[Resenha - Universo dos Livros] Rainha de Copas: Sangue no País das Maravilhas

Esta resenha não possui spoilers deste livro ou do livro anterior da série. Caso não tenha lido o primeiro volume, sugiro que pule a sinopse.

Resenha de Rainha de Copas

Título: Rainha de Copas - Sangue no País das Maravilhas

Autora: Colleen Oakes

Tradução: Alline Salles

Livro #2 da Coleção Rainha de Copas

Editora: Universo dos Livros

Número de páginas: 240

Skoob

Nesta sequência incrível de um conto de fadas que pode não ter um final feliz… Dinah, a princesa oficial do País das Maravilhas, está sendo perseguida após sua coroação ter sido arruinada e seu irmão brutalmente assassinado. Agora, quem ocupa o lugar que lhe pertencia ao lado de seu impiedoso pai, o Rei de Copas, é a meia-irmã Vittiore, e só restou a Dinah exilar-se na Floresta Retorcida na companhia de Morte, o temido corcel. Escondida na exuberante e misteriosa, Dinah tem uma escolha a fazer: ela poderia fugir do País das Maravilhas para sempre ou retornar e lutar contra o rei pelo trono. Entretanto, tal luta só poderia resultar em terrível derramamento de sangue. Quando um encontro casual com um dos inimigos de seu pai leva Dinah a encontrar mais aliados do que jamais imaginou, a guerra se torna iminente. Mas, antes que Dinah possa levar seu povo ao combate, ela deve enfrentar algumas verdades acerca de seu coração e de seu destino – não importando quão escuras essas verdades possam ser. A revolução está chegando ao País das Maravilhas e a batalha de Dinah começou.

Como de costume, mesmo sendo a resenha do segundo livro de uma série, não darei spoilers nem mesmo do primeiro volume. O que quer dizer que farei apenas uma introdução da história da série e contarei para vocês como foi minha experiência de leitura deste segundo livro.

Dinah é uma garota prestes a completar 18 anos e se tornar a rainha do País das Maravilhas. Isso porque sua mãe morreu há algum tempo, e o costume é que a filha mais velha a substitua quando atingir a maioridade e, depois, ao se casar, passe a governar com o marido ao invés do pai. Só que à medida que a coroação se aproxima, ela descobre que a visão que tinha de seu país era muito irreal. Coisas estranhas passam a acontecer ao seu redor, e pode ser que seu destino seja mudado de uma forma nada agradável.

Amei demais o primeiro volume. Foi uma surpresa e tanto encontrar um enredo tão envolvente. Achei que no segundo volume as coisas seriam tão interessantes quanto nele, ou até mais. Mas não conseguia passar da página 30 de jeito nenhum.

Sério, comecei a ler o livro várias vezes. O início foi complicado demais para mim. Digamos que até mais ou menos a página 80 eu acabava sempre dormindo durante as tentativas de ler. Seria a falta de diálogos? Talvez. O foco só na protagonista, embora ela seja uma pessoa instigante? Pode ser que sim também.

Mas, milagrosamente, depois da página 80 as coisas melhoraram demais. Minha empolgação com a história voltou e a leitura passou a fluir bem. Algumas coisas que foram reveladas eu já sabia (e acho que pelo menos uma revelação que ficou para o terceiro livro já sei também), mas outras coisas me pegaram completamente de surpresa.

Conhecemos novas personagens neste livro, que enriqueceram bastante a narrativa. Senti muita falta de um mapa, porque sim, sou a louca dos mapas e quando leio um livro em que personagens passam por diversos lugares fico toda hora olhando onde fica cada local citado na narrativa.

A parte de fantasia ganhou mais destaque, conhecemos povos diferentes e lugares que parecem ter magia impregnada neles. Torci muito para que um casal fosse formado, embora romance realmente não seja o foco do livro. Ainda acho que tem chance desse casal existir, tudo caminha para isso, mas veremos.

O segundo livro termina de uma forma bem mais tranquila que o primeiro. Ainda bem, já que o terceiro ainda não foi lançado por aqui. Acredito que o último volume da trilogia será o mais cheio de ação, basta saber que uma guerra se aproxima. A protagonista sofreu uma grande transformação e acredito que só no desfecho vai conseguir encontrar seu equilíbrio - pelo menos eu espero que ela consiga, ou vai acabar perdendo seu carisma e sua humanidade.