[Resenha - Única Editora] Madrugadas de Desejo

Título: Madrugadas de Desejo

Autora: Jayne Fresina

Tradução: Alice Klesck

Única Editora

Número de páginas: 288

Skoob

Um jogo de mistério e sedução que não terminará a menos que os dois se entreguem. A Inglaterra do século XIX é elegante, charmosa e aventureira. Um lugar onde é difícil não se deixar levar pelos deliciosos (e perigosos) jogos que lords e ladies libertinamente experimentam. Não poderia ser diferente na bela Brighton, o lar de Ellie Vyne e James Hartley: inimigos declarados desde a infância. Ellie sempre foi uma mulher de ideias a frente de seu tempo, temperamento forte, ousada e, principalmente, avessa a todas as tentativas de suas irmãs para lhe arrumarem um marido. Afinal, com 27 anos era um absurdo ainda perambular sozinha por aí. E é claro que James, um dos solteiros mais cobiçados da cidade, fazia questão de deixar clara sua desaprovação. Durante suas misteriosas escapadas, Ellie rouba algo muito precioso de James, que não terá paz até descobrir a identidade do ladrão. Querendo ou não, eles estão cada vez mais próximos. Como resistir ao charme de James e levar sua mentira adiante? Nesse jogo de perdição, Ellie arriscará tudo, inclusive seu coração. Enquanto James tenta desvendar o segredo da jovem, o desejo proibido que surge entre os dois será capaz de romper com todas as regras da alta sociedade inglesa. 

As famílias Vyne e Hartley se tornaram rivais há alguns anos atrás, pois uma mulher pertencente a uma delas fugiu com um homem pertencente à outra, e isso causou um escândalo na sociedade. Afinal, a mulher em questão era casada e deixou marido e filho de lado para viver sua vida de outra forma. Com isso, Ellie e James foram criados como inimigos declarados. Ele tem uma ótima posição na sociedade, e dinheiro de sobra. Mas tem fama de libertino e, como já tem quase 40 anos, decide que está na hora de mudar - só que não está disposto a deixar sua avó escolher uma noiva entediante para ele.

Ellie, ao contrário, sempre passou por dificuldades financeiras. Tem fama de ser uma mulher fácil, e aos 27 anos ainda não se casou, o que todas as pessoas - menos ela - consideram um problema e tanto. Ellie realmente não vê isso como uma prioridade em sua vida, gosta da liberdade que possui, mesmo que viva perambulando e se divida entre as casas de seu pai, das irmãs e da tia - mas tem um sonho.

- Quero um quartinho repleto de livros. Deve ter uma lareira e um cachorro velho dormindo em um cesto, logo ao lado. Algumas poltronas confortáveis com muitas almofadas. Tudo com vista para um belo jardim. Um lugarzinho só meu, onde ninguém nunca me incomode. Só isso.

Só isso e um filho. Ela tem seus motivos pessoais para não gostar de James também, quando eram adolescentes ele disse palavras que ela nunca esqueceu. Mas um dia, em uma festa, eles se encontram em um momento de vulnerabilidade e, embora seja uma festa a fantasia e eles não digam quem são, Ellie o reconhece. Mas guarda segredo sobre isso, o que não impede que o destino comece a trabalhar para juntar os dois, que percebem que talvez uma união entre eles possa ajudá-los a conseguir o que mais precisam.

Quando iniciei a leitura do livro, estava indo tudo muito bem. Me diverti demais, gargalhei com as tiradas das personagens. Mas aí, começaram as cenas hot. Preciso dizer que não curto mesmo esse tipo de cena, na maior parte das vezes fico entediada. Nesse livro não foi diferente, embora ele apresente cenas do gênero mais leves que o normal. E, felizmente, são poucas. 

Só que depois do surgimento delas as coisas desandaram um pouco para mim, por outro motivo. Os protagonistas começaram a esconder coisas um do outro, e isso teve um efeito nada legal no relacionamento deles. Ainda bem que James estava realmente decidido a não deixar que Ellie escapasse, ou o enredo não iria muito longe.

Os protagonistas são muito carismáticos, não tem como a gente não torcer por eles. Tanto para que resolvam seus problemas particulares quanto para que consigam se acertar um com o outro. Desde o começo fica bem claro que eles combinam muito, embora não percebam ou não queiram admitir isso. 

Mesmo que eu não tenha curtido a leitura tanto assim, a culpa não foi do livro, e sim do meu gosto pessoal. Li para um Clube do Livro que tenho com algumas amigas, e todas as que gostam do gênero - e até uma que não gosta - curtiram bastante. Então, se você gosta desse tipo de leitura, com certeza recomendo.