[Resenha - Galera Record] Métrica

Título: Métrica

Autora: Colleen Hoover

Livro #1 da Trilogia Slammed

Tradução: Priscila Catão

Editora: Galera Record

Leia um trecho

Skoob

Após a perda inesperada do pai, Layken, de 18 anos, é obrigada a ser o suporte tanto da mãe quanto do irmão mais novo. Por fora, ela parece resiliente e tenaz; por dentro, entretanto, está perdendo as esperanças. Um rapaz transforma tudo isso: o vizinho de 21 anos, que se identifica com a realidade de Layken e parece entendê-la como ninguém. A atração entre os dois é inevitável, mas talvez o destino não esteja pronto para aceitar esse amor.

Layken (mais conhecida como Lake) é uma garota de 18 anos que acaba de se mudar para longe da casa em que passou toda a sua vida. Seu pai teve um ataque cardíaco, e a mãe não foi capaz de manter o padrão de vida da família apenas com seu trabalho - então, ela e os dois filhos acabam indo morar em uma casa menor em sua cidade natal, onde uma grande amiga lhe oferece um emprego melhor.

Nunca passou pela cabeça da garota que isso podia ser bom - mas ao conhecer Will, seu vizinho de 21 anos, ela percebe que a mudança pode ter sido uma ótima ideia. Ao começar a se relacionar com ele, sente-se feliz como há muito tempo não se sentia, mas o destino não parece estar a favor dessa felicidade, e Layken precisa encarar mais uma perda.

Quis ler essa trilogia simplesmente porque amei Um caso perdido, outro livro da autora já publicado por aqui. Confesso que no início achei que fosse me decepcionar, mas fico muito feliz em dizer que eu estava completamente enganada!! Colleen mais uma vez destroçou o meu coração. Métrica é um livro maravilhoso, que quando começa a surpreender não para mais.

As vidas das personagens têm tudo para não ser perfeitas, mas elas fazem tudo para que se tornem tão boas quanto possível. É meu tipo preferido de livro, tem drama, mas não é nada depressivo; a morte está presente, mas não é um livro sobre a morte, e sim sobre a vida. Temos uma personagem secundária particularmente importante: a melhor amiga de Lake, Eddie. Uma garota que tem tudo para ser uma pessoa revoltada, mas que é muito alegre e está sempre disposta a dividir sua alegria com o mundo.

Todas as personagens são muito bem construídas, aliás. A gente entra na cabeça e no coração delas e vivencia suas conquistas e aflições. Elas são obrigadas a amadurecer durante a narrativa, e é com muito amor que as coisas acabam se resolvendo - não que tudo termine bem, mas quem disse que a vida é perfeita?

A vida não fica totalmente no meio do seu maldito caminho só porque quer que você deixe tudo nas mãos dela e seja levado por ela. Ela quer que você lute. Que aprenda a fazer uma vida sua.

Nunca gostei muito de poesia, mas esse livro fez com que eu me interessasse mais pelo gênero. É um tipo de poesia que dá título à série, o slam, uma poesia feita para ser interpretada. A poesia é praticamente uma personagem do enredo, porque o slam é responsável por definir destinos. É através dessa linguagem que os protagonistas conseguem entender e expressar seus sentimentos.

E daí que a dor sobre a qual você escreveu ano passado não é o que você está sentindo hoje? Pode ser exatamente o que a pessoa na primeira fila está sentindo. O que você está sentindo agora, e a pessoa a quem suas palavras talvez afetem daqui a cinco anos - é por isso que se escreve poesia.

Enfim, foi uma leitura maravilhosa, super fluida. Não percebi erros no texto. Métrica é um livro que faz refletir, que nos faz ser gratos por tudo o que temos. Não é um livro com temática natalina, mas as mensagens que ele transmite fazem dele um livro perfeito para ser lido nessa época - e em qualquer outra época também.