[Resenha - Arqueiro] O Coração da Esfinge

Esta resenha não possui spoilers deste livro ou do livro anterior da série. Porém, caso não tenha lido o primeiro volume, não recomendo a leitura da sinopse.

Resenha de O despertar do príncipe

Título: O Coração da Esfinge

Autora: Colleen Houck

Tradução: Alves Calado

Livro #2 da série Deuses do Egito

Editora: Arqueiro

Skoob

Lily Young achou que viajar pelo mundo com um príncipe egípcio tinha sido sua maior aventura. Mas a grande jornada de sua vida ainda está para começar. Depois que Amon e Lily se separaram de maneira trágica, ele se transportou para o mundo dos mortos – aquilo que os mortais chamam de inferno. Atormentado pela perda de seu grande e único amor, ele prefere viver em agonia a recorrer à energia vital dela mais uma vez. Arrasada, Lily vai se refugiar na fazenda da avó. Mesmo em outra dimensão, ela ainda consegue sentir a dor de Amon, e nunca deixa de sonhar com o sofrimento infinito de seu amado. Isso porque, antes de partir, Amon deu uma coisa muito especial a ela: um amuleto que os conecta, mesmo em mundos opostos. Com a ajuda do deus da mumificação, Lily vai descobrir que deve usar esse objeto para libertar o príncipe egípcio e salvar seus reinos da escuridão e do caos. Resta saber se ela estará pronta para fazer o que for preciso. Nesta sequência de O despertar do príncipe, o lado mais sombrio e secreto da mitologia egípcia é explorado com um romance apaixonante, cenas de tirar o fôlego e reviravoltas assombrosas.

Deuses do Egito é uma série que tem como protagonista Lilliana Young, uma jovem de Nova York que teve sempre tudo que uma adolescente poderia querer - menos o amor de seus pais. Ao se recolher em uma ala fechada de um museu para organizar suas ideias sobre o futuro, a jovem se depara com um homem que parece não fazer parte daquele tempo - e acaba descobrindo que ele realmente não faz.

Trata-se de um príncipe egípcio, Amon, que, junto com seus dois irmãos, desperta para a vida na Terra uma vez a cada mil anos para salvar o mundo. Lily passa, então, a viver uma vida completamente diferente, cheia de perigos e de aventuras - mas não podia imaginar que acabaria se tornando parte importante da defesa contra o mal.

Isso é apenas para situar vocês na série, não falarei sobre a história deste segundo livro. Amei o primeiro volume e comecei minha leitura de O coração da esfinge super empolgada - e, logo no início, fui perdendo a empolgação. Demorou bastante para as coisas realmente começarem a acontecer, mas chegou um ponto em que minha empolgação voltou com tudo. Infelizmente, isso não durou, vários acontecimentos do enredo acabaram me decepcionando.

Eu sei que a autora é a Colleen, e não eu, rs, e que ela é quem toma as decisões, mas fiquei bem chateada com alguns caminhos que ela escolheu. O casal principal me fascinava, até que ela teve a audácia de estragar um pouco as coisas. Na verdade, não posso ter certeza disso, porque a autora terminou o livro sem nos fornecer muitas explicações. O final foi muito mais doloroso para mim que o do primeiro volume.

Tive uma relação de amor e ódio com essa história. Em alguns momentos tinha a impressão de que a Colleen me permitiria acalmar meu coração, só que ela acabava cravando mais uma faca nele. Me senti como os protagonistas, manipulada e enganada, uma vez que os deuses da mitologia egípcia ganham bem mais espaço nesse volume, e todo mundo sabe que os deuses de qualquer mitologia só revelam o que querem e quando querem, certo? Eles usam os mortais como for necessário. Pelo menos valeu a pena acompanhar a Lily e sua língua afiada em ação, não baixando a cabeça para nenhum deles, pelo contrário, exigindo informações que eles não queriam fornecer.

Espero que tenha ficado claro que minha decepção com este livro foi principalmente pela autora não ter feito a minha vontade. O enredo é bem rico e interessante, e pude aprender muito enquanto lia. Só torço para que a Colleen seja mais legal comigo no terceiro volume, que espero de verdade que não demore muito para ser lançado.