[DL 2012] Resenha - Mil Tsurus

Abril - Tema: Escritor (a) Oriental

Título: Mil Tsurus

Autor: Yasunari Kawabata

Tradução: Drik Sada

Editora: Estação Liberdade

Sinopse: Kikuji Mitani é um jovem que, durante uma cerimônia do chá, reencontra duas antigas amantes de seu falecido pai, Chikako Kurimoto e a viúva Ota, e de repente se vê profundamente envolvido com elas. Enquanto Chikako tenta arranjar um casamento para Kikuji, este inicia um inesperado romance com a senhora Ota, que por sua vez tem uma filha chamada Fumiko, de quem Kikuji também irá se aproximar. Mas há ainda Yukiko, a delicada jovem pretendente a se casar com Kikuji, personagem que representa serenidade num ambiente repleto de ressentimentos e intrigas. Não é por acaso que a moça é descrita usando um lenço de seda ilustrado com tsurus, ave que simboliza nobreza e felicidade na tradição japonesa. No Brasil, o livro foi traduzido com os títulos Mil Tsurus (pela Estação Liberdade) e Nuvens de Pássaros Brancos (pela Nova Fronteira).

Fonte: http://www.skoob.com.br/livro/3638/

Esse não é o livro que eu havia escolhido ler para o desafio. Mas ao chegar na biblioteca dei de cara com ele. A capa me chamou atenção. Eu ainda não a entendi, mas mesmo assim gosto dela. Só sei que tem um tsuru no alto. Fora isso, realmente não consegui decifrar. Até o fato de ser um tsuru no alto eu tive que confirmar, porque o único tsuru que eu conhecia era aquele origami em formato de passarinho que acho que todo mundo já viu um dia, né? Bem, depois de ver um tsuru estampado na capa só me vem um pensamento à mente: ok, aquele origami é uma representação, mas uma representação um tanto quanto injusta. Vou considerar que o que vale é a intenção, já que ele é um símbolo de nobreza e felicidade. Por isso o gesto de dá-lo a alguém é muito bonito.

Eu realmente não tenho como falar muito do livro. A cultura japonesa é muito diferente da nossa e eu não conheço quase nada dela. Então realmente não consegui compreendê-lo. Gostei dele enquanto lia, ele tem um ritmo diferente, usa a cerimônia do chá (que eu absolutamente não conheço) em vários momentos e deixa transparecer a serenidade e a calmaria que acredito que essa cerimônia contém.

É um jeito diferente de contar a história. O autor pula momentos da vida das personagens que parece considerar muito íntimos para serem divididos. Ficamos sabendo o que aconteceu porque ele nos conta muito superficialmente ao iniciar um novo capítulo.

Vou parar por aqui porque realmente não me sinto capacitada pra falar mais. O desafio cumpriu sua função ao me apresentar uma literatura que dificilmente eu conheceria de outra forma.