Título: O que há de estranho em mim
Autora: Gayle Forman
Tradução: Marcelo Mendes
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 224
Ao internar a filha numa clínica, o pai de Brit acredita que está ajudando a menina, mas a verdade é que o lugar só lhe faz mal. Aos 16 anos, ela se vê diante de um duvidoso método de terapia, que inclui xingar as outras jovens e dedurar as infrações alheias para ganhar a liberdade. Sem saber em quem confiar e determinada a não cooperar com os conselheiros, Brit se isola. Mas não fica sozinha por muito tempo. Logo outras garotas se unem a ela na resistência àquele modo de vida hostil. V, Bebe, Martha e Cassie se tornam seu oásis em meio ao deserto de opressão. Juntas, as cinco amigas vão em busca de uma forma de desafiar o sistema, mostrar ao mundo que não têm nada de desajustadas e dar fim ao suplício de viver numa instituição que as enlouquece.
Sou fã da Gayle, e finalmente consegui encaixar mais um livro dela na fila de leituras. O que há de estranho em mim foi o primeiro livro de ficção que a autora escreveu, e descobri que desde sua primeira obra ela tinha a capacidade de mexer bastante com os sentimentos do leitor.
Brit é uma garota que perdeu a companhia da mãe, uma esquizofrênica, há vários anos. Seu pai acabou se casando de novo e ela ganhou uma madrasta que chama carinhosamente de Monstra. No geral, tem boas notas - embora tenha escorregado um pouco nisso ultimamente. Faz parte de uma banda, em que toca guitarra e é vocalista; tem o cabelo preto e rosa, três tatuagens e também um piercing. É considerada pela madrasta, que sempre pega no seu pé, uma má influência para o irmão - que, a propósito, ainda é um bebê.
Quase no final das férias, prestes a começar seu penúltimo ano na escola, Brit é obrigada a participar de uma viagem familiar para o Grand Canyon. O plano era que ela e seu pai iriam de carro, e a madrasta e o bebê de avião. Pelo menos foi isso o que lhe disseram. Mas a garota acaba sendo levada para um "centro de tratamento residencial", um reformatório para adolescentes difíceis, e deixada lá contra sua vontade. Seu diagnóstico? Transtorno desafiador opositivo.
"Frequentemente perde o controle das emoções e discute com os pais; desafia acintosamente os adultos, recusando-se a atender solicitações e a obedecer a normas; deliberadamente incomoda as pessoas; culpa os demais pelos próprios erros e faltas; com frequência se mostra irritado, ressentido, maldoso, vingativo..."
Mais alguém acha que esse transtorno basicamente descreve a maior parte dos adolescentes? Pois é. E a maravilhosa instituição em que Brit foi colocada possui um programa de tratamento inovador, baseado em fazer as jovens se sentirem um lixo, humilhá-las sempre que possível, alimentá-las só com comida congelada, fazer com que construam e desconstruam um muro no sol escaldante sem nenhum motivo para isso... Um ótimo jeito de enlouquecer jovens saudáveis, ainda que com problemas a enfrentar. Mas problemas que precisariam de atenção e de ajuda séria para serem resolvidos.
Foi uma leitura que me deixou indignada e revoltada a maior parte do tempo. Embora esse tipo de instituição não seja a regra nos dias de hoje, como foi um dia, infelizmente ainda existem locais parecidos. Locais em que as pessoas são tratadas sem nenhuma humanidade, em que se tornam bem piores do que antes de chegar lá. A luta antimanicomial ainda existe. Me deu uma dor profunda no coração ler tudo o que as adolescentes passavam. E pensar que foram colocadas pelos pais em uma instituição em que os funcionários sequer tinham a qualificação necessária para trabalhar.
Felizmente, Brit faz algumas amigas, que tornam possível que se mantenha sã. Adorei ver a amizade entre ela e mais quatro garotas surgindo e se fortalecendo, mesmo com todos os obstáculos impostos a esse relacionamento. Porque, além de tudo, a instituição ainda incentivava e premiava a delação de infrações alheias, e conversar demais e de forma pacífica e alegre com alguém com certeza entraria nessa classificação.
