Título: Crepúsculo de Outono
Antonio Demarchi - Irmão Virgílio
Editora: Petit (www.petit.com.br)
Sinopse: A noite de tempestade esconde um vulto que invade a chácara do doutor Augusto. Em pânico – com a intenção de defender a família –, o médico atira na direção do perigo. Um trovão abafa o disparo que atinge o alvo e arranca uma vida. Angustiado, Augusto esconde o cadáver, mas ainda lhe resta atender o último pedido do desencarnado. E agora? Como conviver com a consciência atormentada por um crime? O médico não se recorda, mas – entre o Céu e a Terra –, é um prisioneiro dos erros do passado. Depois de um crepúsculo de outono, Augusto entenderá, finalmente, que o mal foi semeado na época da Revolução Francesa e, no invisível, o sangue derramado ainda clama por vingança... (Fonte: site da editora)
Eu gostaria que vocês lessem essa resenha desarmados. Sim, é um livro espírita. Traz a visão do espiritismo, claro, mas seu foco é sempre em Deus, e em sua infinita bondade e sabedoria. Vocês não precisam acreditar em tudo que ele diz, só precisam respeitar uma visão diferente da que possuem, se for o caso.
Augusto é um médico que se mudou com a família para o interior, após ter ocorrido um assalto a sua casa em São Paulo. Mesmo que isso tenha acontecido enquanto estava vazia, ele preferiu adotar um novo estilo de vida, em que os riscos fossem bem reduzidos.
Em uma noite de tempestade, vê um vulto se aproximar da porta da frente de seu novo lar. Tomado pelo medo, atira sem mirar em lugar algum... Qual não é sua surpresa ao notar que o tiro foi certeiro, e que a vítima era um vizinho, um homem humilde que veio lhe pedir socorro para o filhinho, que estava doente.
Augusto é tomado pela culpa, mas mesmo assim decide esconder seu crime. Esse é o ponto de partida dessa história sensacional, que não nos deixa esquecer, por nenhum momento, da misericórdia Divina. Que nos faz refletir e ser muito gratos pelas oportunidades que recebemos.
Tenho sentido que a bondade do Pai não tem limites. Nem sei se mereço tudo que tenho recebido, mas tenho vontade de fazer alguma coisa em retribuição a tudo que recebi.
Crepúsculo de Outono me emocionou de uma forma diferente. Chorei várias vezes no decorrer da leitura, mas sempre por um mesmo motivo. Me tocava muito ver provas tão diversas do amor incondicional de Deus por nós. Não que eu duvide disso. Mas é muito bom ler um livro que nos relembra a todo momento de que somos capazes de ser pessoas melhores do que imaginamos. Que fomos criados para nos melhorarmos a cada dia. Que Deus é soberanamente justo e bom, e está sempre disposto a nos dar uma nova chance.
Não existe privilégio para quem quer que seja. Tudo são conquistas do espírito que, com seu esforço e vontade, progride sempre, ao mesmo tempo que em sua jornada aprende a estender as mãos aos menos afortunados e felizes. Aprende a conviver com seus inimigos do passado e a perdoar sempre.
O livro tem muitas personagens, algumas que se encontram encarnadas na Terra, outras que estão no plano espiritual. Aos poucos conhecemos o passado de algumas dessas pessoas, e passamos a entender como chegaram onde estão hoje. Torci muito por elas, cada vitória enchia meu coração de alegria. Foi fantástico acompanhar o crescimento moral de todas. Crepúsculo de Outono mostra as pessoas se reerguendo através do exercício da caridade.
Não existe alegria maior do que servir em nome do Cristo e de sua Mãe, iluminando as trevas, levantando os caídos, amparando os desvalidos, resgatando os desviados do caminho e esclarecendo os tristes e os aflitos.
Ele toca no assunto delicadíssimo do aborto. Mostra que, segundo a doutrina espírita, o espírito já está presente desde o momento da concepção, e fica muito perturbado quando sua mãe o rejeita e toma essa atitude. Eu sempre fui contra o aborto, e ninguém precisa me convencer de que é um crime contra a vida, mas é sempre bom ter um argumento a mais.
