[Resenha - Novo Conceito] Supernova: A Estrela dos Mortos

Esta resenha não possui spoilers deste livro ou do livro anterior da série. Mas, caso não tenha lido o primeiro volume, recomendo que pule a sinopse.

Resenha de Supernova: O Encantador de Flechas.

Título: Supernova - A Estrela dos Mortos

Autor: Renan Carvalho

Grupo Editorial Novo Conceito

(Selo Novas Páginas)

Livro #2 da série Supernova

Número de páginas: 480

Skoob

Após deixar sua cidade natal, Leran está perdido em busca de uma pessoa que possa ajudar sua irmã Luana a controlar seus poderes. Enquanto foge de caçadores colocados em seu encalço, o arqueiro conhecerá novos lugares e aliados para sua jornada. Ao mesmo tempo, Tlavi, a jovem Estrela da Cura, tenta desvendar os mistérios de um criminoso capaz de erguer as forças das trevas no território pacificado do Reino Central. O caminho desses personagens está ligado pelo destino. Será que poderão lutar juntos para descobrir como vencer os novos inimigos? Conseguirá Luana despertar sua verdadeira força? Como Leran agirá diante da evolução dos poderes da irmã? É o que você vai descobrir em Supernova: A Estrela dos Mortos.

Supernova é uma série de fantasia nacional escrita por Renan Carvalho, e este é o segundo volume dela. Li o primeiro livro pela primeira vez em março de 2013 e amei demais, então imaginem a minha ansiedade por essa continuação... apesar de ter sido lançada em setembro de 2015, prometi a mim mesma que só leria depois de terminar todos os outros livros pendentes da editora, seria meu prêmio por estar em dia - e como eles são enviados todos os meses a vez desse demorou a chegar. Infelizmente, depois de tanta espera, acabei me decepcionando com a leitura.

Mas preciso deixar claro logo de início que essa decepção aconteceu por um motivo muito particular. A história mudou completamente de rumo - o que já era esperado -, e foram inseridos vários personagens novos nela. No meio desses personagens, foi colocada uma pessoa extremamente poderosa que tem um poder peculiar - controlar os mortos. Ou seja, temos criaturas que são espécies de zumbis no enredo, e quem acompanha o blog sabe que não tem nada que eu odeie mais do que zumbis. Não que seja exatamente isso o que vocês vão encontrar mas, enfim, criaturas de todos os tipos que comem pessoas são parentes próximos dos zumbis na minha cabeça, mesmo que sejam mais poderosas e tenham formas bem variadas. São nojentas, é isso o que me faz ter horror delas.

Esse foi o meu único problema com o livro, só que isso infelizmente fez com que a leitura se tornasse bem arrastada para mim, apesar da escrita do Renan continuar super fluida, e da história continuar interessante e intrigante. Levei quase duas semanas para ler porque precisava parar sempre por causa do meu estômago fraco. 

O autor construiu cenas de batalhas muito bem escritas, e fez com que a amizade tivesse bastante importância no enredo. Ele nos permitiu conhecer muito mais sobre o universo que criou. Se no primeiro livro a história ficou restrita a apenas uma cidade, neste o protagonista acaba atravessando basicamente todo um continente - sei disso porque no final do livro tem um mapa. *-* Os lugares são descritos na medida certa, de forma que o leitor consegue visualizar todos os ambientes sem ser sobrecarregado com detalhes desnecessários.

As páginas são amareladas, a fonte de um tamanho bom, Temos três narradores: Leran, o protagonista desde o primeiro volume, Tlavi e Gueth - estes dois, irmãos que ainda não havíamos conhecido em Supernova - O Encantador de Flechas. Vivem longe um do outro há bastante tempo, e entre eles foi criado um ótimo conflito.

As pessoas são iguais às plantas. Se você as rega com carinho, colhe felicidade. 

Os personagens, aliás, foram muito bem trabalhados. Embora sejam muitos, conseguimos nos lembrar de quem é quem com facilidade. Amo histórias com magia, então adorei conhecer mais sobre os poderes que as pessoas podem desenvolver. Mesmo que a leitura não tenha me agradado do jeito que achei que me agradaria, estou ansiosa pelo próximo livro. Espero que ele faça com que eu me apaixone completamente pelo enredo novamente.

Minha fé não está em deus algum. Ela está entre os humanos. São eles que podem mudar as coisas, que escolhem fazer o bem ou fazer o mal. E, entre todos, tenho mais fé nos que se mostram amigos, pois são esses os que me fazem sentir-me em casa.