[Resenha - Gutenberg] Sol e Tormenta

Esta resenha não possui spoilers deste livro ou do primeiro livro da série. Porém, caso você não tenha lido o primeiro volume, recomendo que pule a sinopse.

Resenha de Sombra e Ossos

Título: Sol e Tormenta

Autora: Leigh Bardugo

Tradução: Eric Novello

Livro #2 da Trilogia Grisha

Editora: Gutenberg

Skoob

Perseguida ao longo do Mar Real e aterrorizada pela memória dos que se foram, Alina Starkov tenta levar uma vida normal com Maly em uma terra desconhecida, enquanto mantém em segredo sua identidade como Conjuradora do Sol. Mas ela não pode ocultar seu passado e nem evitar seu destino por muito mais tempo. Ressurgido de dentro da Dobra das Sombras, o Darkling retorna com um aterrorizante e novo poder e um plano que irá testar todos os limites da natureza. Contando com a ajuda e com os ardis de um admirável e excêntrico corsário, Alina retorna ao país que abandonou, determinada a combater as forças que se reúnem contra Ravka. Mas enquanto seus poderes aumentam, ela se deixa envolver pelas artimanhas do Darkling e sua magia proibida, e se distancia cada vez mais de Maly. Ela será então obrigada a fazer a escolha mais difícil de sua vida: ter sua pátria, seu poder e o amor que ela sempre pensou ser seu porto-seguro ou arriscar perder tudo na tormenta que se aproxima.

O lado bom de não ter ido à Bienal mesmo estando de férias é que estou conseguindo ler muito. No caso dessa trilogia, especificamente, isso está sendo essencial para que eu não enlouqueça... rs... A autora exercita bastante sua crueldade com o leitor, faz a gente acreditar em algo e aí de repente tudo muda. Faz a gente amar alguém para matar ou castigar essa pessoa, ou simplesmente para fazer com que a gente descubra que ela não era quem aparentava ser. 

A Trilogia Grisha conta a história de Alina, uma garota aparentemente comum que um dia descobre que possui um imenso poder, e que de uma hora para a outra precisa lidar com um novo mundo. É uma órfã e sempre teve apenas o essencial, mas se vê fazendo parte de uma elite formada pelos Grishas, que são seres que lidam com vários tipos de magia.

Neste segundo volume, as coisas já começam bem agitadas. O enredo nos reserva muitas surpresas, é repleto de ação e também nos permite conhecer novas personagens. Com uma delas, tive um caso de amor e ódio que ainda não se resolveu. A pessoa em questão é um poço de convencimento, mas parece ter alguma sensatez dentro dela. 

Quando as pessoas dizem impossível, geralmente querem dizer improvável.

Como no primeiro livro, temos um mapa no início, mas esse abrange mais regiões. O consultei ainda mais vezes durante a leitura, porque foi citado um número bem maior de lugares, a protagonista precisa viajar bastante. Adorei ver como ela cresceu, embora ainda tenha muito a aprender quanto a manter diálogos saudáveis com as pessoas. Alina é muito astuta e inteligente, mas tem uma imensa dificuldade de se abrir. Tudo bem que no primeiro volume ela aprende que não pode sair confiando do nada em pessoas que acabou de conhecer, mas nesse não consegue falar nem com o amigo que sempre foi seu porto seguro. Fiquei angustiada por ela.

Quando o livro estava quase no fim eu quis picá-lo em pedacinhos bem pequenos, aí veio uma reviravolta e essa vontade passou, mas depois veio uma nova reviravolta que realmente me encheu de ódio... tenho muito medo das consequências que os acontecimentos desse volume trarão, e sinceramente espero que o final me agrade, para que eu não tenha nenhum ímpeto assassino na sessão de autógrafos da terça-feira que vem aqui em São Paulo.