O livro tem conceitos que talvez alguém que não conhece nada da doutrina espírita tenha um pouco de dificuldade para assimilar. Não acredito que deva ser o primeiro contato de alguém com o assunto. Mas, para mim, foi uma leitura realmente especial.
Não importa qual seja a religião, importa o bem que se faz em nome de Deus e termos nosso coração com o Cristo a todo instante. Recordemos a máxima do Evangelho que nos orienta com profunda sabedoria: fora da caridade não há salvação, mesmo porque caridade não tem rótulo religioso.
É muito bom quando um livro nos toca de tantas maneiras positivas, amei a resenha, mas acho que não é meu tipo de livro, pois percebi muitas características do gênero drama.
ResponderExcluirBeijos
Nossa Ju esse livro deve ser bem reflexivo, é muito bom ler livros que falem do amor de Deus e o quanto é importante estarmos sempre agradecendo a ele por tudo!! A capa do livro eu achei mediana, mas o título e a sinopse é chamativa!
ResponderExcluirA capa atraiu muito minha atenção. Realmente nunca li nenhum livro nessa linha, mas este foi um dos poucos cuja sinopse me interessou. Até fiquei curiosa.
ResponderExcluirbjos
Não conhecia o livro, mas gostei bastante da resenha...Fiquei surpresa com a historia, imagina o culpa que ele tinha e um segredo desses e não dividir com ninguém...Gosto bastante de livros sobre espiritismo, acho importante pra variar na leitura, pensar de uma forma diferente...
ResponderExcluirRespeito as crenças de cada um, mas não leria.
ResponderExcluirPrimeiro por não acreditar naquilo que o livro quer passar como realidade.
E segundo porque ele parece ter uma história muito triste.
Eu gosto de livros espíritas, já li vários. Pelo que vi este é muito bom.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Bom, já disse antes que não é muito meu estilo, mas finalmente vou dar uma chance - apesar de você dizer que não deve ser o primeiro contato da pessoa com o assunto -, mas eu realmente estou curiosa para saber o que acontecera com Augusto e o filho do vizinho que agora é orfão de pai. Enfim não vou dizer que vou ler em breve, mas colocarei o livro na minha lista de leitura...
ResponderExcluirEntão Ju, não tenho preconceito com livros espíritas, muito pelo contrário, tenho até alguns que eu ganhei em minha estante por ler ainda.A sinopse é bem interessante e legal até. A história me parece ser bem legal, se tem uma coisa que eu gosto na doutrina espírita é essa coisa de reflexão interna, e externa também, essa coisa de que precisamos nos melhorar sempre, amarmos mais os outros, respeitar o próximo, e todas essas coisas boas que são abordadas pela doutrina que confortam nossa alma e nos faz querer sempre sermos melhores, termos atitudes mais íntegras e justas. Confesso que ainda não li um livro espirita, tenho-os ainda por ler, mas creio que gostaria, pois gostei da história do livro. A única coisa que não gostei foi a capa. Adoro leituras que nos toquem da forma como tocou você, quem sabe eu não o leia em breve :)
ResponderExcluirEu nunca tinha ouvido falar no livro, mas amei a resenha e fiquei super curiosa com o livro. Está de parabéns Juu!
ResponderExcluirBeijos
Não gosto de livros espíritas nem como eles misturam o espiritismo com Deus. São coisas diferentes, lados diferentes. Não gostei do livro.
ResponderExcluirMas fico feliz em saber que você se emocionou e que elevou os seus pensamentos a Deus. Ele é tudo que precisamos para viver melhor.
;)
http://pseudonimoliterario.blogspot.com.br/
Não, Adriane, não são lados diferentes. Acho que você não devia escrever algo desse tipo sobre o que não conhece, porque com certeza nunca estudou o espiritismo para estar falando assim.
ExcluirÉ muito bom quando um livro nos toca do jeito que este te tocou, parece ser um livro muito bom mas eu não curto muito livros desse tipo, se curtisse pode ter certeza que eu leria ele. Ótima resenha. Beijos
ResponderExcluirEstante de Cristal
Ju, não sou fã de livros espiritas, realmente não é minha praia, mas é muito bom ser tocado por um livro, eu nunca havia falado nesse, mas quem sabe algum dia o leio?
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