[Resenha] Malas, Memórias e Marshmallows

Título: Malas, Memórias e Marshmallows

Autora: Fernanda França

Rai Editora

Sinopse: Às vezes, o fim de algo pode ser apenas um novo começo. Após ser despedida do trabalho no dia de seu aniversário, Melissa Moya conhece Theodoro Brasil, seu vizinho, dando início a uma nova amizade que vai permitir que a jovem jornalista realize seu maior sonho: viajar mundo afora. Ela embarca no projeto “América sobre rodas”, uma aventura por diversas regiões dos Estados Unidos, deixando para trás sua gata, Lady Gaga, sua família e seus amigos. Máquina fotográfica na mão, notebook debaixo do braço, Melissa vai acabar percebendo que a vida surpreende a cada momento, principalmente quando o assunto é o amor verdadeiro.

Fonte: skoob

Esta é uma resenha do 

Desafio Literário 2013 do blog Na Parede do Quarto.

Janeiro - Tema: história em que o protagonista esteja fazendo uma grande viagem.

Entre os livros da minha estante, não encontrei nada mais adequado para o tema que Malas, Memórias e Marshmallows. O que me deixou bem feliz, faz tempo que ele estava na fila de leitura.

Mel, a protagonista, é demitida no dia do seu aniversário. Ao chegar em casa, conhece um novo vizinho no elevador. Acabam ficando amigos (quase) instantaneamente.

Eu não me escuto mesmo. Sou surda para mim mesma, um bloqueio interessante e que me permite dizer o que penso e fazer o que quero, mesmo que eu diga que não quero. O vizinho abriu a porta, disse "entre, fique à vontade" e a fechou. E eu entrei. Tão simples. Entrei na casa de um cara que eu nem sabia quem era. E se ele fosse um louco psicopata assassino picador de mulheres?

Ao saber de tudo o que se passou com Melissa, Theo lhe faz um convite de trabalho, como freelancer. E ela acaba embarcando em uma viagem para os Estados Unidos, com o objetivo de conhecer várias cidades, famosas e desconhecidas, e escrever sobre elas depois.

Percebi, então, que tinha medo da mudança. O que me assustava era não saber o que viria em seguida. Eu me sentia mais segura com meus planos. A mudança atrai, empolga e fascina, ao mesmo tempo que o medo a acompanha até que algo aconteça.

As personagens são bem legais. Tanto os protagonistas quanto suas famílias e seus amigos. A gente consegue enxergá-las, e até dar bronca em momentos necessários... rs...

Confesso que me decepcionei um pouco com o livro. Em alguns trechos, vi muita descrição dos lugares que a Mel visita e senti falta de acompanhar a vida dela. Mas isso é uma coisa minha. Não gosto de ficar lendo descrições de lugares que não conheço. De vez em quando, gosto de ouvir alguém que já os conhece falar deles, e só. Para falar a verdade, quando viajo, gosto de ser surpreendida pela cidade. 

Mas a história por trás das viagens, depois que consegui me acostumar ao ritmo do livro, me agradou bastante. Mel passa de uma garota que não acredita nem um pouco em si mesma a uma mulher que descobre seu potencial e sabe muito bem o que quer da vida. E entende que o amor não é sobre abrir mão o tempo todo, e sim sobre somar. 

- Mel, antes de gostar de alguém, descobri que precisava gostar primeiro de mim mesma. Você precisa pensar que o cara não pode te fazer se sentir mal. Se você se sente mal, há algo errado.

Eu não era muito fã da capa, mas não tem como não gostar depois de ler o livro. Cada elemento que faz parte dela está lá por um motivo. Isso é bem legal. E o título com certeza se tornou muito mais fofo agora.

A diagramação é linda, com pequenas ilustrações no início de cada capítulo e uma mala no final. Isso porque cada um deles se passa em uma cidade diferente. A viagem da Melissa é bem longa. O livro tem continuação, mas não tenho informações sobre o lançamento. No segundo volume, ela vai passar três meses se aventurando pela Europa. E sua primeira parada será a Itália, o país que eu mais quero conhecer. Vou querer ler, além dos lugares me interessarem mais, acho que vamos ter muito mais romance! *-*

Uma última observação: quando terminei o livro, tive que correr pra fazer brigadeiro!!! rs... preparem-se!

Ser feliz também é uma escolha. Pode ser que no processo você se perca e se pergunte se está na rota certa, mas muitas vezes você nem escolhe a estrada: é ela que te escolhe.