quarta-feira, 19 de junho de 2019

[Resenha - Astral Cultural] Como ser um Supervilão: Nascido para ser bom

Postado por Ju às 07:30
Esta resenha não possui spoilers deste livro ou do livro anterior da série

Título: Como ser um Supervilão - Nascido para ser bom
Autor/ Ilustrações: Michael Fry
Tradução: Ivar Panazzolo Junior
Livro #2 da série
Editora: Astral Cultural
Número de páginas: 336

Uma continuação nunca foi tão boa ... por ser ruim! Victor Spoil odeia a escola. Isso faz com que ele fique irritado - e seus pais não poderiam estar mais orgulhosos, porque supervilões não são feitos para serem legais. Até Victor confessa que quer sair e se tornar um bibliotecário. O horror! Mas quando os super-heróis e os vilões - incluindo seus pais - começam a desaparecer, apenas um benfeitor dedicado como Victor pode rastreá-los. Ele descobre que os supers estão sendo capturados para enfrentar alienígenas em shows semelhantes a gladiadores. E ao contrário das lutas escritas que os supers geralmente se inscrevem, essas batalhas são até a morte! Victor e seus colegas precisam se unir e aproveitar seus superpoderes para combater o mal. Mas para ser um herói, Victor finalmente tem que abraçar seu vilão interior. Ele será capaz de se rebaixar?

Victor Spoil, o Supervilão mais bonzinho que já existiu, está de volta. Apesar desse ser o segundo volume da série, não há problema se ele for lido fora da ordem, uma vez que o universo criado pelo autor é muito bem contextualizado no início da história. Mas recomendo que leiam na ordem mesmo assim, só para não perder o primeiro volume. Apesar de ter gostado desse, confesso que o primeiro ganhou mais meu coração.

Depois de ter surpreendido a todos no primeiro livro - inclusive a ele mesmo - Victor está muito em dúvida quanto a seu futuro. Tinha a impressão de que ser um Supervilão seria mais divertido, principalmente levando em conta que seu superpoder não é lá algo que coloque a vida de alguém em risco (bom, tem gente que discorda, principalmente quando ele parece não saber a hora de parar de usá-lo), só que acaba se sentindo chateado por entender que ninguém torcerá por ele em uma batalha. Com isso, pensa em deixar a vida de super de lado e se tornar um civil, de preferência um bibliotecário.

Enquanto não se decide, nosso protagonista frequenta uma escola especial para heróis e vilões, e não é um aluno popular. Mesmo que tenha sido alguém importante há seis meses atrás, seus colegas parecem não dar nenhum valor a isso e um especialmente se dedica a ridicularizá-lo sempre que pode. O que não é muito difícil, o garoto está entediado e, embora ame ler, não se dedica a ler o conteúdo das aulas... Mas quando os pais dos alunos desaparecem, Victor toma a frente na investigação e está disposto a fazer o que for preciso para que todos voltem para casa bem... mesmo que ele não possa ter o mesmo final feliz.

Neste volume temos a presença de todas as personagens que foram importantes no livro anterior, e novas são incluídas no enredo. Uma em especial me conquistou: o colega de quarto do Victor, Javy. Um garoto que está treinando seu superpoder de ler mentes (que normalmente é afetado por sua dislexia e faz com que seja complicado para ele entender exatamente o que vê dentro da cabeça dos outros).

O bem e o mal são dois lados da mesma moeda. Não se pode ter um sem o outro. E, se conseguir fazer com que os dois trabalhem juntos, você pode fazer qualquer coisa. Você sabe, algo como salvar o mundo.

É justamente esse o desafio nesse livro: heróis e vilões precisam se unir, pois uma ameaça poderá acabar com a existência deles na Terra. A leitura fluiu bem para mim, embora não tenha achado a premissa desse volume tão interessante quanto a do anterior. Senti falta das lutas dos supers - teve um pouquinho, mas nem de longe foram divertidas como as do primeiro volume. O que é normal, porque neste eles são sequestrados e obrigados a lutar entre si, só que em conflitos que devem ir até a morte, e quem quer matar seus amigos? Afinal, seus conflitos habituais são lutas previamente combinadas e coreografadas, em que ninguém sai realmente machucado, pelo menos desde que super virou uma profissão regulamentada para entretenimento dos civis - ainda que este seja um segredo bem guardado deles.

O desfecho foi irônico e engraçado. Cada volume dessa série tem um final bem definido, mas descobri que o terceiro volume já foi lançado em maio de 2019 no exterior. E sim, quero mais do Victor por aqui. Ainda mais depois de ler a sinopse do próximo livro e descobrir que nosso protagonista tenta ser bibliotecário, e está feliz com isso até que sua biblioteca é atacada por ninjas robôs. O ataque faz com que ele descubra que bibliotecários na verdade são uma liga secreta dedicada a trazer ordem e paz ao mundo, e que esta liga está correndo perigo. Para mim, parece uma premissa bem divertida, e espero que a Astral nos traga logo o terceiro volume.

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