[Resenha - Novo Conceito] Sempre haverá você

Esta resenha foi escrita por mim e postada originalmente no blog Ler Imaginar.

Título: Sempre haverá você

Autora: Heather Butler

Tradução: Denise Tavares Gonçalves

Editora: Novo Conceito

Número de páginas: 256

Skoob

A mãe do George e do Theo é genial. Ela conta histórias incríveis, acena mais rápido do que qualquer pessoa do planeta e, o mais importante, foi ela que sugeriu que eles adotassem um cachorro porcalhão chamado Goffo. O jogo preferido do George é aquele em que ele e a mamãe brincam com palavras novas. Na verdade, a mamãe é a pessoa favorita do George no mundo inteiro. Ele gosta mais dela do que do seu melhor amigo, Dermo, ou do seu cão fedorento, mas adorado. Sempre haverá você conta sobre uma família diferente da sua, mas um pouquinho parecida. E de um menino que está aprendendo algumas coisas. Você quer ser amigo dele? 

George é um garoto que ama sua família. Ele tem um irmão, Theo, e bem no início do livro ganha um cachorro, Goffo. Seus pais são muito ligados aos filhos, e desde o início é mostrado como os meninos têm uma relação especial com a mãe; eles a admiram muito por coisas pequenas, como acenar super rápido e fazer brincadeiras diferentes, que mais ninguém faz. Mas a rotina deles começa a mudar e George não sabe bem o que está acontecendo...

Preciso dizer que a sinopse desse livro não foi muito bem feita. Ela conta basicamente tudo o que acontece na história (a versão que coloquei aqui não é a completa, fiz cortes para não prejudicar a leitura de ninguém). Acredito que os fatos teriam tido um impacto muito maior se eu não soubesse de tanta coisa antes de iniciar a leitura. Quando aconteceu (ou foi revelado oficialmente) o que eu já sabia que aconteceria, o livro estava no fim.

Não cheguei a me apegar muito às personagens, elas foram trabalhadas de forma um pouco superficial. Tem acontecimentos que poderiam ter me feito derramar lágrimas infinitas, mas isso não aconteceu devido à falta de profundidade do enredo. A história é bem curtinha, o livro tem páginas amarelas e mais espaçamento que o normal entre os parágrafos, então a leitura é bem rápida.

Sabem o que achei muito legal? Ter a adoção do cachorro, que é um bagunceiro, e mesmo assim a família aceitá-lo e amá-lo. Engraçado que dois cachorros são adotados, um vai para a casa do protagonista e o outro para a casa de seus avós. O dos avós é adestrado e passa a se comportar maravilhosamente bem, mas a mãe dos garotos resiste a fazer o mesmo com o cachorro deles, quer que ele tenha oportunidade de ser ele mesmo.

Vejam bem, não estou dizendo que adestramento é algo negativo. O que mais curti foi a autora mostrar que há mais de um jeito de fazer um animalzinho fazer parte da sua vida. O número de animais devolvidos depois de adotados é enorme e achei o máximo ela mostrar que para tudo tem solução, o importante é saber que um animal não é um objeto e sim um ser que precisa de amor e que se apega muito a nós.

Não foi uma leitura ruim, mas também não foi um daqueles livros que mudam a vida. É bonito ver a união de família e amigos com um objetivo em comum, e assuntos importantes são abordados, como o bullying, mas realmente não acho que seja um livro marcante de que me lembrarei para sempre.