[Resenha - Editora iD] As Feiticeiras de East End

Título: As Feiticeiras de East End

Autora: Melissa de La Cruz

Tradução: Áurea Akemi Arata

Editora: iD

Skoob

Sinopse: As três mulheres da família Beauchamp escondem um segredo: são feiticeiras poderosas, há séculos proibidas de usar sua magia. Joanna consegue ressuscitar os mortos e curar feridas graves; Ingrid prevê o futuro e tece nós que podem resolvem qualquer problema; e Freya tem um encantamento que certamente consegue curar os piores desencantos amorosos. Ela vai se casar com o misterioso Bran Gardiner, e cada vez fica mais difícil esconder seu segredo. Ingrid e Joanna sentem o mesmo dilema, e as três percebem que não podem mais ignorar quem realmente são. Desenterram varinhas e vassouras e começam a criar feitiços bem-intecionados para algumas pessoas. É então que ataques violentos começam a assolar a cidade. Quando uma jovem desaparece, elas percebem que está na hora de descobrir que forças obscuras operam contra elas. Com um roteiro fascinante e algumas aparições surpreendentes de personagens da série Blue Bloods, esta é uma leitura divertida, repleta de casos amorosos, bruxaria e uma batalha entre o bem e o mal que o fará curtir cada página! 

Quem aí gosta de histórias de bruxas? Que tal bruxas imortais, proibidas de usar seus poderes depois que uma acusação bem grave foi feita a elas? As mulheres da família Beauchamp têm de lidar constantemente com a frustração, que carregam há muitos séculos, de ter que viver suas vidas como seres humanos comuns. Têm que ver, dia após dia, pessoas muito queridas para elas enfrentando problemas que poderiam ser facilmente resolvidos com um pouco de magia inofensiva, mas a restrição que lhes foi imposta as faz conviver com um sentimento doloroso de inutilidade.

Até que uma delas não consegue mais aguentar: usa sua magia para ajudar uma amiga. Sua irmã e sua mãe, ao ver que nada aconteceu quando ela descumpriu o acordo, decidem que não fará mal se arriscarem um pouquinho também.... e realmente decidem se rebelar na hora certa, porque um grande mal atinge a cidade e elas precisarão de todos os seus poderes para descobrir o que está acontecendo.

Amei muito esse livro, apesar de estar super em choque com o final. Pensei que não seria nada desesperadora a espera pelo próximo volume, mas aí veio o epílogo e me deixou em pânico profundo por não ter a continuação em mãos ainda. 

A autora me enganou tanto!! E tantas vezes!! Achei de verdade que tinha desvendado o básico da trama, aí descobri que não, que eu estava vendo as coisas de forma muito superficial... depois, percebi que talvez meu instinto não estivesse tão errado assim... No fim, cheguei à conclusão de que não tenho a menor ideia de quem está sendo sincero nessa história, e isso me deixa extremamente aflita.

A narrativa da Melissa é uma delícia, quando consegui de verdade um tempo para ler não queria largar o livro de jeito nenhum. A família Beauchamp me encantou. Mas uma das irmãs, a Freya, no início do livro me irritou um bocado. Triângulo amoroso já não é o meu forte, e ela ainda conseguiu participar de um com dois irmãos... tive vontade de bater na garota, sério. Melhor não colocar aqui as palavras que eu acreditei que seriam adequadas para descrevê-la. Depois consegui entendê-la um pouco, com as explicações que foram dadas. Os poderes de Freya são ligados ao amor.

Minha preferida com certeza foi a Ingrid. Trabalha em uma biblioteca, é arquivista. Claro que ama livros, então já ganhou pontos. É também a pessoa que mais se expõe e ajuda mais gente durante a história, apesar de sua timidez causar sofrimento em sua própria vida. O poder dela foi o que achei mais amplo, ela resolve problemas das pessoas em geral, equilibrando energias e fazendo com que as vidas de todos se tornem melhores.

E aí vem a mãe das duas, Joanna. Tem um poder relacionado à cura, e pode chegar a ressuscitar alguém, desde que algumas condições estejam presentes. As três são bem independentes e, ao mesmo tempo, super unidas. 

Possuem animais: uma delas tem um corvo, a outra um gato preto (sim, eu sei que são animais meio óbvios), mas a outra tem um grifo (para quem não sabe o que é um grifo, é uma criatura mitológica, uma mistura de águia com leão). Adorei essa ideia do grifo! *-*

A imortalidade das Beauchamp é uma coisa tão fascinante!! Nunca tinha ouvido falar de um algo assim... o tipo de imortalidade que a mãe possui é diferente do tipo de imortalidade que as filhas possuem. E não vou contar mais que isso, leiam para descobrir.

O tempo não significava nada para aqueles que tinham muito dele, mas era ainda mais precioso se fosse limitado.