Autores: Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho | Espírito Antônio Carlos
Editora: Planeta
(Selo Academia)
Número de páginas: 240
Skoob
Novo livro da autora do best-seller Violetas na janela. Uba vivia tranquilamente numa aldeia na África com a esposa e duas filhas, quando esta foi invadida por mercenários em busca de escravos. Uba viu sua esposa ser morta e não conseguiu socorrê-la. Começou ali uma vida diferente para ele, de privações e humilhações. Sem entender, foi preso junto a outros homens e, num navio, foi levado para longe. Veio para o Brasil, foi comprado como uma mercadoria e levado para uma fazenda, para a senzala. Passou a ser chamado de João, e tudo mudou. Aos poucos, foi entendendo o que era ser escravo. Foi no cativeiro que seu espírito aprendeu muitas coisas e mudou sua relação com o trabalho. O escravo – Da África para a senzala é um livro que emociona. Vale a pena ler esta obra que, em forma de romance, conta um pouquinho sobre como era ser escravo nas terras brasileiras.
Uba vivia com sua mulher, de quem não gostava muito, e com as duas filhinhas, que adorava, em uma aldeia na África. Sua sogra um dia foi visitá-los e fazer um convite para que se mudassem, já que uma pessoa da aldeia em que ela morava havia tido uma visão que mostrava que se continuassem por lá teriam que enfrentar um enorme sofrimento.
Guá previu perigo. (...) Não para nossa aldeia, (...) para as de baixo. Disse que seres esquisitos, demônios, atacariam o vale com armas que cospem fogo. Eles são fortes e maus. Muitos irão morrer, e outros serão levados para trabalhar para eles.
Uba não deu atenção, não queria sair de sua aldeia, era preguiçoso e lá não precisava trabalhar muito, como precisaria fazer no lugar bem mais inacessível em que a sogra morava. Qual não foi seu espanto quando a previsão se tornou realidade e ele foi levado, junto com outros homens jovens e fortes, como escravo. Encarou uma longa viagem até o Brasil, e teve que enfrentar um destino que nunca imaginou para ele.
Adoro os livros ditados pelo espírito Antônio Carlos. Sempre são histórias tocantes e repletas de ensinamentos. Ao acompanhar a vida de Uba, que passa a se chamar João “por ter um nome esquisito”, somos presenteados com lições valiosas.
Quando recebemos uma maldade, sofremos e deveríamos aprender para não fazer com ninguém a ação que nos causou dor.
O protagonista chega em uma terra estranha, em que não conhece ninguém e nem sabe falar a língua, e precisa trabalhar arduamente, ou encarar o castigo - no caso, o chicote - por não estar dando o seu melhor. No início da obra, Uba/ João se lamenta com frequência e se considera injustiçado. Depois, entende que cada um está onde precisa estar, e que não pode mudar sua situação, mas tem total controle sobre como lidará com ela.
Somente podemos ser infelizes por causa de algo dentro de nós e não por acontecimentos externos. Fatos tristes são somente motivos para despertar em nós a infelicidade preexistente. (...) Pessoas podem nos dar gozo e sofrimento, mas somente eu posso me fazer feliz ou infeliz.
Aprende que quanto mais conseguir amar todos ao seu redor, mais tranquila será sua vida - sem ressentimentos, sem lamentações, perdoando e seguindo em frente. Descobre que ajudar os outros lhe causa um enorme bem, e que o trabalho não é algo tão ruim quanto imaginava, já que lhe faz sentir vivo, útil e ainda ajuda o tempo a passar.
Se ele não gosta de você e você alimenta o mesmo sentimento por ele, estará nele e em você essa energia ruim. Se você passar a gostar dele, seu sentimento bom é capaz de anular o negativo dele.
A existência da escravidão já é algo que me choca sem eu pensar em detalhes a respeito dela, mas esse livro me deu uma visão muito mais abrangente de até onde as coisas chegavam. Fiquei atordoada e revoltada com vários fatos, como a sinhá querer engravidar e simplesmente ordenar que duas de suas escravas engravidassem também para que pudessem ser amas de leite do seu filho.
Os escravos eram realmente vistos como carne barata, que existiam apenas para fazer as vontades de seus senhores. Felizmente, a fazenda em que Uba/ João vai parar não é um lugar tão ruim quanto poderia ser, castigos são dados, mas os escravos ao menos são mantidos em um lugar limpo e têm os recursos necessários para viver.
Acompanhamos não só a história do protagonista, mas também de várias personagens secundárias, por um período aproximado de 25 anos. O livro é curto, mas em nenhum momento achei a história corrida ou me perdi. É uma leitura que com certeza recomendo para qualquer pessoa.
Eu não sou muito de ler livros espíritas, mas gosto muito dos ensinamentos que eles trazem.
ResponderExcluirGostei muito da história desse, mas é bem provável que eu não lesse.
Olá,
ResponderExcluirConfesso que acho sempre tenso ler livros sobre escravo. Por ser um livro mais curto, talvez eu até gostasse, sem ter todo aquele drama carregado.
