[Resenha - Gutenberg] Ruína e Ascensão

Esta resenha não possui spoilers deste livro ou dos livros anteiores da trilogia. Porém, caso você não tenha lido os outros volumes, recomendo que pule a sinopse.

Resenha de Sombra e Ossos | Resenha de Sol e Tormenta

Título: Ruína e Ascensão

Autora: Leigh Bardugo

Tradução: Eric Novello

Livro #3 da Trilogia Grisha

Editora: Gutenberg

Skoob

A capital está em ruínas. O Darkling governa Ravka de seu trono de sombras. O destino da nação parece estar nas mãos de uma Conjuradora do Sol enfraquecida, de um rastreador sem forças e do que resta do que outrora foi um grande exército mágico. Oculta nas profundezas de uma antiga rede de túneis e cavernas, Alina está fragilizada e deve se submeter à duvidosa proteção do Apparat e de fanáticos que a adoram como uma santa. No entanto, sua esperança está em outro lugar e seus planos exigem que ela recupere as forças para sair dali o mais rápido possível. Para isso, terá de forjar novas alianças e deixar de lado as velhas rivalidades como Maly para encontrar o último dos amplificadores de Morozova. Porém, quando começa a desvendar os segredos do Darkling, ela descobrirá um passado que vai alterar para sempre a sua compreensão do vínculo que eles compartilham. O pássaro de fogo é a única coisa que separa Ravka da destruição, mas ele pode custar à Alina o próprio futuro pelo qual ela sempre lutou.

A Trilogia Grisha fala de um mundo em que humanos normais e Grishas têm vidas bem diferentes. Os primeiros, ou são nobres, ou pobres que não têm outra escolha a não ser servir seu país em uma guerra que já dura mais de cem anos, fazendo parte do Primeiro Exército. Os segundos, por terem poderes mágicos, compõem o Segundo Exército e costumam estar bem mais seguros, além de possuírem privilégios. A protagonista da série, Alina, de uma hora para outra descobre ser Grisha e portadora de um dom único, e sua vida muda completamente. 

Essa foi só uma introdução para quem não leu as resenhas anteriores, não dá para contar nada mais sobre a história já que este é o último volume da trilogia. Este livro foi o mais parado dos três. Isso tornou minha leitura muito mais lenta, levei o dobro do tempo dos outros para ler, mas de certa forma foi algo necessário. Havia muita coisa a ser esclarecida e a autora reservou várias surpresas para esse volume. Fiquei de boca aberta muitas vezes, principalmente quando aconteceu algo que destroçou meu coração completamente.

Sofrimento é barato como barro e duas vezes mais comum. O que importa é o que cada homem faz com ele. (...) Não há como viver sem dor - não importa quão longa ou curta sua vida for. As pessoas vão desapontar você. Você vai ser magoada e vai causar danos também.

Já disse numa resenha anterior que a autora nos faz amar as pessoas e depois as tira de nós. Em Ruína e Ascensão não foi diferente, preparem-se para se despedir de várias personagens queridas. Não sei porque os autores não podem matar só as pessoas malvadas, mas tive que aceitar as perdas. Afinal, existe uma guerra em andamento (na verdade, durante a trilogia uma guerra vira duas), e um dos lados é liderado por uma pessoa extremamente cruel, que até pensa ter objetivos nobres, mas não se preocupa nem um pouco com o destino de quem se coloca em seu caminho.

O que é infinito? O universo e a cobiça dos homens.

Em muitos momentos odiei a autora, e em um específico quase peguei os três livros e joguei pela janela, mas ainda bem que depois de horas de pausa para me recuperar do ódio decidi continuar a leitura. O final foi (quase) perfeito (só faltou morrer uma pessoa insuportável para eu me sentir mais feliz), tudo se encaixou, não ficou nenhuma ponta solta. Foi muito melhor do que imaginei que fosse ser, porque algumas vezes achei que a Leigh não fosse chegar a lugar nenhum. Apesar de achar que o livro no geral poderia ser melhor, é uma trilogia que recomendo bastante. Torçam para eu conseguir autografar meus livros na terça, por favor... rs...