O final me surpreendeu e me emocionou. Sim, mais uma vez a Gayle me fez chorar, embora eu não tenha soluçado loucamente como em Se eu ficar. Foi um choro diferente, e não posso falar mais sobre isso sem revelar algo. Gostei demais da leitura.
Oie, achei bem interessante o tema abordado no livro. Fiquei revoltada em saber que ainda existem instituições desse tipo. O alerta que autora deixou é fundamental para cuidar melhor dos adolescentes.
ResponderExcluirBeijinhos, Helana ♥
In The Sky, Blog / Facebook In The Sky
Olá,
ResponderExcluirNossa, esse livro está na lista de desejado, mas eu nunca nem li a sinopse. Sua resenha muito bem escrita, só fez ele subir para o primeiro lugar. É realmente bem revoltante este tipo de situação.
Já quero ler!
Abraços,
www.isaaczedecc.blogspot.com
Olá linda,
ResponderExcluirGostei muito da forma como Gayle construiu a amizade de Brit com as suas amigas e com seus companheiros fiéis de sua banda e como superou tudo que viveu no internato.
Estou louca para ler Se eu ficar...espero gostar.
Beijos,
poesiaqueencantavida.blogspot.com.br
Já vi umas resenhas não me indicando ler o livro, mas eu simplesmente sou apaixonado pela capa e fico bem curioso para saber a história, por causa sinopse. Eu não li Se eu ficar, mas assisti ao filme, sei que não é a mesma coisa, mas se o filme me emocionou, imagina o livro.
ResponderExcluirVou ler O que há de estranho em mim, e tirar minhas dúvidas e ver qual a minha reação.
http://blogpausageek.blogspot.com.br/
Olá, tudo bem.
ResponderExcluirJá li este livro e gostei, mas ainda o meu favorito da Gayle é "Eu estive aqui", foi o que mais gostei, em todos os sentidos, escrita, sentimentos, personagens, tudo. Este livro aborda um tema interessante, mas que não conseguiu me atingir como eu esperava, não me emocionei nele. Mas o assunto é bem relevante.
beijos
Oiiii!!Tudo bem?Espero que sim.
ResponderExcluirJá havia lido algumas resenhas sobre esse livro, mas não sei se o leria, apesar da capa me chamar atenção. Este livro aborda um tema interessante, mas como acabo mergulhando na pele da personagem, não sei se conseguiria chegar ao final da leitura. É muito triste saber que lugares assim existiram e ainda existem. É ótimo ter livros que retratem assuntos tão pouco debatidos.
Parabéns pela resenha.
Um grande abraço e até a próxima.
>>Dhessy
Oie, Ju! Eu fiquei revoltada só se ler sua resenha, imagina se estivesse lendo. Ainda não aceitei bem o que o pai dela fez e tenho medo do desenvolvimento dessa história.
ResponderExcluirNão imaginava que esse livro tivesse uma carga tão forte.
bjinhos
Anna - Letras & Versos
Oi Juliana.
ResponderExcluirAlém da sua resenha, eu já li mais duas resenha à respeito deste livro. Eu ainda tenho muita vontade de lê-lo, pois sua resenha desperta interesse pelo livro, principalmente quanto você cita que há locais em que as pessoas são tratadas sem nenhuma humanidade, isso conseguiu despertar minha curiosidade. Tenho ele na minha lista de desejados e espero conseguir adquirir logo.
Bjos
http://historiasexistemparaseremcontadas.blogspot.com.br/
Olá,
ResponderExcluirNão li esse livro da autora, mas conheço a escrita dela e sou apaixonada.
Deve ser uma história forte e complicada, fiquei imaginando essa jovem depois de tudo que passou, a perda da mãe e ainda vai passar todas essas situações.
Adoro livros que me faz chorar e tenho certeza que vou terminar a leitura igual a você.
beijos
Olá!
ResponderExcluirAdorei sua resenha e este livro já está em minha lista de leitura há tempos.
