[Resenha] A Seleção

Título: A Seleção
Autora: Kiera Cass
Tradução: Cristian Clemente
Editora: Seguinte

Sinopse: Para 35 garotas, a Seleção é a chance de uma vida. É a oportunidade de ser alçada a um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Para America Singer, no entanto, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás o rapaz que ama. Abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes. Então America conhece pessoalmente o príncipe — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que nunca tinha ousado imaginar. (retirada da contracapa do livro)

A Seleção trata de um país que se formou após a 3ª Guerra Mundial, na região que era ocupada pelos Estados Unidos - Illéa. É uma monarquia, e há regras rígidas para todos, como o toque de recolher e a proibição do sexo antes do casamento. As pessoas são divididas em 8 castas, sendo a casta Um a da nobreza e a Oito, a composta pelos mendigos.

America tem 17 anos, e é uma Cinco. De acordo com a lei, todas as pessoas desta casta precisam se tornar artistas. Por sorte, a garota tem aptidão para isso - possui uma linda voz e toca alguns instrumentos. E é feliz assim, apesar das dificuldades financeiras enfrentadas por sua família. Uma pessoa extremamente generosa e corajosa. Mas não está disposta a sacrificar toda a vida que imaginou viver.

Havia coisas - coisas importantes - que eu amava. E aquela folha de papel se erguia como um muro entre mim e o que eu queria. Talvez eu quisesse coisas idiotas. Ou que não conseguiria alcançar. Mesmo assim, eram coisas minhas. Não estava a fim de sacrificar meus sonhos, independentemente do quanto minha família fosse importante para mim. Além do mais, já tinha feito bastante por eles.

America é apaixonada por Aspen Leger, um garoto da casta Seis. É um relacionamento que já nasce complicado, um casamento entre castas é sempre cercado por mais burocracia. E Aspen não ajuda muito com seu orgulho. Mesmo assim, tudo o que America deseja é passar o resto da vida ao lado dele.

- Pai, se quisesse casar com um um Seis ou um Sete

 e o amasse muito, você ia deixar?

- America, se você amasse um Oito, eu deixaria que se casasse com ele. Mas você precisa saber que o amor às vezes acaba com o peso da vida de casado. E ia ser ainda pior se você não pudesse sustentar seus filhos. O amor nem sempre sobrevive nessas circunstâncias.

Do outro lado, temos o príncipe Maxon. Ele atingirá a maioridade e precisa escolher uma esposa. Pela tradição, ela deve ser uma legítima filha de Illéa, e é por isso que existe a Seleção.

E o que é a Seleção? Illéa é composta de 35 províncias, e uma garota de cada uma delas é "sorteada" para ir ao castelo e ficar por lá até que o príncipe tome sua decisão. Enquanto isso acontece, cada família recebe, semanalmente, ajuda financeira. É um atrativo e tanto para as pessoas das castas menos privilegiadas. 

- Espero que encontre uma pessoa sem a qual não possa viver. Espero muito. E desejo que nunca precise saber como é tentar viver sem ela.

Acho que a autora pode ter se inspirado em The Bachelor, alguém conhece? É um programa em que 25 garotas são colocadas em uma casa para lutar pelo coração de um solteirão bem cobiçado. Eu amava assistir, e A Seleção o trouxe de volta pra mim! rs...

Voltando ao livro... O enredo é super bem construído, todas as personagens são vivas, a gente quer esbofetear algumas pessoas e abraçar outras. 

Amei a May, irmã mais nova da America. Ela realmente acredita em príncipe encantado, e tem fé que a irmã encontrará o seu. E eu odiei profundamente o Aspen. Idiota. (me desculpem, as emoções ainda estão muito fortes... rs...)

Olha que o Aspen me enganou... eu cheguei a gostar dele... até que se tornou um imbecil. (eu não consigo MESMO evitar xingá-lo)

- Se você tivesse a oportunidade de melhorar de vida e não a aproveitasse por minha causa, eu nunca ia me perdoar. (...) Só quero que você participe, que tente. (...) E se me ama, vai fazer isso, para que eu não fique louco de tanto pensar no que poderia ter acontecido.

Agora o Maxon... ah, Maxon... (suspiros profundos)... Ele é um verdadeiro príncipe. Com a presença de America, passa a conhecer melhor a realidade além dos muros do castelo e, além de já ser lindo, gentil e atencioso, ele mostra a ela o quanto é também generoso e preocupado com o povo. 

Eu ainda não acredito que me apaixonei tanto por esse livro!!! *-* Estou completamente encantada com a escrita da Kiera, eu ria, ficava engasgada com o choro, ou acabava chorando mesmo... Os sentimentos simplesmente apareciam e me tomavam.

Só tenho mais uma coisa a dizer: leiam, e logo! O e-book de O Príncipe foi liberado pela editora há alguns dias (é um conto, para ser lido entre o primeiro e o segundo livro), e a continuação, A Elite, chega às livrarias no dia 23 de abril. E vejam o recado da autora para os leitores brasileiros. Ela é bem simpática! =)