Título: Adeus à Inocência
Autora: Drusilla Campbell
Tradução: Robson Falcheti Peixoto
Editora: Novo Conceito
Sinopse: Madora tinha 17 anos quando Willis a “resgatou”. Distante da família e dos amigos, eles fugiram juntos e, por cinco anos, viveram sozinhos, em quase total isolamento, no meio do deserto da Califórnia. Até que ele sequestrou e aprisionou uma adolescente, não muito diferente do que Madora mesmo era, há alguns anos... Então, quando todas as crenças e esperanças de Madora pareciam sem sentido - e o pavor de estar vivendo ao lado de um maníaco começava a fazê-la acordar -, Django, um garoto solitário, que não tinha mais nada a perder depois da morte trágica de seus pais, entrou em sua vida para trazê-la de volta à realidade. Quem sabe, juntos, Django, Madora e seu cachorro Foo consigam vislumbrar alguma cor por trás do vasto deserto que ajudou a apagar suas vidas? (retirada da contracapa do livro)
No início de Adeus à Inocência, Madora é uma garota de 17 anos que não tem muita consciência do que está fazendo com sua vida. Uma adolescente que vai mal nos estudos e não escolhe muito bem suas companhias. Até que um dia, em uma festa, experimenta uma droga muito mais forte do que está acostumada, e tem uma péssima reação a ela. É levada para o lado de fora da casa para que se recupere com o ar fresco, e lá conhece Willis. Ele estende a mão a ela e a partir daí se propõe a ser seu salvador.
Nos primeiros meses, a vida da garota parece estar começando a melhorar. Seu desempenho na escola se torna mais que satisfatório e ela abandona as drogas. Mas, poucas semanas antes de se formar, descobre que Willis precisa se mudar e decide acompanhá-lo. Ela não percebe que é completamente manipulada por ele, que usa fatos de seu passado para fazê-la acreditar que, se algo de mal acontecesse a ele, com certeza seria ela a culpada, por não agir da forma devida com alguém que lhe entregou seu coração.
Durante todo o livro, temos esses joguinhos psicológicos desprezíveis de Willis, e Madora os aceita por bastante tempo sem questionar. Até que Django surge. Foi preciso que um garoto de 12 anos aparecesse e jogasse a realidade na cara dela para que Madora conseguisse ter alguma consciência do que sua vida se tornou.
Django foi a única pessoa de quem eu gostei no livro. E esse com certeza foi um dos fatores que me fez não gostar da história. Quem já frequenta o blog há mais tempo, deve saber que, quando eu não consigo me afeiçoar às personagens, é muito difícil (praticamente impossível) que o livro consiga me conquistar. Tive que me obrigar a terminar a leitura, e levei muito mais tempo que o normal para ler Adeus à Inocência - ele tem 270 páginas, e a fonte tem um tamanho bom mas, incrivelmente, levei mais de uma semana para terminá-lo.
Não consegui torcer por ninguém. A garota aprisionada por Willis mostrou-se completamente irritante; Madora, com sua visão distorcida de tudo, também não era nem um pouquinho mais agradável. Minha expectativa com a leitura era muito alta mas, infelizmente, me decepcionei.
Na contracapa tem uma frase do Library Journal, que é a seguinte: "Campbell traz um novo e maduro apelo para os leitores ao apresentar histórias que parecem retiradas de páginas policiais bastante populares...". Bom, eu não leio essas páginas policiais. Porém, tenho que admitir que o assunto abordado pela autora tem seu valor. Muitas mulheres passam por situações parecidas com a de Madora, são completamente subjugadas por homens em quem confiam, e sei que é muito difícil se libertar de algo assim. Então, embora o livro não tenha me agradado, acredito que possa ajudar várias pessoas que vivem ou já viveram algo parecido. Também pode servir como alerta para que outras pessoas consigam evitar ter uma experiência semelhante. Reconheço que ele pode realmente ser importante na vida de muita gente.
- Quando uma pessoa sofre uma grande tristeza, alguns de seus amigos não conseguem agir de outro modo, eles simplesmente precisam dar-lhe as costas. (...) Não querem pensar em como isso aconteceu com você porque isso mostra que o mesmo poderia acontecer com eles.
Pelo titulo eu me senti atraida, mas agora ler um livro onde não se gosta de quase nenhum dos personagens...Poxa, eu realmente me cansaria para ler o livro.
ResponderExcluirAinda assim eu fiquei curiosa sobre ele
Pela maneira que você resenhou o livro, acho que eu me sentiria um pouco entediada lendo.
ResponderExcluirEu amei as letras da capa, mas não a capa em si.
Beijos
Que bom que ele tem pelo menos a mérito de utilidade pública, pois eu tentaria entrar no livro só para dar uma sacudida na personagem para ver se acordava para a vida, mas é óbvio que esse não é meu tipo de leitura e apenas tenho a confirmação agora de que nunca lerei mesmo.
ResponderExcluirObrigada pela resenha!
Beijos
Apesar de você não ter gostado tanto da história e dos personagens, confesso que fiquei bem curiosa. Acho o assunto bem interessante e como você mesma disse, é bem atual.
ResponderExcluirOie Ju. Quando lançaram esse livro eu fiquei morrendo de vontade de lê-lo ele parecia ser tão maravilhoso, eu fiquei mega apaixonada pela capa, mas agora com sua resenha ele não parece ser essa coisa toda. O que mais me chama atenção em um livro são os personagens e é tão chato quando os personagens são sem graça. Tipo tem horas que é meio sem nexo tanto enrola enrola, eu sei que as vezes o "amor" cega as pessoas, mas não com tanto exagero assim!! Beijoos!
ResponderExcluirmeudiariojk.blogspot.com.br
Sei bem como é isso de você não conseguir engolir o livro, mas mesmo assim se obrigar a ler, eu já fiz isso algumas vez e outras tive que abandonar quando a coisa realmente estava ruim. Eu vi este livro e estava muito querendo, mas depois de sua resenha eu vou fugir dele asuahsuahsu
ResponderExcluirhttp://worldbehindmywall.fanzoom.net/
Ju, eu fiquei realmente interessada pelo livro, pelo menos a sinopse havia me conquistado e eu achei que a história seria maravilhosa. Fiquei triste ao saber que os personagens não são "conquistáveis" pois isso faz toda a leitura desandar, já passei por isso em alguns livros e isso deixa a história cansativa, quando principalmente o protagonista não era - pro lado ruim - o que pensamos, apesar de tudo achei a história interessante e até acho que eu arriscaria a leitura.
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