[Resenha - Fundamento] Brotherband 3: Os Caçadores

Esta resenha não possui spoilers deste livro ou dos livros anteriores da série. Porém, caso não tenha lido os outros volumes, aconselho que pule a sinopse.

Resenha de Brotherband 1: Os Exilados | Resenha de Brotherband 2: Os Invasores

Título: Brotherband 3 - Os Caçadores

Autor: John Flanagan

Tradução: Pedro da Costa Novaes

Livro #3 da série Brotherband

Número de páginas: 312

Editora: Fundamento

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Skoob

Do mesmo autor de Rangers - Ordem dos arqueiros, mais uma fantástica e imperdível saga. Hal e os Garças seguem em sua incansável perseguição ao pirata Zavac. A busca leva o Garça-Real às águas traiçoeiras do Rio Dan. Seu destino é Raguza, uma cidadela sem lei, comandada por piratas e ladrões; onde Zavac teria buscado refúgio. Como Hal previra, o caminho até Raguza é perigoso e conturbado. Os Garças terão de lidar com companheiros feridos, fugas, falsas acusações e outras desventuras. Testes cada vez mais difíceis para os limites dos jovens homens do mar. Mas é em Raguza que a situação se torna realmente complicada. Lá, Hal não poderá contar com seus companheiros e vai precisar superar os próprios limites para enfrentar Zavac. Uma luta. Um contra um. Até a morte. Uma nova geração desafia a antiga, renegados se tornam lendas e a aventura continua!

Só para situar quem não conhece a série, Brotherband é o nome de um treinamento pelo qual todos os garotos da Escândia passam ao completar 16 anos. Lá, aprendem o básico sobre navegação e sobre combate, duas habilidades necessárias a qualquer cidadão do lugar. No primeiro livro, conhecemos Hal, um garoto que sofre preconceito por ser filho de uma ex-escrava. Mas acaba conquistando a admiração de muita gente, para perdê-la logo em seguida ao cometer uma grande falha. Esta falha muda o destino dele e de outros garotos e, só agora, no terceiro volume, a questão foi resolvida. Garanto que a espera valeu a pena.

John Flanagan tem o costume de às vezes estender uma história por vários livros, mas não por enrolar para solucioná-la, e sim porque tanta coisa acontece que fica difícil para os protagonistas alcançarem seus objetivos. Fiquei sem fôlego várias vezes durante a narrativa, e em outros momentos me peguei gargalhando. Os personagens criados pelo autor são muito espirituosos, e sempre acabam se tornando uma grande família. Consegui sentir como se eu estivesse lá com eles, como se fizesse parte daquela família também. 

Quase morri de agonia algumas vezes, os obstáculos que esta turma precisa enfrentar não são fáceis de encarar. Mas, felizmente, já praticamente aprenderam a ler os pensamentos uns dos outros, fazem parte de uma equipe super harmônica e competente. A gente percebe a amizade e o amor que sentem uns pelos outros, e a cada livro eles aprendem mais com a convivência. 

Grande parte da história se passa no mar, mas não precisei consultar o glossário de termos náuticos que o autor disponibiliza no início de cada volume nenhuma vez, já estou bem familiarizada com a linguagem utilizada. Além da leitura ter fluido ainda mais, consegui visualizar tudo que acontecia em detalhes. A narrativa é bem ágil, em alguns trechos mal dá para respirar. Amo quando um livro me tira o fôlego desse jeito.

As folhas são amarelas e a fonte tem um tamanho bom. Nem vi as 312 páginas passarem. O autor deu um ótimo fechamento para aquilo que surgiu lá no primeiro livro nesse volume, e deixou alguns ganchos, mais ligados às vidas pessoais dos protagonistas, para serem desenvolvidos nos próximos livros.

A única coisa que não gostei muito foi que ele inseriu um triângulo amoroso, mas pelo menos por enquanto não aconteceu nenhum envolvimento, então ainda não me incomodou. O que odeio em triângulos é aquela coisa da pessoa não saber quem ama e acabar se envolvendo com duas pessoas ao mesmo tempo. Aqui, uma garota sabe que dois garotos gostam dela, mas sabe também que precisa entender o que sente antes de se aproximar de algum deles. Palmas para a garota, que merece palmas por muitas outras coisas também. É uma personagem muito forte e inteligente.

Brotherband finalmente conquistou de forma irremediável o meu coração. Já amo Hal e seus amigos tanto quanto amo o Will e o Halt de Rangers (série escrita pelo mesmo autor), e isso não é pouco. Na verdade, é um amor infinito que faz com que doa me separar deles. Felizmente, a separação dessa vez será por pouquíssimo tempo - só o necessário para escrever essa resenha e me preparar para iniciar a leitura do quarto livro, que já está comigo. Espero que ele me encante tanto quanto o terceiro me encantou.