Concordo com você: o tema, triste e duro, infelizmente não se encontra apenas nos livros, mas faz parte de histórias de muitas famílias que colocaram seus filhos em instituições como essas apenas por serem adolescentes "rebeldes". Antigamente (e quero pensar que hoje não mais) muitas meninas eram colocadas nesse tipo de lugar quando não queriam se casar ou ter filhos ou, ainda quando, mesmo querendo, não conseguiam um "bom partido" para casamento.
Em fim, acho que também vou me emocionar com mais essa obra da autora.
Beijos e valeu a dica!
Karla Samira
www.pacoteliterario.blogspot.com.br
OI!!
ResponderExcluirEu já li diversas resenhas desse livro, e o assunto que a autora aborda é bem atual e polêmico, afinal ela fala sobre conflitos, relacionamentos e não se aceito pela sociedade. Ainda não li e no momento não sei se leria, e prefiro tentar idealizar que locais assim não existam. Beijos!
Oi, Ju!
ResponderExcluirJá conferi tantas resenhas desse livro, mas acredita que ainda não me decidi se leio ou não? Assim, no início achava que daria conta apesar da carga emocional mais pesada, mas com o passar dos comentários - muito positivos, em sua maioria, na verdade - agora me vejo reticente de iniciar a leitura e mais em indignar e incomodar do que fazer qualquer bem. Sou um sensível com esse tipo de abordagem, e por mais que tenha sim curiosidade na leitura, talvez deixe para um momento em que eu venha a me sentir mais preparada para ela. De qualquer forma, bom saber que, apesar de algumas leves mudanças, a autora parece ter iniciado sua carreira já com sua marca registrada de confrontar emoções e reações no leitor, ainda mais em um enredo que, realmente, caracteriza muitos jovens e que não deve mesmo ser tratado como questão de manicômio, afinal, a adolescência é complicada mesmo, e é através de compreensão e apoio da família e dos amigos que passamos por ela.
Beijos!
♥ Sâmmy ♥
♥ SammySacional ♥
Oi Ju!
ResponderExcluirMenina, eu também adoro a Gayle, apesar de não ter gostado tanto assim de Se Eu Fica. Acho que eu estava com expectativas altas demais, mas enfim. Eu não sabia que O Que Há de Estranho em mim se tratava desse tema! Como é que um pai tem coragem de deixar uma filha numa instituição desse porte? Tem que ser muito pau mandado mesmo viu, nossa! Esse negócio do muro aí então, pra quê tanta crueldade? Mas enfim, quero muito ler esse livro também e espero me emocionar também. Fiquei curiosa para saber o porquê de você ter chorado. hahahah
Beijo!
http://www.roendolivros.com/
Oi, Ju!Ainda não li nenhum dos livros da autora, porém tenho muita curiosidade de conhecer a escrita e também as tramas dela. Gostei muito de sua dica
ResponderExcluirBeijos da Fê
As Catarina´s / Fanpage / Instagram
Ei, tudo bem?
ResponderExcluirEu já estava curiosa para ler esse livro, porque adorei a escrita da autora em outros livros dela, com a sua resenha pude entender melhor o que acontece e agora estou necessitada de ler esse livro. Ele parece ter uma carga emocional enorme, e eu adoro livros nesse estilo, fora a crítica que ele faz a esses centros. Espero poder ler o livro em breve.
Beijos, Gabi
Reino da Loucura
Oi Ju... desde que vi esse título esse livro me interessou... mas a sua resenha me deixou mais curiosa ainda.. é lamentável os pais fazer isso com a própria filha... jogá-la em um local desses a própria sorte, porque pelo que li da resenha foi isso que deu a entender... a menina tem problemas? Quem não tem? Mas fazer esse tipo de coisa é tão injusto... ler esse livro mexeria muito com as minhas emoções... ele está na minha lista para comprar em Setembro... agora não consigo mais gastar com livros tão cedo... a sua resenha ficou linda... bem explicada.... com os detalhes necessário, para querer logo esse livro... mesmo que não dê para comprar neste momento... Xero!
ResponderExcluirOiiie
ResponderExcluirJá li o livro se eu ficar e adorei a narrativa da autora, espero poder ler esse em breve pois vi muitas resenhas elogiando e fico cada vez mais ansiosa
Beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/