Título: Rin Tin Tin - A Vida e a Lenda
Autora: Susan Orlean
Tradução: Pedro Jorgensen Jr.
Editora: Valentina
Sinopse: "Ele achava que o cão era imortal". Assim começa a vasta, poderosa e comovente narrativa de Susan Orlean sobre a jornada de Rin Tin Tin – de sobrevivente órfão a astro do cinema e ícone internacional do showbiz. Susan, redatora da New Yorker chamada de “patrimônio nacional” pelo Washington Post, passou cerca de dez anos pesquisando e escrevendo sua mais cativante obra: a história de um cão que nasceu em 1918 e nunca morreu. A narrativa começa num campo de batalha francês da Primeira Guerra Mundial, quando Lee Duncan, um jovem soldado americano, descobre um sobrevivente: um pastor-alemão recém-nascido nas ruínas de um canil bombardeado. Para Duncan, que passou parte da infância num orfanato, a sobrevivência do cão fora um milagre. Havia algo em Rin Tin Tin que o compelia a compartilhá-lo com o mundo. Duncan o levou, então, para a Califórnia, onde suas aptidões físicas e a capacidade de representar chamaram a atenção da Warner Bros. Durante os dez anos seguintes, Rinty estrelou 23 sucessos do cinema mudo que salvaram o estúdio da falência e fizeram dele o cão mais famoso de todos os tempos. No auge da popularidade, Rin Tin Tin foi o campeão de bilheteria de Hollywood. Ao longo das décadas seguintes, Rinty e seus descendentes fizeram a conturbada jornada do cinema mudo ao falado, do preto e branco à cor, do rádio à televisão, culminando no seriado de TV As Aventuras de Rin-Tin-Tin, um dos mais populares programas da época do baby boom. O legado do cão herói foi consolidado por Duncan e alguns outros – como Bert Leonard, o produtor do seriado da TV, e Daphne Hereford, a proprietária do atual Rin Tin Tin –, que dedicaram a vida para assegurar a imortalidade da lenda. Na essência de Rin Tin Tin – a Vida e a Lenda há um tocante estudo do duradouro vínculo entre os humanos e os animais. Mas o livro é também uma história ricamente matizada da indústria do entretenimento e do empreendedorismo no século XX. Abarcando um período de 90 anos, ele aborda a mudança de status dos cães, de ajudantes em fazendas a membros diletos das famílias urbanas, da origem do treinamento para a obediência à evolução genética das raças, da ascensão de Hollywood ao passado e presente dos cães de guerra. Rico de humor e emoção, repleto de momentos que certamente levarão o leitor às lágrimas, Rin Tin Tin fez parte da prestigiadíssima lista dos 100 melhores livros do ano do New York Times, principalmente por ser uma mescla irresistível de história, humanismo e maestria narrativa – esplêndida celebração de um grande ícone universal por uma das mais talentosas escritoras da atualidade.
Acho que eu já disse que sempre fui apaixonada pelo Rin Tin Tin. E quando eu digo sempre, quero dizer por praticamente toda a minha vida mesmo... Sim, eu vi Rin Tin Tin na TV. A série foi reprisada na década de 80 (pois é, eu já vivia nesse tempo... rs...). Tive inclusive uma fêmea de pastor-alemão, que ganhou o nome de Lassie. Esses dois cachorros, na minha infância, ainda eram estrelas da TV: Rin Tin Tin, o pastor-alemão e Lassie, a collie (a personagem era fêmea, mas era representada por um macho). Juntei os dois em um só ser. =)
O fato é que Lassie e Rin Tin Tin não eram, em absoluto, semelhantes. Lassie era uma popular personagem de livro que foi representada no cinema e, depois, na TV, por nove cães atores talentosos, o primeiro deles Pal, de Rudd Weatherwax. Rin Tin Tin era um cão de verdade convertido em ator.
Rin Tin Tin, ou Rinty, "nasceu em 1918 e nunca morreu". Claro que isso se refere à lenda que nasceu com ele. Houve várias gerações de Rin Tin Tin, e por muito tempo esses cães estrelaram filmes e uma série. Foram amados como se fossem um só e tenho certeza que, como eu, muita gente tem belas lembranças a respeito deles.
Aquilo que você ama de verdade nunca morre.
Rinty era o companheiro de Lee Duncan. Um norte-americano que teve uma infância bem difícil, abandonado pelo pai e, por alguns anos, também pela mãe. Enquanto servia na Primeira Guerra, na Europa, ele encontrou uma fêmea de pastor-alemão com uma ninhada de 5 filhotes. Como não podia ficar com todos, escolheu um macho e uma fêmea, que se tornaram Rin Tin Tin e Nanette (esses eram os nomes de bonecos que traziam boa sorte, e Lee, desde o momento que os colocou em sua vida, sentiu que sua sorte havia mudado).
Rin Tin Tin sempre foi mais do que um cão: foi uma ideia e um ideal.
Susan redescobriu a história de Rin Tin Tin por acaso, quando pesquisava uma outra coisa. Fico feliz por ela ter sentido que precisava apresentá-la ao mundo, porque esse livro é realmente uma preciosidade. Ele conta a história de quase um século. Não foi à toa que a autora levou dez anos para finalizá-lo.
Comecei a entender que o que me levou a Rin Tin Tin foi, mais que tudo, a sua constante presença - o fato de ele ter ficado na cabeça de tanta gente durante tanto tempo num mundo em que tantas outras coisas cintilam por um instante e desaparecem sem deixar rastro. Era algo com que se podia sonhar.
Foi emocionante descobrir coisas sobre o cão, como ele ser viciado em sorvete; e sobre o astro, como ele ter se apresentado também no teatro de vaudeville (uma espécie de show de variedades).
