[Resenha - Novo Conceito] Como se apaixonar

Título: Como se apaixonar

Autora: Cecelia Ahern

Tradução: Bárbara Menezes de Azevedo Belamoglie

Número de páginas: 352

Editora: Novo Conceito

Skoob

“Momentos são preciosos; às vezes eles se demoram e, em outras ocasiões, são passageiros, mas, ainda assim, muito pode ser feito durante eles; você pode mudar de ideia, pode salvar uma vida e pode até se apaixonar.”.  Depois de não conseguir evitar que um homem acabasse com a própria vida, Christine passa a refletir sobre o quanto é importante ser feliz. Por isso, ela desiste de seu casamento sem amor e aplica as técnicas aprendidas em livros de autoajuda para viver melhor. Adam não está em um momento muito bom, e a única saída que ele encontra para a solução de seus problemas é acabar com sua vida. Mas, para a sorte de Adam, Christine aparece para transformar sua existência, ou pelo menos tentar ajudá-lo. Ela tem duas semanas para fazer com que Adam reveja seus conceitos de felicidade. Será que ele vai voltar a se apaixonar pela própria vida?

Amei o último livro da Cecelia que li, A Lista. Ele se tornou o meu favorito dela. Não sei se por esse motivo, estava com um nível absurdamente alto de expectativa quando iniciei a leitura de Como se apaixonar, e ele acabou não me conquistando totalmente. Mesmo assim gostei bastante do livro. Vou tentar explicar melhor... rs... 

Sabem aquela frase que diz que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar? Não é exatamente verdade. Em um mês, Christine se depara com duas tentativas de suicídio de pessoas que nunca viu antes. No primeiro caso, um homem acaba atirando nele mesmo, e fica entre a vida e a morte em um hospital. Na segunda vez, ela consegue fazer com que outro homem desista de se jogar de uma ponte... mas apenas temporariamente.

Esse homem é Adam, e ele diz a Christine que ela tem até o próximo aniversário dele, que acontecerá em duas semanas, para convencê-lo de que a vida realmente vale a pena, ou ele se matará de um jeito que ninguém consiga impedir. Como ela ainda está atordoada pelo resultado da experiência anterior, decide largar tudo de sua vida durante essas duas semanas para se dedicar exclusivamente à missão de salvá-lo.

Eu testemunhara uma das coisas mais reais da minha vida, e isso me fez querer parar de fingir, isso me fez querer ser verdadeira e que tudo na minha história fosse real e honesto.

Assim começa a convivência desses dois, que no início é complicada... imaginem, de um dia para o outro eles começam a passar todos os momentos juntos. Isso causa inclusive algumas situações constrangedoras... rs... Christine é mega fã de livros de autoajuda, e é com o auxílio deles que ela se propõe a tornar a vida de Adam melhor. Claro que isso gera situações bem engraçadas, e o mais legal é que ela acaba percebendo que não pode contar sempre com soluções prontas em sua vida.

- Você deve dar o poder a ele. Você deve deixá-lo ter a própria vida nas mãos. (...) Você não pode consertá-lo. (...) Você é uma solucionadora, Christine, mas, se realmente quiser ajudar alguém, ser uma amiga para alguém, às vezes precisa ouvir e deixar que a pessoa faça o trabalho sozinha. Esteja ao lado dela. Isso é tudo.

A narrativa é bem parada... é um livro sem muita ação, sem grandes reviravoltas. O romance não é daquele tipo que faz a gente suspirar o tempo todo, é mais aquele tal de amor tranquilo, um amor que vai chegando sem que ninguém perceba e de repente já se tornou um sentimento imenso e poderoso. Sinceramente, achei que o livro nem estava me envolvendo tanto assim, foi só quando quase no final as lágrimas começaram a cair que eu percebi o quanto me importava com aquelas personagens e com seus destinos.

Às vezes, você pode saber algo e não saber ao mesmo tempo.

Não é uma leitura para se fazer com pressa, pelo menos no meu caso o livro pediu algumas pausas para que eu fosse digerindo os acontecimentos. Não foi uma leitura arrebatadora - e eu esperava que fosse, por isso não atingiu completamente minhas expectativas -, mas o livro me colocou para refletir sobre muitos aspectos da minha vida. Valeu a pena conhecer a história.