Título: Confissões de uma garota excluída, mal-amada e (um pouco) dramática
Autora: Thalita Rebouças
Número de páginas: 272
Tetê acaba de se mudar com a família toda para Copacabana, no Rio de Janeiro, para a casa dos avós. O lindo e espaçoso apartamento da Barra da Tijuca em que morava teve que ser vendido, pois com a crise o pai foi demitido, e o resultado é que a vida dela virou de cabeça para baixo. Além de perder a privacidade, tendo que dividir o espaço com cinco parentes malucos que brigam o tempo todo, ela perdeu todas as suas referências. A única coisa que a deixa feliz é cozinhar. E, claro, comer as delícias que faz. O lado bom foi se livrar do antigo colégio, no qual sofria bullying por causa de seu jeito peculiar. Sem contar sua desilusão amorosa... O problema é que ela está apavorada, porque agora tudo será novo e estranho, com o ensino médio, com a nova escola, e sem conhecer ninguém. E morre de medo de ser excluída ou de sofrer bullying novamente. Ela está bem mal, para dizer a verdade. Ou talvez seja um pouco de drama, porque já no primeiro dia as coisas parecem ser um pouco diferentes... Pelo jeito, tudo vai mudar, e para melhor.
Teanira (nome que é a junção de Tércio com Djanira, para homenagear dois de seus avós) é uma adolescente bem atípica. Só gosta de músicas tristes, filmes tristes e livros tristes, não ri, está sempre de cara amarrada, não tem amigos nem muito menos um namorado, não faz esportes, não sai, não dança e - o mais absurdo, na minha opinião - não come jujuba nem gosta de Nutella... rs... Considera que está bem longe do padrão ideal de beleza, afinal, usa óculos e aparelho e tem espinhas horrorosas na testa. Como se tudo isso não bastasse, ainda tem que enfrentar o probleminha básico do nome. Felizmente, desde pequena é conhecida por Tetê.
A garota não tem uma vida muito agradável fora de casa, mas pelo menos o sofrimento que precisa enfrentar é o que já conhece há anos. Não faz parte de nenhum grupinho em seu colégio, e tem apelidos nada legais, como "Tetê do cecê". Pelo menos sabe que os pais a amam, embora às vezes demonstrem isso de uma forma que considera estranha. Quando seu pai perde o emprego, precisa se mudar para a casa de seus avós, e isso faz com que precise deixar a Barra para morar em Copacabana. Ela não considera mudanças coisas nada legais, mas está prestes a descobrir que tanto o convívio mais de perto com o restante da família quanto o fato de frequentar um novo colégio pode trazer ótimas surpresas.