[Resenha - Verus Editora] Beleza Perdida

Título: Beleza Perdida

Autora: Amy Harmon

Tradução: Monique D’Orazio

Verus Editora

Número de páginas: 336

Skoob

Ambrose Young é lindo — alto e musculoso, com cabelos que chegam aos ombros e olhos penetrantes. O tipo de beleza que poderia figurar na capa de um romance, e Fern Taylor saberia, pois devora esse tipo de livro desde os treze anos. Mas, por ele ser tão bonito, Fern nunca imaginou que poderia ter Ambrose... até tudo na vida dele mudar. Beleza perdida é a história de uma cidadezinha onde cinco jovens vão para a guerra e apenas um retorna. É uma história sobre perdas — perda coletiva, perda individual, perda da beleza, perda de vidas, perda de identidade, mas também ganhos incalculáveis. É um conto sobre o amor inabalável de uma garota por um guerreiro ferido. Este é um livro profundo e emocionante sobre a amizade que supera a tristeza, sobre o heroísmo que desafia as definições comuns, além de uma releitura moderna de A Bela e a Fera, que nos faz descobrir que há tanto beleza quanto ferocidade em todos nós. 

Beleza Perdida conta a história de Ambrose Young, um garoto lindo e um lutador extraordinário, ídolo de toda uma cidade. Todos têm altas expectativas a respeito dele, e acreditam que irá para a faculdade no próximo ano com uma bolsa devido ao esporte. Só que Ambrose surpreende a todos quando decide se alistar e ir para a guerra. Os atentados do dia 11 de setembro de 2001 tinham acontecido há poucos meses, e ele simplesmente não conseguia pensar em outra coisa para fazer de sua vida a não ser colocá-la à disposição de seu país.

Imaginei que fosse amar esse livro - afinal, todo mundo que eu conheço que leu amou. Mas não foi bem o que aconteceu. E acredito que o maior obstáculo para isso foi a birra que peguei do protagonista. Acho justo alguém fazer a escolha que considere melhor. Mas ele pressionou os quatro melhores amigos a irem para a guerra com ele. 

Isso me incomodou tanto, mas tanto, que esqueci tudo que ele tinha de bom. Não se pressiona alguém para fazer uma escolha dessas, para se submeter voluntariamente a um confronto armado em que, além de correr risco de vida, também corre um grande risco de ter que tirar a vida de alguém. Mesmo depois que há a volta da guerra e Ambrose reconhece seus erros, simplesmente não consegui deixar minha birra para trás.

Mas isso mostra que meu problema com o enredo foi algo completamente pessoal. A história é muito bem construída e a autora conseguiu apresentar personagens apaixonantes ao leitor. Fern, a outra protagonista, é uma garota que se acha feia, mas que tem um coração enorme e está sempre disposta a ajudar todos ao seu redor. 

Seu primo, Bailey, tem uma doença muscular que o prendeu a uma cadeira de rodas há vários anos, mas isso não tirou seu otimismo e sua alegria de viver, nem impediu que se tornasse uma pessoa extremamente generosa e altruísta. Ele e Fern são inseparáveis e adorei ver a convivência deles. Ambrose não é uma pessoa pior que os dois, muito pelo contrário, e ainda se torna mais interessante à medida que consegue se aceitar e amadurecer devido a tudo o que viveu.

A narrativa é muito fluida, mas realmente não conseguiu me envolver. Então acabei lendo o livro rápido mas sem me importar muito com o que estava acontecendo, e preciso dizer que acontecem muitas coisas ruins. Adoro um bom drama e até me espantei por não ter me sentido completamente encantada com o enredo. Já disse isso aqui mais de uma vez: quando tenho problemas com personagens, normalmente isso afeta (e muito) minha opinião geral. Mas o livro é muito bem avaliado, e recomendo que leiam para formar suas opiniões a respeito dele.