Título: Eu compro, sim! Mas a culpa é dos hormônios...
Autor: Pedro de Camargo
Sinopse: Entenda o comportamento do consumidor e aprenda a comprar com consciência! Este é um livro divertido. O tipo de livro que a gente tem que ler nem que seja só para continuar uma conversa quando aqueles terríveis momentos de silêncio se instalam entre os interlocutores. Mas, além disso, este é um livro sério, muito sério. (Antes de começar a lê-lo, vale a pena dar uma olhada nas referências bibliográficas). A proposta sensacional de Pedro de Camargo é demonstrar, da forma mais simples possível, como nosso comportamento de consumo está diretamente ligado aos neurotransmissores responsáveis pelas sensações de prazer. Parece complicado, mas sob a escrita de Camargo você vai compreender perfeitamente alguns de seus comportamentos pouco ortodoxos, embora comuns, como assaltar a geladeira em noites mais frias, ou comprar aquele monte de bobagens que nunca, em toda a sua vida, pretendeu usar... E, como cortesia, com as dicas no fim de cada capítulo é possível aprender a combater seus próprios neurotransmissores endoidecidos — e consumistas — e conquistar o orçamento saudável com que sempre sonhou. (Fonte: site da editora)
Me surpreendi com esse livro já no início da introdução. O autor apresenta "alguns fatos que surgiram com as pesquisas feitas em novos campos do conhecimento", e aposto que vocês não conseguem adivinhar qual é o fato 1... rs... É "somos irracionais". Claro que me revoltei um pouquinho com essa informação, afinal passei vários anos na escola ouvindo que o homem era um "animal racional". Ok, é tanta coisa que a gente vê por aí que eu já devia ter desconfiado que a raça humana não era tão racional assim. E é o que o Pedro expõe. Não é que o ser humano não pense, mas muitas vezes pensa de forma que gera atitudes totalmente contrárias a uma vida feliz e saudável. Mas ter consciência dessa irracionalidade é algo que pode ser muito positivo nas nossas vidas.
A irracionalidade normalmente tem uma conotação negativa de insensatez e até mesmo insanidade, mas muitas vezes nossas ações sem razão são extremamente úteis para nos ajudar a nos adaptar ao ambiente mutante. Entender que podemos agir sem um motivo aparente e racional lhe beneficiará muito na empreitada que proponho aqui.
São abordadas várias situações no livro, e quando parei pra pensar percebi que minha vida exemplifica várias delas. Por exemplo, o fato de que comemos mais quando estamos em grupo. A mais pura verdade. Quando eu era mais nova, tinha o costume de ir com meus primos a uma pizzaria, e sempre pedíamos o rodízio. Eu até hoje não sei como conseguia comer tanto!! Meus primos ainda ganhavam por muito, mas parecia mesmo que era a última refeição das nossas vidas, e se não pedíssemos para o garçom colocar mais de um pedaço de cada vez nunca mais teríamos a oportunidade de comer aquilo!
Somos, antes de tudo, seres biológicos, e o que nos faz comer com tal avidez é, na verdade, o medo de ficarmos sem. Assim, o fazemos rapidamente e procurando comer a maior porção possível.
Outra coisa que chamou minha atenção foi quando o autor falou da altura dos tetos das lojas. Sim, eu já tinha percebido que algumas das lojas mais chiques (e obviamente mais caras) que eu já vi na minha vida tinham o pé-direito alto. Mas nunca ia imaginar o motivo, e o Pedro finalmente solucionou o mistério para mim: "elas a deixam mais tranquila e isso significa que você não vai se atentar aos detalhes do produto e do preço". o.O
O livro mostra que nosso cérebro ainda é primitivo, e faz com que queiramos sempre garantir nossa sobrevivência e a de nossos genes. Se para isso for necessário comprar um vestido maravilhoso, que vai fazer com que a gente se sinta a mulher mais maravilhosa e desejada do mundo, principalmente depois de um dia muito ruim, bem... Apesar de acabar com nossa saúde financeira, isso pode acontecer. E não estou dizendo que isso é feito conscientemente. Muito pelo contrário. É apenas um instinto muito forte agindo.
