Título: O Lobo de Wall Street
Autor: Jordan Belfort
Tradução: Pedro Barros
Editora: Planeta
Sinopse: Nos anos 1990, Jordan Belfort, o todo-poderoso do famoso banco de investimentos Stratton Oakmont, tornou-se um dos nomes mais conhecidos do mercado financeiro norte-americano. Ele era um brilhante negociador de ações cuja ousadia e truculência lhe garantiram a alcunha, alimentada por ele mesmo, de Lobo de Wall Street. Com talento para fazer milhares de dólares em apenas alguns minutos, nem sempre pelos caminhos éticos ou legais, Jordan Belfort comandava uma gangue de corretores desvairados que ele levou de Wall Street para um escritório imponente em Long Island, onde montou seu quartel-general. Nesta autobiografia impressionante e divertida, o Lobo de Wall Street narra sem meias palavras sua história de ambição, poder e excessos. Uma vida marcada pelo relacionamento tumultuado com sua esposa, com quem morava numa mansão servida por 22 criados, e por aventuras ao redor do mundo com aviões, iates, drogas e mulheres. Até que alguns passos em falso o colocaram frente a frente com a Justiça, ao mesmo tempo em que se perdia no mundo do vício... E tudo começou a desmoronar.
O Lobo de Wall Street é a primeira parte da autobiografia de Jordan Belfort. O autor já começa deixando claro que não se orgulha dos fatos que divide com o leitor. Ele quer mostrar que, ao contrário do que muitos podem pensar, dinheiro não é garantia de felicidade.
Às vezes fico me perguntando se você se deixa dominar pelo dinheiro (...). Sei que usa o dinheiro para controlar pessoas, e não há nada de errado nisso. É assim que funciona o mundo (...). Mas estou preocupada com a possibilidade de você permitir que o dinheiro o controle, o que não é nada bom. Dinheiro é a ferramenta, (...), não a construção; pode ajudar a se fazer conhecidos, mas não amigos verdadeiros; pode lhe comprar uma vida de prazer, mas não uma vida de paz.
Jordan tem uma empresa de corretagem (na verdade, um banco de investimentos). Ou seja, ganha dinheiro através da especulação. Nunca teve problemas em enganar ou trair alguém, muito pelo contrário, isso faz parte de sua vida. Emprega jovens que sonham em ter seu padrão de vida. Dois de seus funcionários, inclusive, já tiveram sua ajuda para abrir as próprias empresas e se tornaram verdadeiramente milionários. Mas ele não pretende fazer isso pela maior parte dos strattonistas, como chama as pessoas que trabalham para ele. Pelo contrário. Paga-lhes o suficiente para que se mantenham gratos, felizes e leais, mas nunca o necessário para que consigam se desligar dele. Esses jovens querem ter o mesmo padrão de vida que seu chefe, e o que ganham nunca é o suficiente para isso. Tudo bem pensado, como todo o resto na vida do lobo de Wall Street.
Achei muito cansativo tudo o que ele precisa fazer para manter seu império. O cara não pode se permitir ter uma atitude espontânea em nenhum momento. Precisa tomar cuidado com todos os outros seres humanos, viver cercado de seguranças, procurar constantemente por escutas em sua casa e em seu local de trabalho, uma vez que sabe que faz muitas coisas ilegais. Tanto ele quanto seus funcionários dependem de drogas para aguentar a pressão (e a consciência). Só dorme direito a base de medicamentos - e isso quando não abusou da cocaína a ponto de ficar acordado por vários dias. Sinceramente, isso não é vida. Tanto não é que vários de seus empregados já optaram pelo suicídio.
Qual a parcela de culpa das drogas para eu ter esta vida sombria? (...) Tenho de admitir que era fácil colocar toda a culpa nas drogas, mas, é lógico, eu ainda era responsável pelas minhas ações.
Não pensem que essa é uma leitura fácil. Não me entendam mal, eu amei esse livro! Amei demais. É uma autobiografia, mas tem a fluidez de um livro de ficção. Em nenhum momento a história se torna chata ou desinteressante. O ritmo do livro é fantástico. Mas não é nada agradável acompanhar tudo de ruim que o Jordan faz. No início da narrativa, ele consegue se convencer de que todos os seus abusos são justificados por seu dinheiro e pelo dinheiro que permite que outras pessoas tenham também. Por exemplo, que mal há em estar sempre com prostitutas se a esposa dele tem todo aquele dinheiro à disposição para satisfazer suas vontades? Que mal há em não pagar o que seria realmente justo a seus empregados, uma vez que eles já ganham mais que a média de mercado?
Culpa e remorso eram emoções desprezíveis, não? Bem, sabia que não, mas não tinha tempo para elas. Seguir em frente; esse era o segredo. Corra o máximo que puder e não olhe para trás.
Também achei a letra menor que o que eu considero adequado, acho que isso é culpa do kindle, estou cada vez mais adaptada a ele e amo a possibilidade que ele dá de escolher o tamanho da fonte. Aí quando pego um livro físico e não posso fazer isso, fico meio decepcionada... rs...
Esses dois fatores, o fato dos acontecimentos não serem nem um pouco agradáveis de testemunhar e a fonte pequena, me fizeram demorar bastante para terminar a leitura. Lia normalmente 30 páginas de cada vez, o que para mim é bem pouco... Mas já estou sentindo falta da história, agora que finalmente a terminei.
