Título: Dias de despedida
Autor: Jeff Zentner
Tradução: Guilherme Miranda
Editora: Seguinte
(Grupo Companhia das Letras)
Número de páginas: 392
Cadê vocês? Me respondam. Essa foi a última mensagem que Carver mandou para seus melhores amigos, Mars, Eli e Blake. Logo em seguida os três sofreram um acidente de carro fatal. Agora, o garoto não consegue parar de se culpar pelo que aconteceu e, para piorar, um juiz poderoso está empenhado em abrir uma investigação criminal contra ele. Mas Carver tem alguns aliados: a namorada de Eli, sua única amiga na escola; o dr. Mendez, seu terapeuta; e a avó de Blake, que pede a sua ajuda para organizar um “dia de despedida” para compartilharem lembranças do neto. Quando as outras famílias decidem que também querem um dia de despedida, Carver não tem certeza de suas intenções. Será que eles serão capazes de ficar em paz com suas perdas? Ou esses dias de despedida só vão deixar Carver mais perto de um colapso — ou, pior, da prisão?
Carver Briggs tinha uma vida bem normal de adolescente; usava grande parte de seu tempo livre para estar ao lado de seus melhores (e basicamente únicos) amigos: Mars, Eli e Blake. Só que os três morreram recentemente em um acidente de carro e, apesar disso já ser tragédia mais que suficiente, o garoto ainda precisa lidar com a culpa. Afinal, mandou uma mensagem para o amigo que estava dirigindo (tendo praticamente certeza disso e de que ele responderia mesmo assim) perto da hora em que tudo aconteceu.
A certeza do absurdo do mundo é uma das poucas coisas que conseguem me distrair.
Acharam o celular de Mars com uma mensagem escrita pela metade, uma resposta para ele. E como se não bastassem a perda, o luto, a culpa... Carver também tem que encarar a ameaça de um processo criminal.
Às vezes, o único jeito que encontro de lidar com as coisas é ficar cercado por coisas mais antigas do que eu e a minha tristeza, coisas que vão se esquecer de mim.
Esse livro fez doer meu coração desde o início. A gente conhece um Carver completamente destruído, ficando cada vez pior, e eu ia piorando com ele. Achei revoltante a possibilidade de processar uma pessoa por mandar uma mensagem de celular. Mas, ao mesmo tempo, isso me colocou pra pensar.
Claro que as pessoas não deveriam usar o celular enquanto dirigem, é proibido por um motivo. Mas a maior parte das pessoas que eu conheço usa. Nunca tinha passado pela minha cabeça que mandar uma mensagem para uma pessoa poderia ajudar a causar um acidente. Se eu acho que a culpa das mortes foi do protagonista? Não, não acho. Ainda assim vou pensar mil vezes antes de mandar uma mensagem nessa situação? Com certeza.
Nossa mente busca causa e efeito porque isso sugere uma ordem no universo que talvez não exista, mesmo se você acreditar em algum poder superior. Muita gente prefere aceitar uma parcela indevida da culpa por alguma tragédia do que aceitar que não existe ordem nas coisas. O caos é assustador. É assustadora uma existência inconstante em que coisas ruins acontecem a pessoas boas sem nenhum motivo lógico.
Confesso que eu esperava me emocionar mais, mas o importante é que envolvimento não faltou. O autor nos permitiu conhecer algumas personagens com mais profundidade que outras, narrando as coisas em duas épocas: a atual e algum tempo antes da morte dos rapazes, desde que se conheceram até recentemente. E como surge a história dos dias de despedida? A avó de um deles pede a Carver que passe um dia com ela para se despedir do neto. A intenção é fazer coisas que ele amava e contar fatos um para o outro para poderem conhecer melhor o garoto. A parte deles juntos foi a que mais me tocou.
Acho que a única pessoa que conhece alguém completamente é a própria pessoa. E, mesmo assim, nem sempre.
O uso do celular no trânsito não é o único assunto abordado. O autor também fala de como as pessoas nunca se revelam completamente, de como podem se esconder por medo de magoar alguém, e também inclui ataques de pânico no enredo e mostra o quanto é importante se tratar num caso assim.
O autor vem ao Brasil para participar da Flipop, evento que divulguei ontem para vocês. Mesmo que não tenha sido uma leitura arrebatadora, mexeu sim comigo, e estou ansiosa para conhecê-lo.
esse livro é arrebatador, eu li, amei, chorei, meu coração se espatifou tantas vezes que nem sei explicar o que senti. super recomendo esse livro pro mundo todo.