Roupas não são problema pra mim... é muito, muito difícil eu comprar algo por compulsão. Acreditem, tenho apenas duas calças jeans no armário. Minhas amigas costumam ter bem mais que isso. Em compensação, tenho muito mais livros não lidos do que a maior parte das pessoas que eu conheço. O pior é que praticamente todos foram comprados pela internet, onde sempre estão as melhores promoções. É um tal de: "nossa, mas ele custa R$59,90, está por R$10,00, não posso deixar passar!" que nem sei onde vou colocar tanta coisa... rs... Mas é tão simples, é só pegar o cartão de crédito para aproveitar aquela "oportunidade única". Na verdade, digo para mim mesma ao fazer uma compra absurda de 10 livros: "você não está gastando 100 reais, está economizando 500!".
Então tomei uma atitude drástica... só compro no boleto agora, o que me dá um tempo pra pensar mais racionalmente e, muitas vezes, acabo desistindo da compra. O autor dá uma sugestão mais divertida: congelar o cartão de crédito em uma embalagem de sorvete (usando água) e colocar aquela pedra de gelo imensa pra descongelar quando quiser usá-lo. Assim ganhamos tempo para pensar no que estamos prestes a fazer, já que a decisão de compra é tomada alguns segundos antes da gente ter consciência dela.
Amei as dicas dadas, principalmente a de que a gente pode ficar tão feliz indo a um parque quanto ficaria ao comprar uma coisa cara. Nosso cérebro reage da mesma maneira a esses estímulos. E, segundo o autor, ele tende a querer sempre mais, então é melhor (principalmente para o nosso bolso) que nos habituemos às alegrias que coisas simples podem trazer.
Não dá para falar de tudo que foi colocado no livro. O conteúdo dele é muito rico e variado, falando do consumo de vários ângulos. Muito interessante e esclarecedor. Para finalizar, deixo um trechinho que me fez ficar completamente espantada. Nosso cérebro é realmente cheio de truques...rs...
Na explicação evolutiva de Kanazawa (ele tem uma teria chamada "O princípio da savana"), homens e mulheres que assistem a certos tipos de programa de TV, como a novela, são mais satisfeitos com suas amizades, como se tivessem mais amigos e permanecessem com eles mais frequentemente. Isso porque uma novela ou um seriado são apresentados diariamente. Ocorre que o cérebro entende que, quando você encontra pessoas em situações não hostis para você, elas são amigas, e não percebe a diferença entre TV e realidade.
Nossa Ju que livro interessante!!! E parei pra pensar um pouco com todas as informações e reflexões que você fez na resenha. É verdade que nos somos seres biológicos, e por mais que digamos que somos racinais, tendemos a buscar e utilizar nosso lado natural, por mais que a razão esteja presente, e segundo Thomas Hobbes, somos impelidos à busca do atendimento de nossos desejos de qualquer maneira, a qualquer preço, de forma violenta, egoísta, movida apenas por paixões. E é exatamente o que acontece. Como você, também não tenho problema quanto às roupas, mas estou começando a ter problema com livros. Tenho vários na minha estante por ler ainda, mas meu cérebro e minha vontade ficam ensandecidos quando veem uma promoção de um livro que era caro, me vejo na mesma situação que você Ju. Por mais que minhas compras sejam muito pensadas antes de efetuadas, e não tenho condições de gastar rios de dinheiros a hora que quero com livros, as vezes corro atrás de dinheiro pra dar um jeitinho de comprar, ou faço minha mãe me dar à força kjdklsajdlk preciso planejar mais minhas compras literárias, isso é um fato. Enfim Ju, adorei a resenha, adorei os fatos que você me mostrou que possuem o livro, e acho uma boa lê-lo. Fiquei super curiosa, espero poder efetuar a leitura em breve. Olha aí meu espírito capitalista falando alto novamente lsajdlksjdlaksjd
ResponderExcluirargh! Comentei um texto aqui, e a página atualizou sozinha! (que raiva rs)
ResponderExcluirEu não tenho problemas... não sou MUITO vaidosa sabe?
eu tenho esse livro, é muito bom rs
amei sua resenha!
beijos,
http://blogesteffanifontes.blogspot.com.br/
Parece interessante mesmo Ju. Eu sou formada em publicidade há e várias coisas no mercado e nas lojas para induzir ao consumo que nem imaginamos. Um exemplo simples é: por que todo mercado coloca o açougue e a padaria lááá no fundo da loja? Pra gente percorrer o mercado inteiro até chegar a eles e, com isso, ver e comprar mais. Outra coisa são as prateleiras baixas no caixa, cheia de guloseimas.... na altura dos olhos e mãos das crianças. Cruel né? Por isso o "irracionais" que o autor mencionou, porque não pensamos conscientemente quando estamos comprando. É muito por impulso mesmo.