No fim, Jordan faz um pequeno resumo de tudo o que aconteceu depois que o período descrito em O Lobo de Wall Street chegou ao fim. Acredito que tudo o que foi citado será detalhado no próximo volume de sua autobiografia, então espero conseguir ler logo a continuação, A Caçada ao Lobo de Wall Street. Na verdade, à primeira vista ele me atraiu bem mais que esse primeiro livro, mas considero essencial ler na ordem. Não dá para entrar na história sem conhecer tudo o que o Jordan viveu. Leitura recomendada, mas preparem-se para querer esganar o protagonista.
Resenha postada no skoob.
Resenha postada no skoob.
Não curto muito livros desse estilo (autobiografia), mas já li livros do genero que foi o 3096 dias, que é otimo. Esse parece ser muito interessante. Quem sabe um dia eu leio.
ResponderExcluirAguardo sua visita.
http://mundodosmngas.blogspot.com.br/
Olá Ju,
ResponderExcluirAchei o livro muito interessante após ler sua resenha, os quotes selecionados também são maravilhosos!
Beijos!
http://www.viajenaleitura.com.br/
Não costumo ler autobiografias, mas tenho ouvido que a história do Jordan é simplesmente fantástica. Sua resenha só aumenta minha vontade de tentar a leitura, apesar do aviso de não ser fácil hahaha
ResponderExcluirBeijo
Mariana | Sem querer me intrometer
Oie Ju estou com vontade de ler esse livro, mas estou desanimada por ele ser uma autobiografia, mas creio que seja um ótimo livro, tirando toda a chatice de ver de perto a "vida" que o protagonista levava!!! heheh Mas quero ler !!!
ResponderExcluirBeijos!
Meu Diário
Não gosto muito de autobiografias, mas foi legal saber que ele não se orgulhava dos feitos.
ResponderExcluirParece ser um livro bem interessante. Gostei de saber que, apesar de ser uma autobiografia, o livor não foi cansativo e não teve partes chatas! :)
ResponderExcluirbeijos
Estou bem curiosa por este livro (e pelo filme também). A história em si é bastante rica, curiosa, totalmente fora do nosso mundo mais "normal" rs... Interessante vc destacar os problemas de ser tão rico, o estresse, as neuras. Muita gente pensa apenas na parte fácil. Ah, e também fico incomodada com fontes muito pequenas. Não que seja um impedimento, mas dificulta um pouco a leitura e o ritmo, né?!
ResponderExcluirbeijos
Alelua, Ju o/
ResponderExcluirenfim, minha vista descansa um pouco, acho muito pequena as fontes dos outros blog's e piora o causo aqui por ter quebrado o -o.o- e está sem :|
Acho perfeita o tamanho da tua fonte, a minha é 14! kkkk
Mas voltado ao livro, esse Léo é fofinho, hien| contudo não sou apaixonada por ele - Mr. Darcynhooo sempre <3
Espero ter a oportunidade de ler o livro, ai menina quer dizer que achou cansativo e uma leitura difícil? Tô com medinho de ler agora 0 se bem que ainda nem o tenho rs - mas terei.
Máh, acho que você entendeu mal... rs... o que eu achei cansativo foi apenas o que o Jordan precisava fazer para manter seu padrão de vida... disse inclusive na resenha que não achei a leitura nada cansativa. Difícil sim, mas apenas pela questão da moral, é bem complicado ver tudo o que o Jordan faz, ver ele destruir aos outros e a ele mesmo...
ExcluirOi,
ResponderExcluirQuando vi o filme fiquei interessada em assisti-lo por ser uma história um tanto forte, que realmente nos deixa com certa raiva dele hehe.
Ainda não assisti ao filme por causa desse livro, confesso que não sou fã de autobiografias, mas essa parece que vale a pena, não sabia que teria um segundo.
Enfim dica anotada :D
Beijos
Mari - Stories And Advice
Oi Ju!
ResponderExcluirEu leio muito poucas da autobiografia e biografia. Não conheço Jordan Belfort. Ainda não assisti o filme, mas quero começar a ler biografias! Eu deixo a desejar nesse estilo!
Que bom que vc amou, achou ela uma leitura fluída e não achou chata! Eu tenho esse preconceito! s2
Espero quebra-lo! Adorei a resenha e sua analise e animação!
Beijos
Oi Ju.
ResponderExcluirAchei o livro bem interessante, mesmo que não tenha me despertado pela leitura. Pretendo assistir ao filme, porque pelo trailer vi que o Leonardo di Caprio arrasou na interpretação e eu gosto muito desse ator. Pelo que percebi a leitura é bem densa e tensa.. acredito que ler uma biografia de uma pessoa assim deve dar um frio na barriga. Xero!!!
Olá Ju, sei da existência do filme, mas pela indicação do Oscar, onde
ResponderExcluirse não fosse por isso nem saberia de sua existência. Mas não sabia que tinha
o livro e que nem foi aoto biográfico. Lendo a sua resenha, fiquei bastante curiosa para saber o conteúdo do livro, mas fico preocupada se vou empacar na leitura, bem sua resenha está bem informativa.
bjs
http://www.loveebookss.com.br/
Olá Ju!
ResponderExcluirNão costumo ler autobiografias, mas fiquei curiosa em saber como ele levou essa vida e achei uma doideira ele não poder viver como todos sem tantas preocupações. Infelizmente foi a vida que ele escolheu. Não sabia que teria uma continuação, não lembro de ter lido isso em outras resenhas.
Com relação a letra, é terrível quando não está adequada, pois isso torna a leitura cansativa.
Beijos