ResponderExcluirAmei sua resenha, e já estou curiosa pra ler, sou a doida dos livros já li um livro em um dia e isso assustou meu esposo kkkkkk. sucesso no blog.
ResponderExcluirwww.josibarros.com
Olá!
ResponderExcluirSegunda resenha que leio desse livro e fico curiosa rs' é meio absurdo culpar o garoto por uma mensagem enviada, nós sabemos que é errado mexer no celular dirigindo e tal, então é meio estranho culpa-lo. Mas ao mesmo tempo parece ser uma história bem sensível, e que nos faz refletir, adorei a resenha e me deixou animada para realizar a leitura!
beijos!
Que situação complicada essa do Carver, imagino o tamanho do sentimento de culpa que caiu em seus ombros. A abordagem de acidentes de trânsito e suas consequências é importante, ponto para o autor.
ResponderExcluirÓtima resenha, adorei o enredo, parece ser incrível! Acho que a discussão da culpa bastante interessante. Vou ler com certeza!
ResponderExcluirNossa! Não conhecia este livro, mas me interessei por ler, gosto desse tipo de leitura. Bjs
ResponderExcluirA história do livro nos deixa até comovido, esse rapaz deve se sentir culpado, acho que não devemos culpar alguém quando isso acontece acidentes como esses acontecem bastante com o uso do celular, muito bom o livro, bjs.
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirEu li um livro tão bem escrito sobre toda essa questão de 'luto' que não sei se qualquer outro me agradaria. Creio que a escrita nestes casos precisa se sobrepor a outras questões. Ótima resenha!
Debyh
Eu Insisto
Legal saber que um dos temas abordados é o uso do celular no trânsito! Por mais que se fale no assunto alguns motoristas não levam a sério. Fiquei com vontade de ler esse livro, dica anotada, obrigada!! Bjs!
ResponderExcluirNão me interesso muito por esse tipo de livro, mas sua resenha foi muito bem escrito que até cheguei a questionar se deveria le-lo ou não
ResponderExcluirEu adorei a tua resenha, muito bem escrita e objetiva, além de que tu falou diretamente conosco que estamos lendo. Deu pra sentir tudo o que tu sentiu.
ResponderExcluirSó lendo a sinopse já fiquei triste, senti vontade de ler e ao mesmo tempo não quis mais, porque é uma história muito triste. Queria muito ir nesse evento, pena que não vou conseguir. Beijos
Que livro interessante! Imagino como deve se ver Carver no livro. Olha, é realmente de se pensar né? Conheço muitas pessoas também que usam celular enquanto dirigem e muitas vezes não percebem o perigo que correm. Eu também vou pensar duas vezes antes de enviar uma mensagem a alguém. Ótima resenha! Fiquei bem curiosa para ler
ResponderExcluirTão atual este negócio de usar o celular no trânsito. Ontem mesmo briguei com meu marido por conta disso. Sempre chamo atenção para este mal.
ResponderExcluirNão conhecia o livro e vou anotar sua dica, Ju!
Bjs, Rose
É um assunto importante para se discutir. Não acho que criminalmente Carver possa ser incriminado pela mensagem que enviou. O erro maior foi do motorista de ter usado o celular. Em contra partida, isso com certeza mexe com o psicológico dele, afinal vai se sentir culpado pela perda do amigo. Interessante o enredo. Fiquei curioso e não conhecia o livro.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirRecebemos recentemente esse livro e estou muito empolgada pela leitura, não sabia quase nada sobre o tema e graças a sua resenha já vou mais preparada. Obrigada pela dica.
Beijos
Nossa, só pela resenha já deu para ver que este livro é de tirar o fôlego! :o
ResponderExcluirJá quero lê-lo.
Beijos!
Você falando que pesou ai, e aqui a mesma coisa. que apertinho no peito... Eu acho que deve ser uma leitura bem densa, por fato dessa culpa toda, vou por na lista.
ResponderExcluirp.s espero que você conheça o autor e que nos mostre as fotos, beijos.
www.psideboteco.blogspot.com
Olá!
ResponderExcluirA premissa do livro é muito boa. Eu tenho um certo pânico em ver as pessoas mexendo no celular enquanto dirige e eu nunca faço isso enquanto estou no volante, mas é sempre bom falarmos sobre isso. Pela sua resenha dá para ver como a história é envolvente e emocionante.
Adorei a resenha e assim que puder vou ler.
Beijinhos!