[Review] Black Mirror: Bandersnatch

Black Mirror: Bandersnatch

Data de lançamento: 28 de dezembro de 2018 na Netflix

Duração: depende das suas escolhas

Direção: David Slade

Elenco: Fionn Whitehead, Craig Parkinson, Will Poulter e outros

Gêneros: Ficção científica, Suspense, Drama

Nacionalidade: EUA

Em 1984, um jovem programador começa a adaptar um romance fantástico para videogame e põe em questão a própria realidade. Uma história alucinante com múltiplos finais.

Não acompanho Black Mirror, mas achei interessante a proposta de interatividade desse filme, por isso decidi assistir. Confesso que me arrependi muito.

A ideia é ótima. A história se passa nos anos 1980, e esse foi um enorme atrativo para mim. Achei muito legal a questão do Stefan estar criando seu primeiro jogo, e ter a coragem de se basear em um livro extremamente complexo. O livro, como o filme, tem múltiplos finais e o garoto precisa mapear todas as situações possíveis para programá-las, o que é realmente insano. 

Gostei bastante da vida familiar do protagonista ganhar espaço na trama (pelo menos no caminho que segui). Também achei as atuações convincentes. Mas os pontos positivos, a meu ver, terminaram aí.

O que mais me irritou no filme é que o espectador não tem realmente escolha. Não nas coisas importantes. Em determinado momento, insisti bastante na "escolha errada". Depois de umas três ou quatro vezes insistindo, o filme fez a "escolha certa" por mim. Além de não ter realmente curtido o enredo, ainda me senti enganada, porque fui obrigada a seguir um determinado roteiro para chegar no final. 

Aliás, pesquisando depois, descobri que passei por três dos "finais"que existem. Não achei isso legal também, acredito que se o espectador chega a um final a história deve terminar daquele jeito. Se não me engano, fiquei mais de duas horas tentando conseguir um fechamento definitivo, quase desisti no meio, até que felizmente vieram os créditos. Sinto informar que, ao pesar tudo, achei uma completa perda de tempo.