[Resenha - Fundamento] Brotherband 4: Os Escravos

Esta resenha não possui spoilers deste livro ou dos livros anteriores da série. Porém, caso não tenha lido os outros volumes, aconselho que pule a sinopse.

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Título: Brotherband 4: Os Escravos

Autor: John Flanagan

Tradução: Silvio Antunha Tradução

Livro #4 da série Brotherband

Número de páginas: 360

Editora: Fundamento

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Skoob

Do mesmo autor de Rangers – Ordem dos arqueiros, mais uma fantástica e imperdível saga. Tranquilidade é uma palavra que não combina com a tripulação do navio Garça-Real. Depois de algum tempo fazendo apenas atividades de rotina, Hal e seus companheiros estão entediados e loucos por alguma agitação. E esse desejo é realizado: eles são chamados a Araluen, onde vão patrulhar a costa e proteger o reino de piratas e outros inimigos. Inicialmente, a tarefa parece fácil, mas logo eles voltam à ação em grande estilo: alguns moradores de Araluen foram sequestrados para serem vendidos como escravos no infame mercado de Socorro. E o sequestrador é um velho conhecido do grupo: Tursgud, capitão do Nightwolf. Esse antigo rival e agora inimigo declarado de Hal está manchando a reputação dos escandinavos ao cometer diversos crimes. Por isso mesmo, não há ninguém melhor para perseguir o bandido do que os homens do Garça-Real. E desta vez eles terão uma ajuda mais que especial – a de Gilan, um dos lendários Arqueiros de Araluen, mestre no uso do arco e em se mover sem deixar rastros. Mas será que os jovens marujos são páreo para os comerciantes de escravos de Socorro, capazes de tudo para manter a prosperidade de seu negócio? E a união de forças muito diferentes será o bastante para o sucesso dessa arriscada missão? Uma nova geração desafia a antiga, renegados se tornam lendas e mais uma aventura acontece!

Vou situar vocês um pouco melhor dessa vez porque percebi que me empolgo e me esqueço de que nem todo mundo conhece o John Flanagan e não sabe o que esperar dos livros dele. Esta é a segunda série do autor que leio. A primeira foi Rangers - Ordem dos Arqueiros, que já tem 12 livros publicados e resenhados aqui no blog - e o John já avisou que vai continuar escrevendo outros. Normalmente eu ficaria brava com isso, mas como ele sempre consegue me surpreender estou achando bom. Brotherband, esta nova série, tem apenas 6 livros previstos (usei a palavra apenas porque comparando uma com a outra até que é um número pequeno... rs), sendo 5 já publicados. As duas séries se passam na Idade Média, e o gênero delas é a aventura.

Enquanto Rangers tem os arqueiros do rei como o fio condutor da história, em Brotherband temos a tripulação de um navio. Desde o primeiro livro de Brotherband, apareceram alguns personagens que o autor já havia apresentado na outra série. Mas neste volume, ele meio que anuncia um presente para os fãs: Hal e sua tripulação são enviados a Araluen para proteger sua costa, e o rei pede para conhecê-los e manda um de seus arqueiros - Gilan - para levá-los até ele. 

Quem leu Rangers sabe que Gilan, apesar de não ser um dos protagonistas, é muito próximo deles. O grupo precisa fazer um desvio e não se encontra com os protagonistas da outra série, mas acho que isso vai acontecer no próximo livro e estou super ansiosa para saber como eles estão - se bem que já tive um vislumbre disso nos últimos dois volumes publicados de Rangers.

O desvio é causado por um fato alarmante: uma vila de Araluen é invadida e basicamente destruída, três pessoas são mortas e doze levadas para serem vendidas como escravas. Hal e Gilan não podem deixar isso para lá, e unem suas forças em uma missão de perseguição bem emocionante.

Acho a narrativa do autor maravilhosa, ele sempre faz com que eu me sinta realmente dentro da história. Sofro e fico feliz junto com os personagens. Sou incapaz de deixar seus livros de lado, nem que seja por poucos momentos, sem um motivo muito bom para isso. Neste quarto volume de Brotherband, os vilões tiveram finais mais que merecidos - quer dizer, eu acho, já que não dá para ter certeza do que aconteceu exatamente com um deles.

Para quem gosta da presença de animais no enredo, Hal encontra uma cadelinha (modo de dizer, ela pesa 45 kg) e a adota. O nome dela é Kloof e sua participação me surpreendeu demais, considerando que no início da história tudo o que ela faz é destruir tudo o que encontra pelo caminho... até com Erak, o oberjarl da Escândia, governante do lugar, ela mexe... e digamos que teria uma vida curta se ele conseguisse colocar suas mãos nela.

O livro é repleto de ação e o John escreve de uma forma bem descontraída e divertida, os personagens possuem bastante intimidade uns com os outros - vários deles passam um tempo infinito no mar juntos - e estão sempre prontos para se provocar, mas sempre de brincadeira.

Só teve uma coisa que não gostei: a tradução. Foram feitas escolhas diferentes dessa vez. Por exemplo, a palavra skirl sempre foi usada para denominar os capitães de barcos escandinavos, mas no início deste livro eles foram chamados de patrões - felizmente isso não durou até o final. Um barco famoso na história, que sempre conhecemos como Corvo, é citado como Raven. Os arqueiros são chamados de rangers. Pequenas coisas que me incomodaram bastante. Se o padrão tivesse sido mantido seria bem melhor. De qualquer maneira, foi uma ótima leitura mesmo assim. Em breve resenharei o quinto livro para vocês, e depois terei que me conformar em sofrer durante a espera do sexto, que ainda não saiu nem no exterior, infelizmente.