ResponderExcluirQuando eu vi a divulgação desse livro não me interessei muito, mas a sua resenha me deixou curiosa para ler ele. E nossa Ju eu sou consumista de roupa, tbm compro livros, mas eu sempre acho mais vantajoso comprar roupa do que livro, hahahahhaa, e nossa gostei desse último quote que você colocou, eu não sabia disso!! Sabe as vezes eu tô com um monte de roupa que nem usei ainda e já tô querendo mais, agora livros as vezes eu digo: nossa ta caro, vou comprar não, vou baixar ou ler online kkkkkkkk, agora roupa as vezes eu pago até preços absurdos nelas. Eu preciso ler esse livro e aprender truques p/ me controlar!!!
ResponderExcluirO livro é interessantíssimo! Recentemente, vi essa questão de alimentos numa série do Discovery Home and Health, Comendo Escondido, tanto que, desde então, estou me policiando quando saio em grupo, comi muito menos da última vez, tipo um quarto do que eu teria comido, e saí de lá super satisfeita, sem contar que quando comi a sobremesa - um cheescake, culpa de uma certa amiga que me deixou morrendo de vontade da última vez que saímos kkkk; é vc msm! -, comi realmente porque ainda tinha fome, foi sensacional!
ResponderExcluirTodas as análises do livros parecem ser ótimas, concordo com o autor, quanto mais temos consciência de nossas irracionalidades, mais controlamos nossos impulsos e deixamos de fazer coisas que na verdade nem queríamos.
Amei a resenha!
Beijos
É isso aí... eu tenho esse "dom" de ser irracional, completamente impulsiva tratando-se de consumismo. E o pior é a minha compulsão é por livros.
ResponderExcluirGostei da sua ideia de comprar por boleto, eu as vezes faço isso também. E a ideia de congelar o cartão de crédito é fantástica!! Eu nem tenho cartão de crédito para evitar essas promoções loucas que rolam pelas saraivas da vida. rsrs
Adorei o livro, quero muito ler e para isso terei que comprá-lo. :p rsrs
;)
Gostei deste livro desde que vi a sinopse, mas nem dei muita bola, achando que era mais marketing. Que bom que você leu e achou bom, parece ser uma leitura bem divertida, gosto do assunto, acho que serve pra todo mundo.
ResponderExcluirEsse com certeza seria um livro que meu pai mandaria eu ler, hahah, sou consumista compulsivaaaaaa, já estourei diversas vezes o cartão de crédito, e o fato do titulo já por a culpa nos hormônios me lembra meu namorado dizendo quando to de tpm que eu preciso de umas roupas novas pra me acalmar.
ResponderExcluirA parte da comida deve ser muito interessante, só digo que em grupo eu como bem menos, alias eu como pouco, só na casa dos meus pais, quando minha mãe me proíbe de usar o notebook com internet e eu pego algo pra comer e fico lendo, meio que como por tédio do que por fome.
Parece ser um livro bem educativo, e espero que tratando tudo como o titulo, de forma divertida.
Gabi, amiga, parece que precisamos desse livro hihi.
Quando li a resenha deste livro não pude deixar de pensar em 'Os delírios de consumo de Becky Bloom', principalmente quando você falou do cartão de crédito congelado... Enfim, parece ser um livro interessante, que nos ensina a consumir de acordo com o que nós realmente precisamos e confesso que acho que estou precisando ler rsrs... Gostei do trailer do livro e sobre o assunto que é tratado no livro!
ResponderExcluirAdorei Ju, na primeira vista pensei que o livro contaria alguma história de amigas que compravam demais, que nem a Na aqui em cima lembrei do filme "Os delírios de consumo de Becky Bloom". Mas esse tipo de leitura é bem interessante, sem falar que como eu sou um consumidora assumida - se eu tivesse mais dinheiro - iria me ajudar muito antes de comprar a primeira blusa que visse - assim como os livros.
ResponderExcluirBeijos!