Boa resenha!
http://euinsisto.com.br
Olá!
ResponderExcluirNão curto livros espíritas, pior ainda se retratam temas pesados como a escravidão. Enfim, não é uma leitura que eu faria, mas pra quem gosta, com certeza fará uma boa leitura.
Oi Ju, bacana a resenha.
ResponderExcluirÉ sempre importante nutrirmos nosso conhecimento com essas histórias, para que nunca se repitam. Estou numa vibe mais leve agora, mas certamente vou anotar pra ler depois.
Um grande beijo,
Hugo
Raposa Cultural.
Olá, tudo bem Ju? Resenha bem instigante a lê-lo hein, porém infelizmente o tema tratado não é um que está no meu interesse. Não curto muito ler o gênero, por isso irei passar a dica. E isso não desmerece sua ótima resenha <3
ResponderExcluirBeijos,
http://diariasleituras.blogspot.com.br
Olá!
ResponderExcluirEsse tipo de leitura é sempre muito difícil, principalmente por retratar uma parte real de nossa história. Apesar de ser o tipo de livro que nos tira de nossa zona de conforto, acredito que seja uma leitura muito válida.
Ótima resenha.
Abraços.
Pois é, como pode as pessoas acharem normal a escravidão, mas vai saber o que eu fiz na vida passada né? Gosto de livros que contem sobre estas coisas e li muitos deste gênero.
ResponderExcluirBeijos,
Greice Negrini
Blogando Livros
www.blogandolivros.com
oiee tudo bem,
ResponderExcluireu já li uma obra da autora e gostei, gosto muito de livros espíritualistas, mas eu confesso que fiquei com o pé atrás em relação a essa obra, pois tenho medo da autora ter usado vidas passadas dos personagens pra justificar a escravidão, porque definitivamente, se foi, isso não foi algo legal.
Então fiquei meio que sem saber me posicionar.
beijos
Oi, Ju!
ResponderExcluirDurante alguns anos fiz parte do círculo do livro e li vários livros espíritas. Entre eles, Violetas na janela. Conheço a escrita da autora, vou comprar esse livro. Quero ler mais essa história emocionante dela!
Beijo,
http://contosdacabana.blogspot.com.br
Oi Ju, tudo bem?
ResponderExcluirUltimamente tenho lido bastantes livros ditados por espíritos, mas nenhum que restasse um período histórico do nosso país. É triste ver como as pessoas enxergavam, na verdade, não enxergavam um escravo. Ser tratado como um objeto deve ser horrível, mas pior ainda é manter a cabeça firme, livre. As lições dessa obra devem ser gigantescas e já quero muito ler. Sua resenha ficou linda! Parabéns!
Beijos!
Oá!
ResponderExcluirLi apenas dois livros espirituais e foi uma experiencia muito agradável. Certamente leria esse que me interessou demais a proposta dele. Adorei a resenha, gosto desse tema, dramas de escravidão.
abs
Ni
Cia doLeitor
Olá!!
ResponderExcluirAdoro livros psicografados e os dessa autora, acho que li apenas o Violetas na Janela, logo, não conheço o estilo de Antonio Carlos, mas já me interessei pela temática da obra e pelos ensinamentos que você ressaltou. Obrigada pela dica!! =)
Oi Ju, tudo bem?
ResponderExcluirEu não curto muito livro espiritas, mas não devo negar que eles trazem muito ensinamentos e algumas reflexões. Cada vez que eu leio uma resenha de uma obra assim, tenho mais certeza disso. Mas pelo que vi no decorrer da resenha, o livro de cativou e te trouxe momentos de reflexão, então é isso que importa, ainda mais porque você gosta do livro desse espirito. Xero!
Oie
ResponderExcluirainda não conhecia o livro mas é impossível não ficar curiosa por esse tipo de história, com certeza irá para minha lista de desejados, adorei sua resenha
beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/
Oi Ju!
ResponderExcluirGosto muito dos livros da autora e ditados pelo Antonio Carlos pelos mesmos motivos que você.
Ainda não conhecia essa obra, mas achei ela interessantíssima, pois gosto muito de temas que envolvem escravidão e acho muito fascinante a forma como esse livro parece ter sido trabalhado.
Dica anotada.
Beijos
Olá! Gosto muito de livros espiritas, conheço vários autores e esse não conhecia. Vou procurar saber, pois essa obra me chamou muita atenção.
ResponderExcluirOlá! Realmente tem coisas que nos choca mesmo sem saber os detalhes. Que bom que esse livro tem uma visão muito abrangente. Um livro que trás esse assunto realmente deve deixa o leitor atordoado e revoltado em vários casos. Adoro quando podemos acompanha a vida de vários personagens. Dica anotada! Beijos'
ResponderExcluirOlá
ResponderExcluirTem tempo que não leio um livro espirita e olha que eu até gosto, esse enredo e bem triste mas parece bem interessante. Minha mãe adora esse autora.
Resenha muito boa
Beijuh