[Resenha - Universo dos Livros] A Bela e a Fera

Título: A Bela e a Fera

Adaptação de Elizabeth Rudnick

Roteiro para cinema de Evan Spiliotopoulos, Stephen Chbosky e Bill Condon

Tradução: Cely Couto

Editora: Universo dos Livros

Número de páginas: 208

Skoob

Bela deseja para sua vida muito mais do que a pequena cidade provinciana de Villeneuve pode oferecer. Lá, ela se destaca da multidão com um ponto de vista único, uma independência vigorosa e um notável amor pelos livros. Ela anseia por viagens e aventuras, e por uma vida tão empolgante quanto as histórias que lê, mas, quando seu amado pai é aprisionado por uma fera em um castelo encantado, o destino de Bela muda para sempre. Ao arriscar sua liberdade e seu futuro, ela assume o lugar do pai, jurando-lhe que escaparia em segredo. No entanto, conforme aprende mais sobre a Fera e seu misterioso castelo, Bela descobre que pode haver mais sobre a história dele – e sobre a sua própria – do que ela jamais poderia ter imaginado.

Era uma vez um príncipe extremamente arrogante e egoísta. Um príncipe que só permitia que o belo estivesse ao seu redor, que não se sensibilizava com as necessidades de seus súditos e não se importava nem um pouco se eles tivessem que enfrentar dificuldades para que fosse possível ele ter tudo o que quisesse.

Um dia, no meio de um baile, sua diversão foi interrompida por uma velha feia e maltrapilha que queria abrigo da tempestade, o que lhe foi negado. Imediatamente, ela se transformou, revelando-se uma linda e poderosa feiticeira. Lançou então uma maldição sobre o príncipe. 

Ele ficaria preso no corpo de uma Fera até que aprendesse a amar e fosse amado de todo o coração por alguém, mesmo que aparentasse ser um monstro. Teria até o momento em que a última pétala de uma rosa enfeitiçada caísse para quebrar o feitiço, ou precisaria viver naquela forma para sempre.

Muito tempo depois, perto do castelo em que a maldição foi lançada, vive Bela. Uma garota que nunca se encaixou, que tem paixão por livros e os lê avidamente, mesmo que em seu vilarejo as garotas não tenham direito a esse tipo de aprendizado. Vive com o pai, que a compreende e a apoia. 

Um dia ele se perde na floresta e encontra o castelo da Fera, que acaba o aprisionando pelo roubo de uma rosa que levaria de presente para a filha. Acontece que Bela o encontra e toma seu lugar mesmo contra a vontade dele, e assim começa seu convívio com a Fera. Será que ela conseguirá se afeiçoar àquele ser que lhe parece tão amedrontador e rude a princípio? 

Vi o filme antes de ler o livro e não sei se fiz a melhor escolha. O livro esclarece algumas coisas a mais, mas o filme é tão maravilhoso que não consegui amar o livro tanto quanto ele. Claro que o fato de eu ser a louca dos musicais tem relação com isso, não dá para competir com todas aquelas canções só com o texto.

Sobre as personagens, tive uma impressão ligeiramente diferente de algumas no livro. O Gaston (pretendente da Bela) continua sendo um louco egocêntrico sanguinário, não tem jeito; mas achei o LeFou (companheiro inseparável do Gaston) tão mais carente e deslumbrado que até o perdoei por antecipação pelas cretinices.

Acho que se tivéssemos ilustrações, fotos de cenas do filme, ou até mesmo algum tipo de conteúdo extra (entrevistas com a equipe envolvida com a produção, por exemplo, ou algo do tipo), eu poderia ao menos ter trocado uma coisa pela outra e me sentido compensada, mas não encontrei nada disso.

Claro que ainda assim valeu a pena ler, a leitura fluiu muito bem e de qualquer maneira é uma recordação que tenho da história. A capa retrata um dos momentos mais lindos do filme e a revisão foi bem feita, não percebi nenhum erro. Embora eu não tenha me emocionado, sorri em vários momentos enquanto o romance ia tomando forma. O livro me proporcionou bons momentos e me ajudou a recordar as belas cenas que vi no cinema.