilizar o bom senso e se importar com o outro em geral são caminhos interessantes que ele indica.
ResponderExcluirValeu a dica!
Beijos!
Karla Samira
www.pacoteliterario.blogspot.com.br
Olá,
ResponderExcluirParece ser uma leitura bem complexa e, no entanto, bem interessante.
Nunca fui muito fã de filosofia, mas gostei da forma que alguns temas foram abordados no livro de acordo com sua resenha.
Acho que vou arriscar e tentar fazer a leitura do livro.
http://leitoradescontrolada.blogspot.com.br
Oi!! Filosofia não é lá minha temática predileta, porém, acabei estudando Aristóteles no ensino médio e até na facul, e é impossível não ficar curiosa em relação. Não sei se é um livro que leria, mas com certeza os levantamentos que fez em sua resenha, me despertaram curiosidade para saber mais a respeito.
ResponderExcluirBeijos
Olá, ótima resenha. No momento, acho que não é o tipo de leitura que procuro, pois na faculdade tenho várias matérias onde a filosofia e Aristóteles são abordados, mas achei interessante os pontos que você destacou, especialmente o fato de no fundo todos estarmos buscando a felicidade.
ResponderExcluirOlá Ju!
ResponderExcluirGostei muito das suas impressões a respeito do livro, mas não é o tipo de leitura que costumo fazer. Acho filosofia bem interessante, estudei Aristóteles durante o ensino médio e a faculdade, mas lembro bem pouco a respeito. Não conhecia a obra, mas saber que ela busca frisar a importância de ser feliz é bem interessante.
Beijos.
Olá tudo bem??
ResponderExcluirGostei da sua resenha, mas infelizmente não curto esse tipo de livro, dessa vez vou passar a dica, mas tenho certeza que muita gente vai adorar!!
Beijus
www.bibliotecaempoeirada.com.br
Oii.. Eu sou uma curiosa nata, gosto de saber as causas e consequências das coisas. Esse livro me chamou muita atenção porque o foco dele é realmente aquilo que todo mundo almeja: a felicidade. E lendo essa resenha eu me perguntei: será que pessoas ruins são felizes. E me dei conta (refletindo aqui e lendo a resenha e as citações) de que não. Não vejo como pessoas ruins podem ser felizes. Pra mim, esse tipo de pessoa desconta sua infelicidade nos outros com atos, palavras e desejos ruins, ao invés de procurar fazer coisas boas e encontrar algum sentido na vida. Acho que quando vc encontra o sentido da vida (ou pelo menos parte dele) é meio caminho andado para a felicidade. Dizem que a felicidade não é linear, que vc não é sempre feliz. Eu discordo, porque entendo felicidade e alegria como coisas diferentes. Vc pode estar triste hj, tendo um dia ruim, mas ainda assim se considerar uma pessoa feliz.
ResponderExcluirEu com certeza vou ler esse livro e provavelmente indicarei ele para outras pessoas tbm.
Beijos.
Eu não curto esse tipo de livro, ainda mais pelo tema, no ensino médio eu odiava filosofia, não é pra mim... hahahah
ResponderExcluirMas a edição está bem bonita, e a leitura parece boa para quem curte mais o gênero.
beijos
www.apenasumvicio.com
Oi Ju... tudo bem??
ResponderExcluirEu não entendo praticamente nada de filosofia e confesso que sempre fui ruim nesta matéria... eu não leria o livro, porque pra mim seria cansativo, mas que bom que você leu e curtiu e a leitura pode trazer algo de bom em alguns momentos pra ti.. eu sempre achei essa matéria estranha pra se falar a verdade, mas temos muito nomes que as estudou e fez algum sentindo, não sei bem! Xero!!!
Oi Juju, sua linda, tudo bem?
ResponderExcluirO que eu sempre apreciei na ciência foi o questionar, o duvidar, o não aceitar. Acredito que são essenciais para se obter o conhecimento. Infelizmente as escolas não desenvolvem muito esse lado nas crianças e os pais até reprimem. Não concordo muito com o pensamento de que as pessoas não deveriam satisfazer desejos pequenos, pois estariam correndo o risco de não satisfazer o objetivo que elas procuram. Será que não podemos ser felizes com pequenas coisas? E se não conseguimos realizar nosso objetivo? Não podemos ter mais de um objetivo? Não podemos ser felizes com quem somos? Não podemos perceber que na verdade queremos outro objetivo, desistir desse e percorrer um novo sonho? É isso que eu adoro na filosofia: ela inspira e desenvolve o livre pensamento!!! Esse é um livro que eu gostaria muito de ler. Sua resenha ficou ótima!!!
beijinhos.
cila.
http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/
Oi, Ju!
ResponderExcluirPor ter trabalhado anos como cientista e ser muito curiosa, acho que esta parte básica para a busca da felicidade já está ok. Agora, quanto a suprimir desejos menores... Cara... nada me faz mais feliz que comer chocolate nas hora s mais impróprias! rsrs.... Mas voltemos. Gosto muto de ler livros com base filosófica, apesar de n me entender muito bem com a filosofia em si (tb n me entendo!). Aristóteles nem era tão difícil de estudar, Rosseau é que era problemático. Parece ser um bom livro de qq forma, com um enredo p quem gostaria de se auto analisar e redefinir. Você até que resumiu bem! N se preocupe! ;)