[Resenha] Bruxos e Bruxas

Título: Bruxos e Bruxas

Autores: James Patterson e Gabrielle Charbonnet

Tradução: Ana Paula Corradini

Editora: Novo Conceito

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Sinopse: É como entrar em um pesadelo. Do nada, você é retirado de sua casa, preso, e acusado de bruxaria. Parece século 17, mas é o governo da Nova Ordem, e está acontecendo agora! Sob a ideologia da Nova Ordem, O Único Que É O Único mantém seu poder à força, sem música, nem internet, nem livros, arte ou beleza. E ter menos de 18 anos já é motivo suficiente para que você seja suspeito de conspiração. Os irmãos Allgood estão encarcerados nesse pesadelo e, para escapar desse mundo de opressão e medo, terão que contar um com o outro e aprender a usar a magia. Do autor best-seller James Patterson, Bruxos e Bruxas é uma saga para se ler... antes que seja tarde. 
                                                                                   (Fonte: site da editora)

   

Eu sei que vocês viram muitas resenhas negativas desse livro por aí. Não é o que vão encontrar aqui. Eu gostei muito do livro, de verdade. Acho que o principal problema das pessoas com Bruxos e Bruxas é que ele é voltado para o público jovem. Quando digo jovem, quero dizer adolescente. Isso fica claro pela linguagem utilizada e pelos depoimentos colocados no final, de pessoas entre 13 e 19 anos. Mas eu amo livros juvenis, e isso não foi problema para mim.

Este é o primeiro volume de uma série, e somos apresentados aos irmãos Allgood: Whit, de 17 anos, e Wisty, de 15. É meio irônico eles terem esse sobrenome (que significa algo como tudo de bom) e serem vistos como a encarnação do mal, como pessoas muito perigosas que merecem ser retiradas de casa no meio da madrugada e tratadas como criminosos. A acusação? Bruxaria. E isso em pleno século XXI.

Sua Unicidade faz um gesto para a multidão ficar quieta e eles calam a boca até mesmo antes de ele erguer totalmente a mão. Quantas vezes na história humana um cara como esse tomou o controle de uma sociedade inteira? Vocês sabem a resposta, meus amigos: vezes demais.

Mais irônico que o nome dos irmãos é eles não terem a menor ideia de que possuem algum poder até o dia em que são presos. Seus carrascos fazem com que isso mude, já que toda a raiva que eles sentem faz com que comecem a descobrir que a acusação que lhes fazem pode ser, sim, verdadeira. Ver os poderes deles crescerem e o modo como aprendem a lidar com isso é uma das melhores coisas do livro.

Eu amei os dois. Whit e todo o seu cuidado com Wisty e com os outros à sua volta. Wisty e seu temperamento "esquentado". Ver o jeito com que ela enfrenta as pessoas e lhes diz verdades (ou simplesmente blefa) é muito legal. Ri muito com ela.

A narrativa é rápida, com capítulos bem curtos. Comecei a ler à noite, e fiquei arrasada quando os meus olhos começaram a fechar e eu tive que interromper a leitura (sou uma pessoa que realmente precisa dormir). Mas peguei o livro de volta assim que acordei e só levantei da cama depois de terminá-lo. E como eu queria continuar lendo!! Espero que a continuação não demore demais, porque eu quero muito saber o futuro dessa família e de toda a sociedade governada por O Único que é O Único... Nem tenho comentários para essa definição... rs...

Não posso deixar de falar da capa. É emborrachada e com alto relevo no título, no nome do autor, e nesse "B" em chamas com o rosto de Whit e Wisty nele. Simplesmente perfeita. Tem tudo a ver com o enredo, além de ter ficado linda. Deem uma olhada no book trailer, ficou muito bom!

- Lembre que eles estão fazendo tudo isso porque morrem de medo. Eles têm medo de você. Eles têm medo de todos nós.

- Como assim?

- Eles sabem que podemos mudar tudo. Eles sabem que temos o poder de lutar contra isso.

Resenha participante do desafio "Um livro por mês, todos os meses do ano" do blog Na Parede do Quarto.
Julho - Tema: Fantasia.

Resenha postada no skoob.