Fiquei um pouco chocada quando descobri que os Rin Tin Tin, a partir de determinada "geração", não eram mais descendentes do original. E muito mais espantada quando fiquei sabendo que, no seriado de TV, não utilizaram o Rin Tin Tin que Lee havia treinado à época, o IV, por considerá-lo burro. Foi outro cão, de outro dono, que encarnou Rinty.
Lee cuidaria para que sempre houvesse um Rin Tin Tin e percebera que chamar a atenção para cada nova encarnação de Rin Tin Tin tornava menos perceptível a sua continuidade. Agora, cada cão dava lugar ao seguinte, silenciosa e completamente, como se vivessem todos num universo que passara a existir fora dos limites do tempo.
A edição valoriza a história. Amei as patinhas que estão em todas as páginas, e a capa também é linda.
Adorei a leitura e indico para quem conheceu ou quer conhecer Rin Tin Tin. O livro mostra também a passagem do cinema mudo para o falado, a chegada da TV e várias fases pelas quais ela passou. Sempre gostei de estudar coisas assim, o que enriqueceu o livro ainda mais para mim. O único problema é que agora terei que arrumar tempo para assistir a filmes e a episódios da série As Aventuras de Rin-Tin-Tin que eu conseguir encontrar por aí. =)
Uma revigorante lição que ainda temos a aprender com os cães é que nos aquietarmos em relação ao passado e ao futuro não nos limita; ao contrário, nos liberta. Rin Tin Tin não precisava ser lembrado para ser feliz: bastavam-lhe as ocasiões de deitar-se ao sol, de ir buscar a bolinha, de morder a boneca de apito - momentos em si mesmos completos, puros e suficientes.
Resenha postada no skoob.
Que livro interessante, quero ler!! Adoro animais, sempre tive gatos e já tive cachorros, então qualquer coisa nessa linha me agrada.
ResponderExcluirNão lembro de ter visto Rin Tin Tin na tv, só da Lessie, mas claro que lembro da lenda. Adorei a frase "nasceu em 1918 e nunca morreu", bem isso! Mas fiquei de cara que o Rinty IV ter sido considerado burro!!
No mais, um adendo: estou adorando vir quase diariamente ao seu blog e conhecer tantos livros diferentes. Obrigada mais uma vez pelo convite!
um beijo
A única coisa que sabia sobre Rin Tin Tin e Lassie é que ambos eram cachorros da TV.
ResponderExcluirNunca imaginei que ele realmente existiu e que tem uma história que levou dez anos para ser escrita! Saber que ele e sua lenda salvaram a Warner Bros e estiveram presentes durante praticamente toda a história da TV e do cinema é surpreendente!
Deve ser muito fofo as patinhas nas páginas *--*
Adorei a resenha e a oportunidade de saber mais sobre esse cão =D
Pra ser sincera, não conheço nadinha da história do Rin-tin-tin, a não ser o nome... rsrsrs Que bom que você gostou da leitura, não é um livro que tenha me chamado a atenção.
ResponderExcluirAbraços
Já ouvir falar muito no Rin-tin-tin, só nunca assisti a série, mas se nã me engano já assisti filmes, gosto muito de cachorros e quero muito ler esse livro, deve ser bem interessante conhecer um cão que nunca morreu (a lenda) e que até hoje inspira milhares de pessoas!
ResponderExcluirNossa, sem dúvidas esse livro é um preciosidade para os fãs! Descobrir tantos detalhes de algo que se gosta tanto é incrível, não é?!
ResponderExcluirAmei a resenha, Ju!
Beijos
Sabia vagamente alguma coisa sobre Rin Tin Tin, mas não sabia que sua história ela linda dessa forma! Não cheguei a ver filme, programa de tv, nada, apenas ouvi falar através da minha mãe, que assistia também. Enfim, tenho curiosidade de ler o livro pois sou apaixonada por cachorros -à propósito, não sei se eu já falei, tenho dois em casa haha-. E esse quote no final que coisa mais linda, me deu até uma emoçãozinha. Adorei a resenha Ju :)
ResponderExcluirPara quem ama cachorro,como eu,acho que esse seria um livro perfeito!!Tenho muita vontade de lê-lo..
ResponderExcluirNão existe maior alegria de uma pessoa do que o seu amiguinho canino,essa deve ser uma história e tanto'
Beijus Ju!!!
Eu nunca havia visto o livro, e não acho que este seja o meu tipo de gênero...
ResponderExcluirBeijos
No momento estou lendo 'Marley & Eu' e confesso que estou apaixonada por esse cachorro, por isso acho que não vou ficar decepcionada de ler outro livro em que o protagonista é um cão que parece ser tão carismático - ou mais - do que Marley.
ResponderExcluirVou colocar na minha lista de leitura, pois estou louca para saber sobre a estrela dos cinemas de Hollywood, Rin Tin Tin, e também saber sobre a história de seu dono, Duncan. Espero aproveitar a leitura e vou até perguntar para minha mãe se ela já assistiu a série de Rin Tin Tin, pois esse nome não me é estranho, acho que já foi mencionado aqui em casa... Enfim, obrigada pela dica!
Aiii que linddooo. Amaria ler esse livro, de verdade!!
ResponderExcluirRin Tin Tin também fez parte da minha infância e eu também tive uma cadela com o nome Lessie.
Essa história merece ser revivida e conhecida pela geração mais nova.
;)
http://pseudonimoliterario.blogspot.com.br/
Que capa linda Ju, lembro dele na divulgação aqui. Eu por ser muito novinha rs não o conhecia, mas perguntei minha mãe e ela me contou sobre ele, o livro não é meu gênero mas eu adoraria lê-lo
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